Itambé marca presença no 9° Congresso Brasileiro do Cimento
Congresso debate os rumos da indústria cimenteira no Brasil, com foco em inovação e redução de emissões
Entre os dias 30 de junho e 02 de julho, foi realizado o 9° Congresso Brasileiro do Cimento, em São Paulo (SP). O evento reuniu autoridades, lideranças, especialistas e pesquisadores do Brasil e do exterior para debater políticas públicas, inovação tecnológica, legislação e questões ambientais ligadas à construção civil e ao uso do cimento.
Para Marcio Lobo, diretor comercial da Cia. de Cimento Itambé, o 9º Congresso Brasileiro do Cimento é um evento de grande relevância para o setor, pois aborda dois temas que estão no centro das discussões atuais: a questão ambiental e a inovação.

Crédito: 9° Congresso Brasileiro do Cimento
“No aspecto ambiental, o foco está na descarbonização e na redução das emissões de CO₂ — um desafio crucial para a indústria cimenteira. Temos um compromisso global com o Roadmap da neutralidade de carbono até 2050, e todas as fábricas de cimento no mundo estão mobilizadas para atingir essa meta. Para isso, a inovação é fundamental. Somente com novas soluções, tecnologias e equipamentos será possível transformar os processos produtivos e reduzir significativamente as emissões. Estamos diante de um momento decisivo, em que sustentabilidade e inovação caminham juntas para garantir o futuro da indústria”, afirma Lobo.
Palestra: Inovação com Propósito
Durante a programação do 9º Congresso Brasileiro do Cimento, a Cia. de Cimento Itambé apresentou a palestra “Inovação com Propósito”. Na ocasião, Arilson Batista Lauxen, coordenador de Planejamento e Controle de Manutenção, e Claudio Cesar Pereira, especialista técnico em Engenharia de Manutenção e Confiabilidade, compartilharam estratégias para otimizar processos e elevar a performance da fábrica por meio do uso de Business Intelligence (BI) e Inteligência Artificial (IA). Sobretudo, a palestra abordou como utilizar ferramentas de monitoramento para ter uma condição mais preditiva das operações da fábrica.
Um dos exemplos dados na palestra foi o uso do MAS 8, uma plataforma única e integrada para a gestão de ativos.
“Essa ferramenta não representou apenas uma nova interface, mas uma mudança na forma de pensar a gestão de ativos na Itambé”, afirmou Pereira. “Com o sistema MAS 8, conseguimos integrar dados operacionais de Controladores Lógicos Programáveis (CLPs), com IoT de dispositivos e sensores, permitindo o monitoramento dos ativos em tempo real.”
O sistema também conta com um módulo específico para acompanhar a saúde dos ativos, utilizando o histórico de manutenções, a expectativa de vida útil e investimentos de cada equipamento. “Com essa base de dados estruturada, conseguimos fazer predições de falhas, tanto com os nossos próprios registros quanto com os dados da IBM, utilizando inteligência artificial e machine learning para gerar análises preditivas de forma contínua”, explicou.

Crédito: 9° Congresso Brasileiro do Cimento
Pereira destacou ainda a versão mobile da ferramenta, que fornece aos técnicos acesso rápido e fácil aos dados dos ativos — inclusive offline. “O técnico pode carregar os dados na oficina e, no campo, registrar execuções, tirar fotos, fazer vídeos e apontamentos com georreferenciamento. Ao retornar à base, tudo é sincronizado automaticamente. Isso reduziu o uso de papel e melhorou significativamente o fluxo de trabalho”, completou.
Quando se trata da manutenção seletiva — voltada aos componentes e equipamentos mais críticos para o processo e para a companhia — Lauxen destaca, por exemplo, os avanços significativos nas medições e no monitoramento dos fornos e moinhos. “Evoluímos tanto na forma de medir quanto de controlar esses ativos”, afirma.
Segundo ele, o controle rigoroso desses itens é essencial, pois embora representem apenas 15% do estoque de componentes, respondem por 85% do custo anual com materiais de manutenção. “Por isso, todos esses itens foram alocados em um local lógico dentro do nosso ERP Protheus, sem ponto de ressuprimento com as requisições de compras controladas pela Engenharia. Todos são readquiridos com base na condição, tendencia, histórico de vida útil e prazo de entrega. Daí a necessidade de um controle tão preciso.”
Essa estratégia, explica Lauxen, permite aplicação da engenharia de manutenção, desenvolvimento de novas tecnologias, inovação, maior previsibilidade no planejamento de compras e no orçamento. “Conseguimos antecipar o quanto será necessário investir em itens seletivos nos próximos anos, o que facilita não só a gestão da manutenção, mas também o planejamento estratégico da Companhia”, conclui.
Conversa com CEOs
O 9º Congresso Brasileiro do Cimento foi encerrado com um bate-papo com os presidentes da indústria do cimento, mediado por Paulo Camillo Penna, presidente da Associação Brasileira de Cimento Portland (ABCP) e Sindicato Nacional da Indústria do Cimento (SNIC). Alexander Capela Andras, diretor superintendente da Cimento Itambé, participou da conversa e trouxe alguns insights sobre o mercado – em especial sobre a região Sul do país, área de atuação da empresa.

Crédito: 9° Congresso Brasileiro do Cimento
“Sobre o mercado atual, temos observado crescimentos mais modestos, muito em função das condições econômicas e estruturais do entorno. No entanto, a demanda do país é significativamente maior. Não existe, na história da humanidade, nenhum caso de país que tenha se desenvolvido sem que a indústria do cimento tivesse um papel essencial. O consumo de cimento está diretamente ligado ao progresso e à melhoria da qualidade de vida de uma nação. Temos, portanto, uma grande expectativa em relação ao que vem pela frente. Hoje, observamos no Sul do Brasil uma dinâmica muito forte impulsionada pelo setor privado que vem investindo em ampliação de capacidade e aumento de produtividade gerando emprego e renda.
Por isso, acreditamos fortemente no crescimento da demanda. Inclusive, acabamos de colocar em operação nosso forno mais recente — uma unidade moderna, já preparada para absorver esse novo ciclo de expansão”, comentou Andras.
Sobre as emissões do setor, Andras ressaltou a importância de envolver toda a cadeia produtiva no compromisso de buscar redução de emissões de CO₂. “Esse esforço precisa ir muito além do cimento em si. Durante o congresso discutimos bastante a necessidade de olhar para toda a cadeia produtiva: concreteiras, construtoras, projetistas e demais agentes precisam estar alinhados nesse propósito. As construções devem ser duráveis e pensadas com responsabilidade desde o projeto até a execução. Muito se fala, por exemplo, em sistemas de construção seca ou alternativas industrializadas, mas é preciso refletir também sobre o desempenho térmico, o conforto e vida útil dessas soluções. Tudo isso impacta diretamente na pegada de carbono. Quando comparamos, por exemplo, o modelo construtivo americano com o europeu, percebemos o quanto a durabilidade e a eficiência dos sistemas construtivos afetam as emissões durante a vida útil das edificações e infraestruturas. Precisamos, portanto, ampliar o olhar — pensar além do nosso segmento específico e atuar de forma integrada para transformar verdadeiramente o setor”, conclui.
Fontes
Marcio Lobo, diretor comercial da Cia. de Cimento Itambé.
Arilson Batista Lauxen, coordenador de Planejamento e Controle de Manutenção da Cia. de Cimento Itambé.
Claudio Cesar Pereira, especialista técnico em Engenharia de Manutenção e Confiabilidade da Cia. de Cimento Itambé.
Alexander Capela Andras, diretor superintendente da Cia. de Cimento Itambé.
Jornalista responsável:
Marina Pastore – DRT 48378/SP
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