Assentamento Mario Covas recebe o projeto piloto de construção offsite

Dentre as tecnologias empregadas para a construção das casas estão o Painel de Concreto e Impressão 3D.

O Assentamento Mario Covas, em São Simão (SP), recebeu o projeto piloto de construção offsite realizado pela Companhia de Desenvolvimento Habitacional e Urbano do Estado de São Paulo (CDHU). Por meio desta iniciativa, unidades habitacionais são construídas com tecnologias industrializadas modulares offsite, a partir de um chamamento público feito pela CDHU para estimular métodos inovadores de produção habitacional. 

A área, de propriedade do Estado, foi transformada em assentamento em 2011. Hoje, abriga 124 lotes destinados a famílias assentadas pela Fundação Instituto de Terras de São Paulo (Itesp), totalizando 748,2660 hectares, incluindo zonas de preservação ambiental. Ela está localizada em uma área contínua à Estação Ecológica da Fazenda Santa Maria, administrada pela Fundação Florestal, que mantém mais de 80% de sua vegetação nativa preservada.

Em fevereiro de 2024, a CDHU publicou um edital de chamamento para credenciar empresas interessadas na construção de 15 mil unidades habitacionais, além de 100 mil m² de edificações não residenciais, utilizando o sistema de construção industrializada modular offsite. O objetivo, dentro do horizonte do Plano Plurianual até 2027, é entregar 7,5 mil moradias verticais (prédios), 7,5 mil moradias horizontais (casas) e 100 mil m² em estruturas voltadas ao uso público.

As obras fazem parte de um convênio firmado no fim de 2024 entre a CDHU e Itesp, com a finalidade de atender 630 famílias de assentamentos rurais e comunidades quilombolas em diversas regiões do Estado.

Casas utilizam métodos construtivos que permitem a fabricação dos componentes em uma fábrica, reduzindo o tempo e os resíduos de construção, bem como a emissão de poluentes.
Crédito: CDHU

Tecnologias construtivas

Dentre as tecnologias empregadas para a construção das casas estão o Painel de Concreto e Impressão 3D. Essas tecnologias permitem a fabricação dos componentes em uma fábrica, reduzindo o tempo e os resíduos de construção, bem como a emissão de poluentes.

“Estamos vistoriando as oito casas já construídas para verificar a qualidade e conforto da construção, que são alguns dos aspectos a serem observados no nosso chamamento. Também vamos levar em conta os custos de cada modalidade, além da capacidade de produção em longa escala. É um processo muito técnico e inovador, então é um aprendizado comum para as empresas e para as equipes da CDHU”, aponta Marcelo Branco, secretário de Desenvolvimento Urbano e Habitação.

Vídeo: https://www.youtube.com/watch?v=XI1qf-KKO8w 

Para o professor e doutor Roberto Christ e coordenador do itt Performance DPPGI – Diretoria de Pesquisas, Pós-Graduação e Inovação / itt da Unisinos, as casas modulares têm a vantagem de utilizar materiais com tempo de cura menores, o que permite uma maior produtividade. “O mercado da construção civil para casas de interesse social sempre foi grande, e temos um déficit habitacional gigante. A construção modular pode ajudar tanto a diminuir esse déficit quanto a aumentar a produtividade. A construção modular não é aplicável apenas para construções de interesse social, mas para toda e qualquer construção, seja ela residencial, industrial ou comercial. Com a escassez de mão de obra, a industrialização será uma pauta em todas as construtoras a médio e longo prazo”, conclui.

Fontes
O professor e doutor Roberto Christ é coordenador do itt Performance DPPGI – Diretoria de Pesquisas, Pós-Graduação e Inovação / itt da Unisinos.
Contato: RCHRIST@unisinos.br

Jornalista responsável:
Marina Pastore – DRT 48378/SP
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