CBIC mantém projeção de crescimento de 2,3% do PIB para 2025 e indicadores do primeiro trimestre mostram resiliência do setor

Introdução de novo segmento no programa Minha Casa, Minha Vida dá fôlego para novos lançamentos

Vendas de apartamentos novos aumentaram 17% no primeiro trimestre
Crédito: Envato

A construção civil brasileira começou o ano com sinais claros de resiliência. Embora o PIB do setor tenha apresentado uma leve retração de 0,5% no primeiro trimestre, a atividade segue em ritmo consistente, amparada por fundamentos sólidos e boas expectativas para os próximos meses. A Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC) mantém sua projeção de crescimento de 2,3% para o setor em 2025, mesmo diante de um cenário macroeconômico desafiador.

De acordo com o presidente da CBIC, Renato Correia, os números indicam uma fase de acomodação após ciclos intensos de expansão. “O setor está ajustando seu ritmo, mas segue robusto. A retomada de programas habitacionais e os investimentos públicos em infraestrutura devem impulsionar ainda mais a atividade nos próximos trimestres”, avalia.

No 1º trimestre de 2025 o saldo de novas vagas criadas (654.503) sofreu redução de 9,84% em relação a igual período do ano anterior (725.973). Embora esse número seja um pouco menor do que o registrado em igual período de 2024, permanece acima dos resultados observados em 2022 e 2023, reflexo da continuidade das obras e do bom desempenho dos lançamentos no ano passado. “É um dado que mostra vitalidade e comprova que as obras continuam em andamento, movimentando a economia e gerando oportunidades”, destaca a economista da CBIC, Ieda Vasconcelos. 

Venda de cimento em alta

O consumo de insumos típicos da construção também apresentou desempenho positivo. Em janeiro e fevereiro deste ano, a produção industrial desses materiais cresceu 4,9% em relação ao mesmo período de 2024. O comércio varejista de materiais de construção também cresceu: alta de 6,7% nos dois primeiros meses de 2025 em relação a iguais meses de 2024.

O volume de cimento vendido também reforça esse cenário: foram 15,6 milhões de toneladas no primeiro trimestre, um crescimento de quase 6% na comparação anual. A expectativa do Sindicato Nacional da Indústria do Cimento (SNIC) é de estabilidade com leve crescimento até o final do ano.

Em março, na comparação com igual mês de 2024, observou-se incremento de 5,2%. O aumento de lançamentos em 2024 e também o mercado de trabalho aquecido ajudam a explicar esse resultado. Porém, apesar dos resultados positivos, o SNIC projeta crescimento entre 1% e 1,5% em 2025 em relação ao ano anterior em virtude do desempenho da economia, investimentos em habitação e infraestrutura e política monetária.

Setor imobiliário registra vendas aquecidas e estoques em baixa

Outro sinal positivo veio do mercado imobiliário. As vendas de apartamentos novos aumentaram 17% no primeiro trimestre, mesmo com uma queda de 7% nos lançamentos. O desempenho das vendas reforça a confiança do consumidor e evidencia o potencial de recuperação contínua do setor.

Com a redução dos estoques, novas oportunidades de lançamentos devem surgir ao longo de 2025, especialmente com o estímulo do programa Minha Casa, Minha Vida. A criação da Faixa 4 no programa habitacional federal trouxe novo ânimo ao segmento. O novo programa oferece financiamento com juros subsidiados para famílias com renda mensal de R$ 8 mil até R$ 12 mil. A medida deve contribuir para ampliar o acesso à moradia e dinamizar o mercado, especialmente nas regiões metropolitanas. 

Empresariado mantém confiança positiva

A confiança dos empresários, apesar de estar levemente abaixo da linha neutra dos 50 pontos, mantém viés positivo. Os indicadores de expectativa para novos empreendimentos, compras de insumos e número de empregados permanecem acima desse patamar, apontando que o setor aposta em uma retomada mais intensa a partir do segundo semestre.

A construção civil segue como um pilar estratégico da economia brasileira. Responsável por 6,18% de todos os empregos formais do país e com protagonismo em grandes centros urbanos e projetos de infraestrutura, o setor mostra que está preparado para enfrentar os desafios do ano e continuar avançando.

Fontes
Ieda Vasconcelos é economista da CBIC.
Renato Correa é presidente da CBIC.

Contato
ascom@cbic.org.br (Assessoria de Imprensa)

A opinião dos entrevistados não reflete necessariamente a opinião da Cia. de Cimento Itambé.



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