Arena das Dunas é o 7º estádio pronto para a Copa
Construção recuperou tempo perdido investindo em estruturas pré-fabricadas e foi o único que cumpriu com os prazos exigidos pela Fifa
Construção recuperou tempo perdido investindo em estruturas pré-fabricadas e foi o único que cumpriu com os prazos exigidos pela Fifa
Por: Altair Santos
Há um ano, o estádio Arena das Dunas – um dos 12 escolhidos para receber jogos da Copa do Mundo – era o que estava com as obras mais atrasadas. Com planejamento e investimento maciço nas tecnologias do concreto pré-fabricado e das estruturas metálicas, a obra de Natal conseguiu recuperar o cronograma e cumprir à risca o prazo dado pela Fifa. No dia 22 de janeiro de 2014, foi inaugurado com capacidade para receber 42 mil pessoas e investimento de R$ 423 milhões.
A Arena das Dunas tornou-se o 7º estádio a ficar pronto para a Copa do Mundo. Foi construído no mesmo terreno onde se encontrava o antigo estádio de Natal, conhecido como Machadão. A demolição desta obra, e de um ginásio anexo, resultou em 14 mil m³ de concreto reciclado, usado para construir peças pré-moldadas que foram empregadas em áreas não estruturantes da Arena das Dunas. No total, o novo estádio da capital potiguar consumiu 43 mil m³ de concreto.
Construída pelo consórcio OAS Coesa, a Arena das Dunas terá sua capacidade diminuída após a Copa do Mundo. O número de lugares cairá de 42 mil para 31.375. Seu projeto arquitetônico foi desenvolvido pela empresa norte-americana Populous, especializada em obras relacionadas com o esporte. A companhia também projetou os ginásios de Sochi, na Rússia, onde acontecem os jogos olímpicos de inverno, e atuará naquele país planejando alguns dos estádios que receberão partidas da Copa do Mundo de 2018.
No caso da Arena das Dunas, a Populous inovou na fachada do estádio, fazendo com que a cobertura imitasse pétalas que recobrem as arquibancadas. São 20 módulos que facilitam a ventilação e a penetração da luz natural dentro do estádio. As estruturas são feitas de treliças de aço, cobertas por telhas de alumínio, com isolamento térmico e acústico. Internamente, elas são revestidas com membranas de PVC pré-esforçado. As peças são unidas por policarbonato translúcido.
O telhado da Arena das Dunas também foi planejado para captar chuva. Calhas recolhem a água e levam-na para nove tanques abaixo das arquibancadas inferiores. Até 3 mil m³ podem ser capturados e reutilizados nos banheiros ou para irrigar o gramado. “O projeto da cobertura foi fundamental para que recuperássemos o tempo perdido e conseguíssemos entregar a obra dentro do prazo”, diz o engenheiro civil Demétrio Paulo Torres, que ocupa o cargo de secretário extraordinário para assuntos relativos à Copa do Mundo de 2014, dentro do governo do Rio Grande do Norte.
Entrevistado
Engenheiro civil Demétrio Paulo Torres, secretário extraordinário para assuntos relativos à Copa do Mundo de 2014 – organismo ligado ao governo do Rio Grande do Norte
Contatos
secopa@rn.gov.br
secoparn@gmail.com
Crédito Foto: Canindé Soares/SecopaRN
Jornalista responsável: Altair Santos MTB 2330
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