02/10/2007

Cuidados na especificação do cimento

Optar por cimento mais barato pensando que “é tudo igual” é um engano que pode ter consequências desagradáveis e até mesmo desastrosas

Optar por cimento mais barato pensando que “é tudo igual” é um engano que pode ter consequências desagradáveis e até mesmo desastrosas

Nesse caso, o ditado popular que lembra que é muito importante conhecer o produto que se compra e também quem o vende, ganha força, pois determinadas patologias que reduzem a durabilidade das peças ou estruturas de concreto são causadas, em determinadas situações, pelo uso inadequado do tipo de cimento. Na verdade, não existe cimento bom ou cimento ruim e sim cimento bem ou mal utilizado. Porém, o produto deve, obrigatoriamente, atender todos os requisitos das Normas Brasileiras e satisfazer as necessidades da peça a ser concretada.

Por exemplo, para utilização em concreto protendido ou pré-moldado, via de regra o cimento deve ter resistência inicial alta, tipo CP V-ARI. Por outro lado, caso o cimento seja utilizado para argamassa de assentamento, deve ser do tipo CP II ou CP IV. Ou ainda se a obra for realizada na orla marítima ou em ambiente agressivo, o mais indicado é o CP V-ARI-RS. De todo modo, existe sempre o tipo de cimento mais adequado para cada aplicação e o critério para a escolha pode ser técnico ou econômico.

A fabricação do produto envolve tecnologia de ponta, equipamentos sofisticados e muito cuidado com segurança e meio ambiente. Por estes fatores, as fábricas conseguem disponibilizar diversos tipos de cimento para o atendimento de inúmeras necessidades. No caso de dúvidas referentes à qualidade ou aplicação, o usuário pode contar com os serviços de assessoria técnica que todas as fábricas colocam à disposição para orientações e sugestões. Outra boa alternativa pode ser agendar uma visita à fábrica para conhecer o processo de fabricação e acompanhar as etapas de controle das matérias primas e qualificação dos cimentos produzidos.

Quem compra o cimento ensacado na loja de materiais de construção, deve observar alguns cuidados:

– se o tipo de cimento disponível é o mais indicado para o uso;
– se a data de expedição está gravada na embalagem;
– se a embalagem não está rasgada;
– se não há sinais de hidratação na embalagem;
– se o selo de qualidade da Associação Brasileira de Cimento Portland está estampado na embalagem.

Caso haja alguma dúvida sobre o desempenho ou outra característica qualquer do cimento, o melhor a fazer é obter um ensaio do produto. As fábricas têm ensaios de qualidade de todos os tipos de cimento e o acesso aos resultados é muito útil nessas ocasiões.

Créditos: Engº Jorge Aoki – Gerente de Assessoria Técnica Itambé


02/10/2007

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Cimento Portland pozolânico resistente a sulfatos – CP IV-32 RS

Baixo calor de hidratação, bastante utilizado com agregados reativos e tem ótima resistência a meios agressivos.

Cimento Portland composto com fíler – CP II-F-32

Com diversas possibilidades de aplicações, o Cimento Portland composto com fíler é um dos mais utilizados no Brasil.

Cimento Portland composto com fíler – CP II-F-40

Desempenho superior em diversas aplicações, com adição de fíler calcário. Disponível somente a granel.

Cimento Portland de alta resistência inicial – CP V-ARI

O Cimento Portland de alta resistência inicial tem alto grau de finura e menor teor de fíler em sua composição.

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