Certificações verdes valorizam empreendimentos e ditam novo padrão na construção civil
Incorporadoras apostam na inovação para atender um consumidor cada vez mais seleto e exigente
A busca por certificações internacionais deixou de ser um diferencial para se tornar uma prática cada vez mais consolidada no setor da construção civil, especialmente em empreendimentos de alto padrão. Ao obter certificações como Leed, Well, Leed Zero, Fitwel e Active Score, as empresas não apenas atestam boas práticas ambientais e de bem-estar, mas também agregam valor aos imóveis e aceleram vendas em um mercado cada vez mais competitivo.
“A certificação é uma régua que mede a qualidade do empreendimento. Ela reconhece quem está entregando mais conforto, eficiência e sustentabilidade do que a média do mercado”, explica Guido Petinelli, CEO da Petinelli Inc., empresa de engenharia referência em performance de edificações no Brasil. Para ele, certificações são como medalhas olímpicas: “quem entrega mais qualidade, sobe no pódio”.
Uma das empresas pioneiras na obtenção de certificações é a Construtora Laguna, de Curitiba (PR), que iniciou esse caminho nos anos 2000, com o Residencial Iguaçu, recebendo o selo Leed Gold. Com isso, a empresa passou a entender todos os benefícios que podia oferecer para os clientes. De forma pioneira, a Laguna associou-se ao International Well Building Institute, passando a integrar um grupo exclusivo de apenas 30 empresas em todo o mundo que possuem vários empreendimentos com características Well.

Crédito: Divulgação/ZAH Empreendimentos
Valorização e diferencial competitivo
Empreendimentos certificados podem alcançar valores por metro quadrado significativamente superiores à média do mercado. É o caso do Amazônia, projeto da ZAH Empreendimentos, em Porto Belo (SC), que se tornou o primeiro residencial do mundo a conquistar simultaneamente as certificações Leed Platinum, Well Platinum e Leed Zero (Energy e Carbon).
Segundo Ricardo Zanella, diretor de conceito da ZAH, o objetivo foi criar um novo paradigma: “Queremos entregar mais do que moradias. Estamos oferecendo qualidade de vida, saúde e um novo olhar sobre o que significa habitar”.
O impacto vai além do apelo sustentável. “A qualidade do ar, da água, o conforto térmico e acústico e a eficiência energética são atributos que influenciam diretamente a saúde dos moradores. E isso tem valor de mercado real”, destaca Petinelli. Ele compara: “Quem compra um apartamento de R$ 7 ou R$ 10 milhões quer garantia de que não vai ter mofo ao voltar de viagem ou que vai dormir bem. Isso é o que os selos internacionais entregam”.
Prática que se espalha
A GT Building, em Curitiba, também apostou na tendência. Seu mais recente projeto, o The Pineyards, recebeu o selo Active Score Platinum, um dos sete edifícios no mundo com essa pontuação. “O certificado reconhece nossa proposta de promover mobilidade ativa, saúde e baixo impacto ambiental desde a concepção do projeto”, afirma Mauricio Fassina, diretor de operações da GT.
Além disso, o empreendimento busca as certificações Fitwel e Edge, com sistemas de reuso de água, eficiência energética de 23% e economia estimada de 155 MWh/ano. A incorporadora também compensará 100% do carbono emitido na obra e investirá na conservação de áreas da Mata Atlântica. O movimento dos green buildings está moldando o futuro da construção, unindo tecnologia, design e sustentabilidade.
“Embora o investimento para a construção do empreendimento seja superior, o ciclo de vida de uma edificação demonstra que esse valor é compensado durante a operação do empreendimento, com retorno ao longo da ocupação e uso do empreendimento, a partir da redução em despesas como energia e água”, assinala Fassina.
Sustentabilidade como ativo financeiro
Engana-se quem vê os certificados como meros adornos para campanhas publicitárias. Eles se tornaram ferramentas de valorização concreta dos ativos imobiliários.
A lógica baseia-se em uma nova mentalidade do consumidor, que prioriza qualidade de vida, desempenho ambiental e conforto. O mercado de luxo já entendeu isso e agora vê surgir uma nova elite de empreendimentos: sustentáveis, saudáveis e altamente desejáveis.
Entrevistados
Guido Petinelli é mestre em arquitetura pela McGil University (Montreal), especialista em Empreendedorismo pelo Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT), atua na área de Desenvolvimento de Negócios, com larga experiência nacional e internacional. É fundador e CEO da Petinelli Inc, empresa de engenharia líder no Brasil em desempenho e bem-estar em edificações. Foi premiado com o U.S. Green Building Council (USGBC) Leadership Award em reconhecimento pelas primeiras certificações LEED Zero Energy e LEED Zero Water no mundo. Em 2024, recebeu o Rising Star Award do International WELL Building Institute (IWBI).
Mauricio Fassina é graduado em Engenharia Civil pela Universidade Federal do Paraná (UFPR), pós-graduado em Gerenciamento de Obras pela UTFPR. Possui mais de 20 anos de experiência no setor de construção civil, com especialização em incorporação de imóveis de alto padrão, gestão de obras e viabilidade de negócios. Na GT Building é responsável pela gestão técnica e operacional das obras, controle de custos e prazos, e supervisão de viabilidades econômicas para novos projetos.
Ricardo Zanella é empreendedor da construção civil, sócio fundador e diretor de Conceito da ZAH Empreendimentos, atuando há mais de dez anos em Itapema, Santa Catarina.
Contatos
guido@petinelli.com
centralpress@centralpress.com.br (Assessoria de Imprensa)
marina@koicomunicacao.com.br (Assessoria de Imprensa)
Jornalista responsável
Ana Carvalho
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