Construsummit 2025 destaca o uso de inteligência artificial

Realizado em Florianópolis, evento também discutiu os desafios do financiamento para construção civil

Nos dias 4 e 5 de junho, aconteceu em Florianópolis (SC) o Construsummit 2025, evento de gestão e tecnologia da Indústria da Construção e do Mercado Imobiliário. 
O evento reuniu gestores do setor para compartilhar conhecimentos, explorar tendências e impulsionar suas carreiras e negócios.  

Inteligência artificial e automação na construção civil

Um dos temas que mais esteve presente no evento foi a aplicação da inteligência artificial na construção civil. 

De acordo com Guilherme Quandt, diretor de Estratégia e Mercado do Ecossistema Sienge, esta tecnologia impacta tanto na gestão e no atendimento aos clientes quanto nas decisões da gestão das empresas. “Dentro das organizações, a IA auxilia na automação de processos. Como consequência, isso aumenta a produtividade já que alguns processos que eram manuais se tornam automáticos. A inteligência artificial também é capaz de compilar uma grande quantidade de dados que auxiliam nas decisões estratégicas”, explica Quandt.

Para Cristiano Gregorius, diretor executivo do Ecossistema Sienge, diante dos desafios atuais da indústria da construção, a inteligência artificial deixou de ser uma vantagem competitiva e se tornou um fator essencial para a sobrevivência e o crescimento das empresas do setor.

Um exemplo disso é com relação à escassez de mão de obra na construção civil. Roberta Chicoli, diretora da divisão de Projetos e Obras da Construmarket, destacou como um dos maiores desafios do setor a falta e a dependência de profissionais qualificados. Ela apontou que a adoção de processos automatizados surge como uma alternativa estratégica para enfrentar essa dificuldade, proporcionando maior padronização, rapidez na execução e qualidade superior nos resultados, ao mesmo tempo em que diminui a vulnerabilidade da indústria diante da escassez de especialistas.

Desafios do financiamento para a construção civil

Outro tema debatido durante o evento foi o financiamento para a construção civil. De acordo com Quandt, o grande desafio é que ele é caro e enfrenta pouca oferta no mercado financeiro formal em função da alta dos juros da Selic, atualmente em 14,75% ao ano. Ele cita também a reforma tributária que é um desafio ao setor, mas indica que vai colaborar para uma maior produtividade.

Inteligência artificial deixou de ser uma vantagem competitiva e se tornou um fator essencial para a sobrevivência no setor de construção civil.
Crédito: Sienge

Durante o evento, foi apresentado o Grua Report – Funding Imobiliário: a bússola do financiamento para pequenas e médias incorporadoras em tempos de escassez de recursos tradicionais.

De acordo com o relatório, “a taxa Selic em patamar elevado reduz a atratividade da poupança e, com menor disponibilidade de recursos, os bancos têm dado preferência a contratos de aquisição de imóveis, que lhes garantem relacionamento com clientes por até 35 anos. Sem a estrutura e as garantias das incorporadoras de porte super grande, pequenos e médios empresários precisam buscar alternativas, como LCIs, CRIs e outras modalidades de crédito. O problema é que estas linhas são mais caras e pressionam as margens de lucro”.

Como solução, o Grua Report aponta que as fontes de funding que trouxeram o mercado imobiliário até aqui não serão as mesmas que nos levarão adiante. “O aumento no custo do crédito, ainda mais em tempos de Selic elevada, é um convite às incorporadoras para lançarem um novo olhar sobre suas próprias estratégias de financiamento. É preciso um foco bastante acertado na viabilidade e na eficiência operacional dos empreendimentos, com a consciência de que os custos de mão de obra e de materiais sofrem pressões constantes. É preciso, ainda, atentar para as oportunidades, como as fintechs que oferecem soluções de crédito baseadas não no histórico da incorporadora junto a instituições financeiras, mas a partir da viabilidade do empreendimento em questão”, recomenda o relatório.

Fontes
Guilherme Quandt é diretor de Estratégia e Mercado do Ecossistema Sienge.
Cristiano Gregorius é diretor executivo do Ecossistema Sienge.
Roberta Chicoli é diretora da Divisão de Projetos e Obras da Construmarket.
Contato: softplan@vcrp.com.br

Jornalista responsável:
Marina Pastore – DRT 48378/SP
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