Cientistas estudam fazer tijolos com solo lunar
Objetivo é construir base na lua para permanência de astronautas e pesquisa

Crédito: ESA
Que tal morar na lua, em um prédio com vista para o planeta Terra? Esta ideia tem um ar de filme de ficção científica, mas parece ter inspirado um grupo de cientistas chineses. O país pretende construir uma base na lua dentro de cinco anos e, segundo Ding Lieyun, um cientista da Universidade de Ciência e Tecnologia de Huazhong, o tijolo utilizado na obra será feito de solo lunar.
Mas os chineses não são os primeiros a ter essa ideia – em 2018, a Agência Espacial Europeia anunciou que estava trabalhando com materiais que simulam poeira lunar para a construção de tijolos.
De acordo com a Agência Espacial Europeia (European Space Agency – ESA), para a transformação da poeira lunar em cimento, basta esmagá-la, queimá-la e comprimi-la. “Você pode criar blocos sólidos com isso para construir estradas e plataformas de lançamento, ou habitats que protejam seus astronautas do ambiente lunar hostil”, afirmou Aidan Cowley, conselheiro científico da ESA com uma vasta experiência em lidar com solo lunar.
O solo lunar é um material basáltico composto por silicatos, material que é encontrado em regiões vulcânicas. “A Lua e a Terra compartilham uma história geológica comum, e não é difícil encontrar material semelhante ao encontrado na Lua nos remanescentes de fluxos de lava”, explica Aidan.
Para fazer os testes, a agência tem utilizado pó vulcânico decorrente de erupções que ocorreram há cerca de 45 milhões de anos em uma região perto de Colônia, na Alemanha. O substituto de poeira lunar ganhou o nome de EAC-1.
Um dos desafios de se trabalhar com este material é o fato de que a poeira lunar possui uma carga elétrica devido à constante radiação que recebe, segundo a Agência Espacial Europeia. Isso pode fazer com que as partículas se levantem da superfície. Erin Tranfield, membro da equipe de tópicos sobre poeira lunar da ESA, acredita que ainda é necessário entender completamente sua natureza eletrostática.
Missão chinesa na lua
Recentemente, mais de 100 cientistas, pesquisadores e empreiteiros espaciais chineses se reuniram recentemente em uma conferência na cidade chinesa de Wuhan para discutir formas de construir uma infraestrutura na lua para que astronautas permaneçam por lá mais tempo para realizar pesquisas.
A diferença para o projeto desenvolvido pela Europa é que a China está trabalhando com amostras provenientes da lua, obtidas durante a missão Chang’e-5 em 2020. Além disso, Ding Lieyun, um cientista da Universidade de Ciência e Tecnologia de Huazhong, revelou que um protótipo de robô com seis pernas e semelhante a um inseto chamado “super pedreiro” está sendo construído. Segundo o cientista, ele poderia montar esses tijolos impressos de forma semelhante às peças de Lego.
Fontes
Aidan Cowley é conselheiro científico da Agência Espacial Europeia (European Space Agency – ESA)
Ding Lieyun é cientista da Universidade de Ciência e Tecnologia de Huazhong.
Contatos:
ESA assessoria de imprensa: bernhard.von.weyhe@esa.int
Ding Lieyun: dly@hust.edu.cn
Jornalista responsável
Marina Pastore
DRT 48378/SP
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