Banco Central está criando a moeda digital Drex para facilitar compra e venda de imóveis
Nova ferramenta deve reduzir burocracia e tempo gasto com processos de transferência de propriedade
O Drex, a nova moeda digital que está sendo desenvolvida pelo Banco Central, promete transformar as operações financeiras no Brasil e pode ser um divisor de águas no mercado imobiliário. Mais do que uma simples digitalização do dinheiro, o Drex surge como uma ferramenta capaz de simplificar transações complexas, como a compra e venda de imóveis, garantindo segurança e praticidade.
De acordo com Angela Schuchovski, educadora financeira e planejadora, o Drex é uma extensão digital do Real, a moeda oficial do Brasil. “Não se trata de uma criptomoeda, mas é o nosso dinheiro em outro formato. Assim como temos o Real em papel, no cartão ou no banco, agora teremos a opção digital”, explica.
A moeda digital permite transações com a mesma paridade do Real, mas de forma simplificada, aproveitando uma infraestrutura tecnológica avançada para melhorar a experiência dos usuários.
Diferentemente do PIX, que é um serviço de pagamento, o Drex foi planejado para ser uma solução financeira abrangente. “O Drex viabiliza operações que vão além dos pagamentos, incluindo investimentos, crédito e até mesmo a compra de imóveis e veículos”, destaca Angela. A ideia é trazer mais eficiência para o ambiente financeiro, com menos intermediários, tornando as operações mais seguras e econômicas.
Simplificação do processo de compra e venda de imóveis
Uma das principais vantagens do Drex está na simplificação de processos complexos, como a compra e venda de imóveis. Isso será possível por meio da interoperabilidade entre a plataforma Drex e a rede de cartórios. “A transação poderá ocorrer dentro da plataforma através dos chamados contratos inteligentes, ou smart contracts”, afirma.
Esses contratos serão adaptáveis às necessidades dos envolvidos, permitindo que a transação financeira seja concluída apenas quando todas as condições estipuladas forem cumpridas. Isso elimina incertezas e aumenta a segurança para todas as partes, já que o contrato só será efetivado quando as obrigações forem cumpridas.
Angela explica que o mecanismo é semelhante ao utilizado na compra de veículos, onde as partes envolvidas não precisam se preocupar em quem vai dar o primeiro passo, pois o dinheiro e a transferência de propriedade ocorrerão simultaneamente.
Redução de burocracia no mercado imobiliário
O impacto do Drex no mercado imobiliário pode ser significativo, especialmente pela redução na burocracia e no tempo gasto com processos de transferência de propriedade. Com os contratos inteligentes, será possível realizar todas as etapas de forma digital e automatizada, com segurança e sem intermediários desnecessários. A expectativa é de que o uso da moeda digital atraia um maior número de pessoas para o mercado de imóveis, ampliando o acesso e facilitando a negociação.
“A digitalização do dinheiro, com o Drex, está alinhada à tendência global de modernização dos sistemas financeiros e pode colocar o Brasil na vanguarda das finanças digitais”, observa Angela Schuchovski.
Tecnologia e segurança
O Drex utiliza a tecnologia de registro distribuído, conhecida como DLT (Distributed Ledger Technology), da qual a blockchain é um exemplo popular. Segundo o Banco Central, a DLT empregada será permissionada, o que significa que apenas instituições autorizadas poderão participar do sistema. Isso inclui o Banco Central e outros reguladores, além das instituições financeiras reguladas.
“Embora o Drex ainda esteja em fase de testes, o Banco Central afirma que o sistema será seguro, garantindo a privacidade e a segurança jurídica conforme as normas em vigor, como a Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD) e a Lei de sigilo bancário”, ressalta. O uso dessa tecnologia traz uma camada adicional de segurança, já que as informações são registradas de forma distribuída (ou seja, em uma rede compartilhada em que todas as partes terão acesso aos mesmos dados), reduzindo os riscos de fraudes.
Impacto em diversas áreas
Além de facilitar transações imobiliárias, o Drex promete democratizar o acesso aos benefícios da economia digital, promovendo modelos de negócios inovadores em várias áreas. A plataforma possibilitará operações programáveis e padronizadas, o que pode reduzir os custos de transação e aumentar a eficiência.
Para utilizar o Drex, o usuário precisará escolher um intermediário financeiro autorizado que deve transferir o saldo em conta para a carteira digital. Isso permitirá transações com ativos digitais e acesso a serviços financeiros diversos.
A nova moeda digital representa, portanto, mais uma opção para os brasileiros realizarem transações de forma segura e prática, sem a necessidade de utilizar métodos tradicionais. Embora a implementação total do Drex vai demandar algum tempo, o caminho está sendo pavimentado para um futuro mais eficiente e inclusivo.
Entrevistada
Angela Schuchovski é graduada em Administração pela FAE Centro Universitário, mestre em Estratégia e Organizações pela Universidade Federal do Paraná (UFPR) e planejadora financeira.
Contato:
angela@pensevalor.com.br
Jornalista responsável
Ana Carvalho
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