Brasil foi o centro das atenções na Batimat 2011

26 de dezembro de 2011

Brasil foi o centro das atenções na Batimat 2011

Brasil foi o centro das atenções na Batimat 2011 150 150 Cimento Itambé

Feira mundial da construção civil, que acontece a cada dois anos em Paris, estimulou mercado europeu a buscar negócios no país

Por: Altair Santos

Considerada a principal feira mundial da construção civil, a Batimat 2011 aconteceu de 7 a 12 de novembro em Paris, na França, e colocou o Brasil no centro das atenções do evento. O país foi cortejado pelos empreendedores europeus, visto como um “canteiro de obras em plena atividade no mundo”.  Por isso, o estande montado pela Fiesp (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo) esteve entre os mais concorridos da feira.  “Procuramos mostrar várias modalidades de negócios para eles e o interesse foi surpreendente”, disse José Carlos de Oliveira Lima, vice-presidente da Fiesp, presidente do Consic (Conselho Superior da Indústria da Construção da Fiesp) e do conselho deliberativo do Sinaprocim/Sinprocim (Sindicato Nacional da Indústria de Produtos de Cimento/Sindicato da Indústria de Produtos de Cimento do Estado de São Paulo).

Pavilhão da Batimat, em Paris: vários segmentos da cadeia produtiva da construção civil internacional estão interessados em investir no Brasil

Aos investidores que foram à Batimat, a Fiesp apresentou o relatório Construbussiness, que projeta as perspectivas de negócios que devem ser viabilizados no Brasil até 2022. “Até o bicentenário da nossa independência, o país deve construir mais 27 milhões de habitações, além de estar plenamente envolvido com a questão do pré-sal e as obras de infraestrutura. Estimamos que tudo isso irá requerer investimento da ordem de R$ 2 trilhões até 2022″, avalia José Carlos de Oliveira Lima, revelando os tipos de negócios que mais atraem os estrangeiros para a cadeia da construção civil brasileira: “Eles buscam joint ventures, seja para exportar materiais ou tecnologia, e também têm interesse em aquisições de empresas brasileiras. Com a crise que está acontecendo lá na Europa, o Brasil é visto como uma janela de oportunidades.”

Outro ponto de interesse dos empreendedores que visitaram a Batimat, em relação ao Brasil, foi procurar saber quais são os entraves para investimentos no país. “O que eles mais perguntaram foi sobre a alta carga tributária e também a questão de juros altos, ou seja, este é o maior problema sob o ponto de vista da competitividade. Há também a questão da tecnologia. Na Batimat, pudemos ver materiais, equipamentos e técnicas de construção que ainda não chegaram no Brasil. A feira também mostrou que o caminho é o mesmo da industrialização dos canteiros de obras. Isso, aqui, está só começando. É um campo a ser explorado por eles”, previu o dirigente da Fiesp, que integrou a comitiva que esteve em Paris.  A feira, que ocorre a cada dois anos, atraiu em 2011 mais de 400 mil visitantes, dos quais 80 mil eram estrangeiros. Do Brasil, 2.500 passaram pela Batimat 2011.

Durante a feira, foram encaminhados 125 negócios voltados para o Brasil dentro dos sete setores contemplados no evento: estrutura, carpintaria, acabamentos e decoração, material e ferramentas, durabilidade dos edifícios, informática e serviços empresariais. Também foi assinado um acordo de cooperação com a Sorbonne, Universidade de Paris, para que o país avance na qualificação da mão de obra e na aplicação de novas tecnologias na construção civil. Entre as disciplinas que a Sorbonne irá participar, dentro de convênios a serem firmados com universidades brasileiras, estão Tecnologia dos Materiais, Métodos e Sistemas de Padronização, Arquitetura Sustentável, Planejamento Urbano e Produção em Escala de Residências Populares. “Colheremos muitos frutos desta nossa participação na Batimat”, finalizou José Carlos de Oliveira Lima.

Veja também:

Relatório Construbussiness apresentado na Batimat 2011
http://www.fiesp.com.br/observatoriodaconstrucao/downloads/palestra-batimat-portugues.pdf

Entrevistado
José Carlos de Oliveira Lima, vice-presidente da Fiesp, presidente do Consic (Conselho Superior da Indústria da Construção da Fiesp) e do conselho deliberativo do Sinaprocim/Sinprocim (Sindicato Nacional da Indústria de Produtos de Cimento/Sindicato da Indústria de Produtos de Cimento do Estado de São Paulo)
Currículo
– Graduado em engenharia civil pela Pontifícia Universidade Católica de Campinas
– Preside o conselho deliberativo do Sinprocim (Sindicato da Indústria de Produtos de Cimento do Estado de São Paulo) 1992-2014
– Preside o conselho deliberativo do Sinaprocim (Sindicato Nacional da Indústria de Produtos de Cimento) 1998-2014
– Fundou da Abilaje (Associação Brasileira da Indústria de Lajes)
– É presidente e fundador do Instituto Construbusiness desde 2002
– É vice-presidente eleito da FIESP (2007-2015)
– Preside do Conselho Superior da Indústria da Construção (CONSIC/FIESP)
Contato: sinaprocim@sinaprocim.org.br

Créditos fotos: Divulgação / Batimat 2011 / Sinaprocim

Jornalista responsável: Altair Santos – MTB 2330
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