Brasil acompanha expansão global do wellness real estate
No mundo, segmento mais que dobrou de tamanho, passando de US$ 225 bilhões em 2019 para US$ 548 bilhões em 2024
O mercado de imóveis voltados ao bem-estar tem sido, de longe, o que mais cresce entre os 11 setores que compõem a economia global de bem-estar — avaliada em cerca de US$ 6,3 trilhões. O segmento mais que dobrou de tamanho, passando de US$ 225 bilhões em 2019 para US$ 548 bilhões em 2024. Para efeito de comparação, o crescimento anual médio da construção global no mesmo período foi de apenas 5,5%, enquanto o de wellness real estate atingiu 19,5% ao ano. Os dados foram divulgados no relatório Build Well To Live Well: The Future, uma revisão completa e aprofundada do estudo original publicado em 2018 sobre o mercado de wellness real estate, feito pela Global Wellness Institute (GWI).

Crédito: AG7/Divulgação
As regiões com o crescimento anual mais acelerado entre 2019 e 2024 foram: América Latina e Caribe (24%), Oriente Médio e Norte da África (22,6%) e Europa (22,4%). O GWI projeta uma expansão anual de 15,2% nos próximos cinco anos, o que levaria o mercado a alcançar US$ 1,1 trilhão até 2029.
O que é considerado wellness real state?
O Global Wellness Institute (GWI) define wellness real estate como: ambientes construídos projetados, edificados e operados de forma proativa para apoiar a saúde holística dos ocupantes, visitantes e da comunidade.
O GWI apresenta seis princípios para orientar o desenvolvimento de empreendimentos imobiliários voltados ao bem-estar. Eles defendem uma abordagem holística e integrada, que vai desde o planejamento até a operação dos espaços.
Em resumo, o wellness real estate deve:
- Ser aplicável a qualquer escala ou tipo de projeto;
- Incorporar o bem-estar desde o início, de forma multidimensional;
- Ir além de evitar danos, buscando otimizar a saúde dos usuários;
- Estimular hábitos ativos e saudáveis;
- Integrar o bem-estar à infraestrutura e à gestão contínua;
- Promover não apenas o bem-estar individual, mas também o coletivo e comunitário.
Wellness real state no Brasil
De acordo com o relatório do Global Wellness Institute (GWI), em 2024 o Brasil contava com 72 projetos certificados pelos sistemas WELL Building Standard (WELL) e Fitwel — os dois principais selos internacionais voltados especificamente à saúde e ao bem-estar dos ocupantes de edificações.
No cenário global, já são mais de 4.550 projetos certificados por essas plataformas, sendo que 53% das certificações estão concentradas nos Estados Unidos.
Segundo Guilherme Werner, sócio da Brain Inteligência Estratégica, a tendência do wellness se consolidou no pós-pandemia no Brasil. “Durante o período de isolamento, um dos principais motivadores de compra — especialmente entre o público de médio, médio-alto e alto padrão — foi a busca por uma melhora significativa na qualidade de vida. Esse comportamento acabou se enraizando no processo de decisão dessas famílias”, afirma.
Werner destaca ainda que “o desejo por áreas comuns bem projetadas e tipologias que promovam bem-estar, com mais iluminação natural, elementos de biofilia e conforto ambiental, tem se tornado cada vez mais presente no mercado de luxo brasileiro, influenciando fortemente os atuais processos de compra”.
Para Anderson Becker, CEO da ABecker, incorporadora de projetos de loteamentos, condomínios residenciais e industriais, há uma mudança significativa no comportamento do consumidor. “A busca por moradias horizontais principalmente no interior e próximas a destinos de alta valorização está diretamente ligada ao desejo por mais espaço, maior conexão com a natureza e, claro, maior flexibilidade no projeto dos imóveis. Esse movimento reflete um novo padrão de qualidade de vida, especialmente em um cenário pós-pandemia, onde pessoas estão migrando dos centros urbanos. Além disso, a privacidade e o contato com áreas verdes se tornaram ainda mais valorizados. As vendas aceleradas que observamos nos nossos projetos é um reflexo, assim como a valorização. Acreditamos que esse modelo se consolidará como uma das principais tendências do mercado imobiliário nos próximos anos”, afirma.
Em Curitiba, um lançamento recente baseado neste conceito de wellness real estate tem chamado atenção – o Ícaro Casa-Térrea. “Não há empreendimento urbano no Brasil com essa proporção de bem-estar, amplitude de espaço, qualidade de vida e conforto. É um novo conceito de moradia, uma verdadeira blue zone. Quando falamos de Ícaro, estamos falando de tempo de vida, não em metros quadrados”, destaca Alfredo Gulin Neto, CEO da AG7, responsável pela incorporação. Entre as características principais das unidades, estão a presença de três a cinco suítes em cada uma delas e varandas particulares de até 300 m². O projeto prevê um bosque privativo de 9 mil m², um lago ornamental, piscinas coberta e externa, área de SPA, sauna seca e úmida, haloterapia, brinquedoteca, quadra de beach tênis, academia e sala de pilates, pista de caminhada em volta de todo empreendimento, espaço gourmet, lounge, sala de jogos, espaço de games, coworking, biblioteca e sala de leitura.
Fontes
Guilherme Werner é sócio da Brain Inteligência Estratégica.
Anderson Becker é CEO da ABecker.
Alfredo Gulin Neto é CEO da AG7.
Contatos
Brain Inteligência Estratégica: murilo.sacardi@viracomunicacao.com.br
ABecker: redacao1@rotascomunicacao.com.br
AG7: erica@azziandco.com
Jornalista responsável:
Marina Pastore – DRT 48378/SP
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