Empresa não pode focar no que foi, mas no que será
Conceito faz com que gestão de mudanças ganhe espaço nas Companhias, mas é essencial que haja engajamento dos colaboradores.
Conceito faz com que gestão de mudanças ganhe espaço nas Companhias, mas é essencial que haja engajamento dos colaboradores
Por: Altair Santos
O especialista em gestão de empresas Telmo Schoeler avalia que o mercado tem feito com as companhias uma espécie de lei de Darwin, ou seja, a seleção natural entre as que conseguem mudar e evoluir para competir e as que se perdem na lentidão e na burocracia e acabam tornando-se verdadeiros dinossauros. Por isso, segundo ele, é inexorável que as corporações saudáveis estejam constantemente operando dentro de uma gestão de mudanças. “A mudança dentro da empresa deve ser um estado de espírito. Não importa o que a empresa foi nem o que é, mas apenas o que será”, resume Telmo Schoeler.
Para o especialista, há um equívoco quando se pensa que apenas as grandes corporações conseguem implementar gestão de mudança. “Quando mencionamos exemplos e estratégias de empresas bem sucedidas como Coca Cola, Nestlé, Microsoft, Disney, Natura, Gerdau, entre outras, é comum ouvir: ah, mas isso é para grandes empresas. Não se aplica a nós, pequenas e médias. Porém, analogamente, temos os casos de grandes derrocadas, como Varig, Lehman Brothers, GM, Mesbla e Kodak. O que significa isso? Significa que, independentemente do tipo, do setor, da dimensão, do estágio de sofisticação gerencial e da situação econômico-financeira, os conceitos que definem sucesso e fracasso estão ligados à capacidade das empresas de se adaptarem e mudarem de acordo com as exigências do mercado”, diz.
No organograma das empresas resilientes há 12 regras fundamentais:
1 – Objetivo claro e definido → sua ausência impede traçar caminhos.
2 – Estratégia para atingir esse objetivo e pessoas capazes de estabelecê-la → sem elas, tudo o mais é efêmero.
3 – Estrutura de capital compatível com o negócio → nada se sustenta apenas com ideias e boa vontade.
4 – Pessoas com capacidade para executar as ações da estratégia → iniciativa sem entrega é inócua.
5 – Sistema de registro e controle dos atos e fatos → sem ele se desconhece situação e performance e qualquer voo cego um dia acaba em tragédia.
6 – Periódica revisão estratégica à luz das mudanças e dinâmica do mundo → só o futuro existe e será diferente do passado.
7 – Afinidade e harmonia societária → a física já nos ensina que a resultante de forças iguais e de sentido contrário é a inércia, o que nos negócios é a morte.
8 – Gestão do processo sucessório de pessoas e de capital → porque pessoas morrem e capital troca de mãos.
9 – Acompanhamento, verificação e auditoria dos atos e fatos → nem tudo o que parece é.
10 – Consciência de que só o mercado/vendas nos sustentam → saber que necessidade a empresa supre e quais problemas ela resolve para os clientes.
11 – Sermos melhores/diferentes de nosso concorrente → por que os clientes gastam conosco?
12 – Consciência de que tudo acaba em dinheiro → sobrevivemos ou morremos pelo caixa.
Esses conceitos formam um plano macro, que, no entanto, só consegue ser implementado se conduzido por uma liderança qualificada e inovadora. “Diria que as empresas que falharam nas estratégias de mudança promoveram ações erráticas, principalmente apostando em planos de tentativa e erro. Outro equívoco foi terem contratado líderes com experiência no ramo, mas sem o perfil de mudança. O desafio requeria muito mais do que isto”, avalia Telmo Schoeler. “Multinacionais ou a padaria da esquina sobrevivem ou desaparecem pelas mesmas razões, que são a adesão ou não aos princípios de gestão e governança“, complementa o especialista, garantindo que as mesmas regras servem também para as companhias que atuam na construção civil, sejam elas grandes médias ou pequenas.
Entrevistado
Telmo Schoeler, sócio-fundador e Leading Partner da Strategos – Strategy & Management, e coordenador da Orchestra – Soluções Empresariais
Currículo
– Graduado em administração pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), com MBA (Master of Business Administration) pela Michigan State University – EUA
– Tem ainda diversos cursos de extensão em gestão, governança corporativa, planejamento, finanças, marketing e qualidade, seja no Brasil, nos Estados Unidos (Southern Connecticut University e Yale University) e Inglaterra (City of London)
– Possui 47 anos de prática profissional, metade exercendo funções executivas de diretoria e presidência de empresas nacionais e estrangeiras na indústria, comércio e serviços, incluindo bancos nacionais e internacionais nas áreas de crédito, investimentos, mercado de capitais e fusões & aquisições
– É sócio-fundador e Leading Partner da Strategos – Strategy & Management e fundador e coordenador da Orchestra – Soluções Empresariais
Contato: strategos.telmo@orchestra.com.br
Créditos foto: Divulgação
Jornalista responsável: Altair Santos – MTB 2330
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