Edifícios-garagem de megacondomínio priorizam a qualidade

Elementos pré-fabricados de concreto usados na obra foram produzidos pela MARNA, parceira da Cia. de Cimento Itambé

Condomínio Grand Reserva Paulista
Condomínio Grand Reserva Paulista é o maior empreendimento da MRV e seus 9 prédios-garagem consumiram 11.770 m3 de concreto. Crédito: MARNA PRÉ-FABRICADOS

Imagine 16 carretas se deslocando diariamente pela rodovia Régis Bittencourt, no trecho de 400 quilômetros que separam Curitiba-PR de São Paulo-SP, todas transportando elementos pré-fabricados de concreto. Cada caminhão carrega peças que chegam a quase 21 metros de comprimento, para atender a um cliente que está construindo edifícios-garagem em um megacondomínio na zona norte da capital paulista. Neste caso, a logística se impôs, pois a prioridade é a qualidade das estruturas.

A MRV projeta 25 edifícios-garagem no Grand Reserva Paulista, considerado o maior empreendimento da construtora. Nove destas edificações já estão em obras. A complexidade dos elementos pré-fabricados de concreto fez a construtora buscar os serviços da MARNA PRÉ-FABRICADOS, localizada em Pinhais-PR, na região metropolitana de Curitiba. A empresa usa Cimento Itambé como matéria-prima para a fabricação de suas peças. Nesses 9 edifícios-garagem em construção, o consumo de concreto chega a 11.770 m3.

Na entrevista a seguir, o diretor da MARNA, Guilherme Fiorese Philippi, explica os desafios que envolveram o projeto estrutural, a fabricação, o transporte e a montagem das obras. Os elementos que compõem os 9 edifícios-garagem incluem pilares, vigas armadas, vigas protendidas, lajes alveolares, painéis de fechamento e escadas. A precisão das peças virou case para a Abcic (Associação Brasileira da Construção Industrializada de Concreto), que cita a obra do megacondomínio da MRV como a comprovação da versatilidade das estruturas pré-fabricadas de concreto. Confira a entrevista:

A MARNA PRÉ-FABRICADOS é protagonista na construção de 9 edifícios-garagem em um condomínio da MRV na cidade de São Paulo-SP. Quais os principais desafios para viabilizar a obra?

Dentre os principais desafios se destacam a alta complexidade das peças na fase de fabricação, em especial os pilares com muitos consolos. A logística de transporte das peças para a obra também foi desafiadora, pois houve momentos com 4 obras sendo montadas simultaneamente. Finalmente, a montagem das obras trouxe outros cuidados, pois os edifícios são muito altos e esbeltos, chegando a 8 pavimentos de laje.

Qual o volume total de concreto a ser empregado na produção dos elementos pré-fabricados para essa obra?

O volume de concreto pré-fabricado para as 9 obras é de 11.770 m3 e a área total é de 71.110 m2.

Essa é a maior obra de que a MARNA participa?

Considerando a soma das 9 obras, é a maior obra de que a MARNA PRÉ-FABRICADOS participou até agora.

Quais as características do concreto usado nos elementos pré-fabricados?

A obra foi projetada com fck 40 MPa. No entanto a resistência média de nosso concreto para 28 dias é superior a 50 MPa. Utilizamos concreto autoadensável para pilares, vigas, painéis de fechamento e escadas.

edifícios-garagem
O volume de elementos pré-fabricados de concreto usado nos 9 edifícios-garagem faz da obra da MRV a maior de que a MARNA participou. Crédito: MARNA PRÉ-FABRICADOS

A MARNA se responsabilizou apenas pela fabricação e logística dos elementos pré-fabricados ou também está envolvida na montagem?

A MARNA se responsabilizou pelo projeto estrutural, fabricação, transporte e montagem das obras. O planejamento rigoroso da sequência das peças transportadas foi fundamental para o êxito das obras, principalmente devido à distância de 400 quilômetros entre a fábrica, em Pinhais-PR, e o canteiro de obras em São Paulo-SP. Houve momentos em que foram necessárias 16 cargas de carreta por dia. Quanto à montagem, devido à altura e esbelteza das obras, houve a necessidade de solidarizar as mesmas com a execução do capeamento durante a fase de montagem de maneira intercalada. Também houve um cuidado muito grande com as ligações entre vigas e pilares, utilizando-se solda e grauteamento no local. Outro desafio foi o grande número de pilares com emenda. Foram fabricados pilares com 29,28 metros, divididos em 2 elementos de 20,93 metros e 8,35 metros. Porém, a principal questão técnica da obra, devido à complexidade e à altura, está nas ligações. Foram necessárias ligações com solda, ranhuras entre vigas e pilares com posterior grauteamento, vigas e painéis com armaduras para serem desdobradas e solidarizadas à capa, dentre outras soluções.

Comparativamente ao emprego de sistemas convencionais, no que a construção industrializada traz de economia aos edifícios-garagem da MRV?

A principal vantagem para o cliente é a velocidade da execução da obra e a possibilidade de vencer maiores vãos utilizando estruturas protendidas. Nesses edifícios tivemos lajes com vãos de até 14 metros com uso de lajes alveolares protendidas. Outra vantagem para a MRV foi a opção pelo uso de painéis de fechamento pré-fabricados, em substituição à execução de paredes com alvenaria em blocos de concreto. Isso trouxe uma grande agilidade de execução. Outro elemento que trouxe muita agilidade para a construtora foi o uso de escadas pré-fabricadas. Cada edifício garagem leva em torno de 90 dias para ficar pronto e o cronograma tem sido cumprido rigorosamente. Um aspecto interessante é que conforme os edifícios-garagem são finalizados estes passam a ser utilizados como áreas de apoio durante a obra, como escritório, áreas de vivência, almoxarifado e refeitório.

Quanto ao emprego de mão de obra, o que foi necessário para viabilizar os edifícios-garagem?

Para a fase de montagem foram necessárias equipes de 6 pessoas para cada edifício.

Entrevistado
Guilherme Fiorese Philippi, diretor da MARNA PRÉ-FABRICADOS

Contato: marna@marna.com.br

Jornalista responsável: Altair Santos MTB 2330



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