Clima e solo desafiaram engenharia nas obras da BR-163

Pavimentação teve o exército à frente; trecho é importante ligação com portos da região norte do Brasil
4 de março de 2020

Clima e solo desafiaram engenharia nas obras da BR-163

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Contingente de 500 militares atuou permanentemente na obra da BR-163 para cumprir o cronograma em 1 ano. Crédito: Exército Brasileiro

Contingente de 500 militares atuou permanentemente na obra da BR-163 para cumprir o cronograma em 1 ano.
Crédito: Exército Brasileiro

Em pleno carnaval de 2019, uma cena mostrada nos principais telejornais do país surpreendeu os brasileiros. Foi a que trazia caminhões atolados no trecho norte da BR-163, entre Sinop, no Mato Grosso, e Miritituba, no Pará. Para acabar com esse entrave no transporte da região, o governo federal agiu rápido. Em um ano, pavimentou 51 quilômetros da rodovia, facilitando o fluxo de cargas entre os dois estados. 

A obra custou 158 milhões de reais e teve a engenharia do exército à frente do projeto. O clima extremamente quente e chuvoso, aliado a um solo mole, esteve entre os desafios para a pavimentação, que contou ainda com a construção de duas importantes pontes de concreto no trecho. Uma de 50 metros, sobre o rio Samurai, e outra de 100 metros, sobre o rio Itapecurazinho. 

As obras no trecho norte da BR-163 foram executadas pelo 8º Batalhão de Engenharia de Construção (8° BEC). Os militares realizaram trabalhos de terraplanagem, drenagem, lançamento de sedimentos, reforço de solo, compactação, reconformação de plataforma, perfurações de rochas, serviço de britagem, trabalhos topográficos e asfaltamento com 6,5 centímetros de Concreto Betuminoso Usinado a Quente (CBUQ). 

A pista, com 12 metros de largura, incluindo também os acostamentos, já está liberada para o tráfego desde o fim de 2019. No entanto, o exército segue atuando na obra, para concluir a segunda camada de asfalto – chamada de “faixa C” ou capa de rolamento – e para instalar bueiros, meios-fios, valetas e executar as sinalizações horizontais e verticais.

Aproximadamente 3 mil carretas  transitam pela rodovia diariamente

O exército estima que finalizará todo o serviço em agosto de 2020. O diretor de Obras de Cooperação do Exército, General Paulo Roberto Viana, destaca a importância da obra. “Existe um grande volume de veículos que percorre diariamente a BR-163. O trecho dá acesso aos terminais fluviais de Miritituba e Santarém, ambos no Pará. São em torno de 3 mil carretas que transitam nessa rodovia por dia. Hoje, aquela região é um dos mais importantes eixos de exportação do nosso PIB para portos da Ásia e da Europa, principalmente”, declara.

 Roberto Viana lembra que durante a execução da pavimentação a incidência de chuva foi o dobro da média. Por isso, se tornou necessário manter um contingente permanente de 500 militares do 8º BEC no trecho em obras para que o cronograma fosse cumprido. 

Além do asfaltamento, também foi realizada manutenção em 1.300 quilômetros na rodovia, de Sinop-MT a Santarém-PA. Na região amazônica, a BR-163 é conhecida como Rodovia Cuiabá-Santarém. No entanto, a estrada tem início na cidade de Tenente Portela-RS e se estende até a cidade de Santarém-PA. No total, são 3.579 quilômetros, sendo que o trecho de Cuiabá-MT a Santarém-PA tem aproximadamente 1.600 quilômetros. 

Segundo o ministro da Infraestrutura, Tarcísio de Freitas, existe a possibilidade de criar concessões da rodovia. Ele revela que o ministério ainda faz estudos sobre a viabilidade da privatização. “A intenção é redirecionar a logística do país para o norte, porque teremos menores distâncias para os mercados consumidores da Ásia e da Europa”, avalia.

Entrevistado
Ministério da Infraestrutura (via assessoria de imprensa)
Exército Brasileiro (via assessoria de imprensa)

Contato
aescom@infraestrutura.gov.br
imprensa@ccomsex.eb.mil.br

Jornalista responsável: Altair Santos MTB 2330

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