Código de vestuário vai além da entrevista por emprego
Empresas passaram a ter mais atenção com o visual dos colaboradores.
Empresas passaram a ter mais atenção com o visual dos colaboradores
Por: Altair Santos
No mundo corporativo, tanto quanto o desempenho profissional, a imagem pessoal também está sob constante avaliação. Neste caso, a impressão que um funcionário vai causar no ambiente vai além da entrevista por um emprego. Passa por um conjunto de componentes que engloba autoconhecimento, relacionamento interpessoal, qualificação e princípios éticos. São virtudes que na maioria das vezes se expressam na forma de vestir do colaborador. O traje assume o papel de emissor de conceitos e valores do profissional, assim como da organização. É o que se chama de dress code – código de vestuário -, cada vez mais integrado à vida das empresas brasileiras.
Todas as organizações têm um código de bem vestir. Em algumas, é formal e abertamente especificado; em outras, informal. Isso obriga os recém-contratados a observarem os funcionários mais antigos para interpretar os elementos culturais dominantes na empresa. “Hoje em dia, as empresas possuem culturas extremamente distintas. Portanto, para saber qual é a aparência mais adequada é preciso descobrir como é o ambiente de trabalho. Dessa maneira, o profissional deverá resistir ao padrão habitual de suas escolhas e apresentar-se em um traje compatível não apenas com a empresa, mas também com as pessoas com quem se reunirá e com a função a ser desempenhada”, explica Fernanda Medeiros de Campos, especialista em gestão de capital humano.
Cada vez mais relevante nas organizações, o código de vestuário já integra programas de trainee e também incentiva executivos a buscarem profissionais especialistas em consultoria de imagem. Motivo: antes primordial em contratações, ele agora é também decisivo em promoções. “As promoções são realizadas por meritocracia, conforme as competências e os resultados trazidos pelo profissional à empresa. Porém, se o profissional que é competente não sabe fazer seu marketing pessoal, os demais, inclusive a chefia, podem não perceber suas qualidades e seu esforço em realizar projetos. A roupa faz parte do pacote do marketing pessoal, pois expressa postura, seriedade, criatividade e demais qualidades do profissional”, define a especialista em gestão de capital humano.
Construção civil
Antes pouco relevante para o setor, o código de vestuário já marca presença na construção civil. Isso se dá, em parte, ao aquecimento do mercado imobiliário, o que tem exigido um relacionamento mais estreito com clientes, fornecedores e agentes financeiros. A ponto de incorporadoras como Cyrela e Lopes já terem manuais de dress code. “Porém, diferentemente das empresas da área financeira, as construtoras têm mais flexibilidade de código de vestuário, pois possuem diferentes públicos de contato, de acordo com suas áreas. Por isso, a vestimenta varia conforme a posição do profissional dentro da construtora. Por exemplo, uma pessoa do comercial que lida com clientes precisa ter uma determinada postura, que é menos formal que um gerente financeiro, que terá contatos com bancos e precisa de um vestuário mais austero”, diz Fernanda Medeiros de Campos.
As instituições financeiras juntas com os setores que atuam na área jurídica são as que têm os mais rigorosos códigos de vestuário. Alguns bancos impõem regras até para as cores dos esmaltes e o cumprimento das unhas que as funcionárias devem usar. Porém, para descomprimir, boa parte das organizações que seguem dress code austeros usam o casual day para liberar seus colaboradores de vestuários formais. Normalmente isso ocorre na sexta-feira e vésperas de feriados. No entanto, o estilo informal de se vestir também é regulado por um manual.
Saiba mais
Segurança também faz parte do vestuário do chão da fábrica
Além de dar identidade e estilo aos trabalhadores que atuam no chão da fábrica, as empresas, por lei, precisam “vestir” seus colaboradores com equipamentos de segurança. São os chamados EPIs (Equipamentos de Proteção Individual).
Dependendo do tipo de atividade ou dos riscos que poderão ameaçar a segurança e a saúde do trabalhador, os EPIs mais comuns no chão da fábrica são:
Proteção auditiva: abafadores de ruídos ou protetores auriculares;
Proteção respiratória: máscaras e filtro;
Proteção visual e facial: óculos e viseiras;
Proteção da cabeça: capacetes;
Proteção de mãos e braços: luvas e mangotes;
Proteção de pernas e pés: sapatos, botas e botinas;
Entrevistada
Fernanda Medeiros de Campos, especialista em gestão de capital humano
Currículo
– Sócia-diretora da Mariaca (empresa especializada em gestão de capital humano e consultoria empresarial
– Bacharel em Letras pela Universidade Mackenzie, em São Paulo, estudou nos Estados Unidos durante o 2º grau, no Rockinghan County Senior High School, na Carolina do Norte
– Trabalhou na área de Marketing e Vendas das empresas DuPont e Unifibers e há mais de quinze anos atua em recrutamento de executivos. Acumulou experiência no atendimento de empresas dos setores industrial, consumo e serviços, nas áreas administrativa, financeira, vendas e marketing, supply chain (cadeia de fornecimento) e tecnologia
Contato: mkt@mariaca.com.br / camila03@lide.com.br (Camila Rocha, assessoria de imprensa)
Crédito: Divulgação/Mariaca
Jornalista responsável: Altair Santos – MTB 2330
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