08/04/2008

Dicas para aquisição e montagem de central de concreto – 2ª Edição

Este artigo traz a segunda parte sobre as recomendações para aqueles que planejam adquirir uma central de concreto

Este artigo traz a segunda parte sobre as recomendações para aqueles que planejam adquirir uma central de concreto

Engº. Jorge Aoki – Gerente de Assessoria Técnica Itambé

Em continuidade às informações fornecidas na 1ª edição, publicada em março de 2008, este artigo traz as considerações específicas e pertinentes das peças que compõem a central de concreto.

Caixa e Balança de Agregados

Recomenda-se que a caixa de agregados tenha, no mínimo, quatro divisões. Duas divisões para agregado miúdo e duas para agregado graúdo. É desejável que cada saída seja feita com duas comportas, para permitir a chamada “sintonia fina” da automação. A capacidade será determinada em função do planejamento da central. Como informado no artigo anterior, recomenda-se dimensionar para um período mínimo de 10 anos de modo a garantir que a produção atenda a demanda até esta data. Porém, é importante preparar-se para uma eventual falha no sistema de alimentação da caixa, como por exemplo, quebra da correia de alimentação ou quebra da pá-carregadeira. Com uma boa capacidade de estocagem, será possível manter a produção enquanto se providenciam os reparos.

Uma dica importante é prover vibradores para as duas divisões que serão destinadas às areias. A balança de agregados deverá, preferencialmente, ter quatro células de carga e, no mínimo, um vibrador para melhorar a saída de areia.

Balança de Água e de Aditivo

Quando a dosagem da água de amassamento é feita através de balança ao invés de hidrômetro, a precisão melhora e os problemas diminuem. Com o hidrômetro não é possível usar água de reciclagem ou da chuva, pois os detritos poderão provocar o travamento das engrenagens. Já a balança de uma célula de carga apenas facilitará a entrada e saída de todo tipo de água. Além da precisão, auxilia a configurar a automação. A entrada da água é realizada através de uma bomba e a saída por gravidade com diâmetro mínimo de 2“ e acionamento eletro-pneumático. Aqui mais uma vantagem da automação. O sistema primeiro aciona a água de reciclagem e quando não tem mais deste tipo de água no reservatório, aciona uma segunda bomba, de água de poço ou da rede pública.

A balança do aditivo pode ser com copo de acrílico ou metálico, com uma célula de carga. O abastecimento é realizado com o auxílio de bomba e a saída por gravidade direto no misturador ou caminhão betoneira. Usualmente, o sistema de automação é configurado para lançar parte da água com o total do aditivo para evitar a concentração.

Silo e Balança de Cimento

Recomenda-se que no dimensionamento do silo de cimento leve-se em consideração eventuais dificuldades de abastecimento, como por exemplo greve de caminhoneiros, falta de caminhões, queda de barreiras em estradas, acúmulo de caminhões no carregamento, etc. Ou seja, além da previsão de crescimento da produção ao longo dos anos, estas dificuldades estabelecem a possibilidade de estocagem de cimento acima do que é utilizado diariamente. A diferença de preço para adicionar um anel a mais no silo é irrisória na maioria dos casos. Porém, mesmo que a opção seja por um silo de menor capacidade, a fundação deverá ser dimensionada prevendo-se um futuro aumento de carga.

O filtro de mangas de poliéster não retém o pó que sai ao final da descarga. O ideal é usar filtros com camisas sintéticas e monitoramento eletrônico de limpeza. Apesar de elevar o custo, evitam problemas com vizinhos e órgãos ambientais. Um bom filtro garante saídas de ar – suspiros adequados. A tubulação de carga deve ser externa ao silo, para permitir uma fácil manutenção. O cone de saída de cimento deverá ser provido de insufladores de ar – no mínimo com quatro bicos distribuídos próximos à saída, e escotilha para limpeza. Recomenda-se que o tubo de saída possua válvula borboleta e mangote de borracha com estranguladora, ambos eletro-pneumáticos. O fechamento superior do silo deverá ter uma borda que impeça a água de escorrer pelas paredes laterais. A saída de água deve ser realizada por tubulação de pvc até as bases da estrutura de apoio do silo.

A balança de cimento deverá ser provida apenas com mangote de borracha e estranguladora eletro-pneumática. A capacidade dependerá do volume de concreto ou argamassa que se quer produzir no ciclo da automação, mas o dimensionamento deverá levar em consideração estes materiais de altas resistências, além de uma folga de 50%. O sistema de pesagem deve ser feito com pelo menos três células de carga. A tampa de fechamento da balança deverá permitir o escoamento da água e a não acumulação de material.

Aconselha-se que a capacidade do transportador helicoidal não seja inferior a 90 t/hora. A construção deverá seguir padrões bem rígidos para evitar entupimentos. Para facilitar a automação, o transportador deverá ser provido de válvula borboleta na saída.

Desta forma, encerramos o artigo com as recomendações para aquisição e montagem da central de concreto. Caso o leitor tenha perdido a edição anterior, basta realizar uma busca no website massacinzenta.com.br através da palavra-chave “Dicas para aquisição”. A primeira parte do artigo foi publicada no dia 04/03/08.

Este artigo é dedicado ao Engenheiro Salvador Eugênio Giammusso.

Jornalista Responsável: Rosemeri Ribeiro Mtb. 2696


08/04/2008

Massa Cinzenta

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