Concreto de subpressão garante durabilidade e segurança em obras abaixo do nível do mar

Obra em Jurerê Internacional conta com expertise da Concrebras para superar os desafios impostos pela pressão hidrostática

Projetar e executar uma estrutura localizada abaixo do nível do mar exige soluções técnicas de alto desempenho. Esse é o caso de um empreendimento de altíssimo padrão localizado na praia de Jurerê Internacional, região norte de Florianópolis (SC), onde foi adotada a solução do uso de lajes de subpressão, com apoio técnico da Concrebras. O objetivo era ampliar o número de vagas de garagem, preservando a segurança da estrutura.

Concreto de subpressão amplia as possibilidades da construção civil em terrenos antes considerados inviáveis
Crédito:
Divulgação/CFL

O empreendimento, localizado de frente para o mar, possui apartamentos que variam de 182 a 976 metros quadrados e quase 88 mil metros de área construída. Mais do que atender às necessidades de conforto e estética, a solução técnica aplicada na laje de subpressão garante que o subsolo, mesmo cinco metros abaixo do nível do mar, permaneça seco, seguro e conferindo a durabilidade e vida útil essenciais para o ambiente agressivo.

“Estamos abaixo do nível do mar devido à necessidade de mais vagas de garagem. O grande desafio da laje de subpressão é conseguir controlar o grande volume de água que verte do solo constantemente. Além disso, precisamos garantir a total vedação do sistema, conhecido como conceito casco de navio”, explica Francisco Ferreira, coordenador de obras da CFL Empreendimentos.

A solução adotada incluiu o uso de parede diafragma, instalação de ponteiras filtrantes e o desenvolvimento de um traço especial de concreto aditivado com cristalizante, capaz de selar fissuras e proteger contra a ação agressiva do ambiente marinho.

Concreto especial para resistir à pressão hidrostática

Estágio atual da obra, que prevê concreto de subpressão com expertise da Concrebras
Crédito:
Acervo pessoal/Francisco Ferreira

Segundo Jair Schwanck Esteves, coordenador de Desenvolvimento Técnico da Concrebras, a laje de subpressão deve ser projetada para resistir à pressão hidrostática, garantindo total impermeabilidade. “A utilização do cristalizante é fundamental para uma estrutura como a laje de subpressão, pois, em conjunto com os ligantes previamente dimensionados, resiste a altas pressões hidrostáticas, possui capacidade de auto-cicatrização de fissuras até 0,4 mm, resiste a ataques químicos, reduz a penetração de cloretos e protege contra sulfatos”, detalha.

O empreendimento demandou cerca de 450 m³ de concreto apenas na primeira fase da concretagem, volume equivalente a 56 caminhões. Além da formulação específica do traço, outro diferencial foi o acabamento do piso com polimento, realizado em até seis horas após a concretagem, atendendo às restrições de ruído do entorno.

Expertise e inovação à beira-mar

Construir em regiões costeiras exige atenção redobrada quanto à agressividade ambiental. Nesse cenário, a Concrebras se destaca pela capacidade de desenvolver projetos personalizados em parceria com seus clientes. “Estamos aptos a superar os maiores desafios. Para obras próximas ao mar, os principais cuidados se referem à classe de agressividade ambiental e ao ataque de cloretos. Esses parâmetros orientam o dimensionamento necessário para assegurar a durabilidade e a vida útil do concreto, em conformidade com a ABNT NBR 6118”, afirma Esteves.

O concreto de subpressão, portanto, não se limita a resolver um desafio técnico: ele viabiliza projetos arrojados e amplia as possibilidades da construção civil em terrenos antes considerados inviáveis. Isso só é possível com tecnologia de ponta, materiais de alta performance e expertise de planejamento e execução.

Entrevistados
Jair Schwanck Esteves é graduado em Engenharia Civil pela Universidade Estadual de Santa Catarina (UDESC), pós-graduado em Auditoria, Avaliações e Perícias em Engenharia (IPOG) e coordenador de Desenvolvimento Técnico da Concrebras.
Francisco Ferreira é engenheiro civil com MBA em Gerenciamento de Canteiros de obras pelo Instituto Mauá de Tecnologia e formação para Auditor Interno da Qualidade – ISO 9001 e SIAC PBQP-H 2012 pelo CTE. Atualmente, é coordenador de Obras da CFL Empreendimentos.

Contatos
jair.esteves@concrebras.com.br
francisco.ferreira@cfl.com.br

Jornalista responsável
Ana Carvalho
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