Concreto + EPS na construção de casas: do experimento à confiabilidade
Sistemas que usam poliestireno expandido em paredes de concreto começam a ganhar espaço no mercado imobiliário
No Brasil, os sistemas construtivos que utilizam EPS (poliestireno expandido) estão ultrapassando a barreira do experimento para se tornarem confiáveis. Isso ocorre graças à acreditação que recebem do Sistema Nacional de Avaliação Técnica (SiNAT), vinculado ao Programa Brasileiro da Qualidade e Produtividade do Habitat (PBQP-H), e da chancela de institutos como o IPT (Instituto de Pesquisas Tecnológicas) e o Lactec. Esses organismos têm realizado ensaios que comprovam a eficácia da combinação que une EPS e concreto, principalmente para a construção de casas térreas.
Além disso, a Norma de Desempenho (ABNT NBR 15575), nas partes que tratam de estruturas de paredes e desempenho termoacústico, também valida os sistemas que utilizam EPS no lugar dos tradicionais blocos de vedação. Com o aumento da credibilidade, o sistema inovador vê aumentar sua fatia no mercado de construção de casas, principalmente nas regiões centro-oeste e centro-sul do Brasil. Porém, não no volume que já existe na Europa (Itália e Alemanha, principalmente), nos Estados Unidos e no Canadá, onde o uso de poliestireno expandido como isolante térmico e acústico de paredes já ocorre desde meados dos anos 1960.
O EPS também é empregado em grandes obras, seja como estabilizador de solo, em fundações, em lajes e também diretamente no concreto, substituindo a brita quando as especificações do material exigem que ele tenha baixa densidade. No caso das tecnologias para a construção de casas, predominam 3 sistemas: o que utiliza painéis monolíticos revestidos com malha de aço e argamassa estrutural, o que usa fôrmas de EPS preenchidas com concreto com 25 MPa de resistência e o que aplica placas de EPS entre blocos de concreto.
Saiba as vantagens e eventuais desvantagens dos sistemas que usam paredes com EPS
– Tempo de execução da obra pode reduzir em até 60%.
– Baixa geração de entulho.
– Reduz risco de manifestações patológicas no concreto.
– Minimiza consumo energético para manter o conforto térmico da casa.
– Retarda a propagação do fogo.
– Tem excelente desempenho acústico.
– Dependendo do projeto e da qualidade de execução, pode reduzir o custo da obra (tanto na fase de construção quanto na de manutenção).
As alegadas desvantagens da tecnologia de construção de casas com EPS se relacionam com futuras reformas no imóvel, que venham a exigir a quebra de paredes ou a integração com áreas construídas em outro sistema construtivo. A espessura das paredes, que com os revestimentos podem chegar a 17 cm, também pode limitar a área útil da unidade em terrenos com dimensões estreitas.
Enquadrada na categoria de construção sustentável e disruptiva, a tecnologia que utiliza sistemas com EPS foi recentemente debatida em evento online promovido pelo grupo IDD – o 2º BLSIC (BIM, Lean, Sustainability and Industrialized Construction). De acordo com o engenheiro civil Cesar Henrique Sato Daher, um dos fundadores do IDD, o evento mostrou que não são apenas os softwares e as plataformas online que compõem a revolução 4.0 na construção civil. “Existem muitos sistemas construtivos aliados a sistemas de gestão, que permitem construir com mais qualidade, menores prazos e menos desperdícios”, resume, referindo-se à construção com poliestireno expandido.
Entrevistado
Entrevista com base no evento online “Alvenaria estrutural com fôrmas EPS preenchidas com concreto”, que ocorreu dentro 2º BLSIC (BIM, Lean, Sustainability and Industrialized Construction), promovido pelo grupo IDD
Contato
eventos@idd.edu.br
Jornalista responsável:
Altair Santos MTB 2330
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