Empresário quer construir cemitério-pirâmide para atrair "turista funerário" ao PR

10 de fevereiro de 2009

Empresário quer construir cemitério-pirâmide para atrair "turista funerário" ao PR

Empresário quer construir cemitério-pirâmide para atrair "turista funerário" ao PR 150 150 Cimento Itambé

Créditos: Engª. Naguisa Tokudome – Assessora Técnico Comercial Itambé

Dono de uma funerária e três crematórios no Paraná e em Santa Catarina, o empresário Edson Cooper, 50 anos, acalenta um projeto que começa a se concretizar: construir um cemitério vertical em forma de pirâmide na Grande Curitiba que sirva também de atração turística.

A idéia de Cooper é ambiciosa. A pirâmide será erguida em uma área de 58 mil metros quadrados em Almirante Tamandaré, município da região metropolitana da capital. Depois de três anos e meio, ele conseguiu a licença ambiental e pôs os tratores para limpar a área em que pretende construir a obra.
O projeto elaborado pelo arquiteto Rodrigo Baranczuk (sobrinho de Cooper) prevê uma edificação de 12 andares. No alto, haverá um mirante, também em forma de pirâmide, que abrigará lanchonete e restaurante.

O subsolo da pirâmide será reservado para o museu funerário, que exibirá técnicas de mumificação em cera, oferecida por Cooper aos seus clientes, além da exposição de carros e carruagens funerárias antigos, filmes e atrações cujo tema será sempre a morte. “E não se trata de um tema mórbido”, garante Cooper. “50% do turismo no mundo é feito dentro dos cemitérios”.

A pirâmide, segundo o empresário, tem capacidade para 35 mil gavetas mortuárias, que podem ser divididas como um grande arquivo.

Cooper pensa em reservar o penúltimo andar do edifício para abrigar uma seção exclusiva, onde serão enterrados músicos, escritores e artistas. Há também o projeto de reservar uma ala somente para as personalidades da vida pública brasileira.

O empresário diz que o projeto foi inspirado em cemitérios famosos como o da Recoleta, na Argentina, e o dos Papas, na Itália, que atraem milhares de turistas todo ano.

O projeto inclui também a construção de um anfiteatro para 500 pessoas, onde serão realizados vários eventos e cursos sobre técnicas de conservação de corpos e cremação.

“O serviço funerário tem ganhado sofisticação e atraído interessados em toda parte. Pretendo exibir filmes sobre a história do sepultamento e promover cursos para agentes funerários”, afirma Cooper.

No hall de entrada da pirâmide serão construídas oito salas de cerimônia para os velórios, com espaços para lan houses. Cooper explica que é costume entre os latino-americanos velar o corpo a noite inteira, daí a necessidade de computadores para que os familiares comuniquem-se com os parentes que não puderem comparecer.

Na área externa do cemitério vertical, o arquiteto reservou um espaço para a realização de grandes missas, com capacidade para 5.600 pessoas, e ainda a construção de um Cristo Redentor, cuja altura de 59 metros é quase dois terços maior do que a estátua homônima erguida no Rio no século passado (clique aqui para ler a matéria).

O investimento total para a obra, segundo o empresário, seria de R$ 30 milhões, dos quais R$ 10 milhões seriam captados do BRDE (Banco Regional Desenvolvimento do Extremo Sul) e o restante obtido através do mercado de capitais. “Estou procurando um sócio entre as construtoras para concluir a última fase do projeto. Já tenho a licença ambiental do IAP (Instituto Ambiental do Paraná) e as obras estão em andamento”, assinala.

Para garantir o retorno do investimento, Cooper pretende ainda cobrar uma entrada de R$ 10 dos visitantes e ainda oferecer uma gama de serviços aos que se dispuserem a adquirir uma das gavetas do cemitério vertical.

“Há uma certa resistência de minha família em levar adiante o projeto, mas eu tenho fé no investimento e creio que, se concluído, o cemitério vertical será uma atração turística do Paraná só comparável às Cataratas do Iguaçu”, exagera Cooper.

 

Referências: Uol Notícias

10 de fevereiro de 2009

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