Supercasas buscam blindagem contra “fim do mundo”
Condomínios de alto padrão, construídos em regiões sob risco de furacões nos EUA, erguem residências que são verdadeiras fortalezas de concreto
Condomínios de alto padrão, construídos em regiões sob risco de furacões nos EUA, erguem residências que são verdadeiras fortalezas de concreto
Por: Altair Santos
A intensidade de furacões que atingiram os Estados Unidos há poucos anos causou mudanças no mercado voltado para a construção de residências no país. Agora, não basta apenas morar. É preciso estar bem protegido. Por isso, condomínios de luxo passaram a projetar verdadeiras fortalezas para receber os moradores. Saem as casas em wood frame, com paredes de drywall, entram moradias com estruturas em concreto armado e vedações com bloco de concreto celular autoclavado (CCA).

Um bom exemplo deste novo tipo de empreendimento está em construção em Miami, nos EUA. As casas de Alys Beach apresentam telhados sustentados por estruturas de concreto armado e paredes projetadas para suportar ventos com velocidade superior a 180 km/h. É o primeiro condomínio do mundo a exigir que todas as habitações construídas no local cumpram uma norma recentemente aprovada no país, sobre segurança residencial, a qual recomenda que obras utilizem reforço estrutural e materiais resistentes a desastres naturais.
Para atender todos os padrões de construção e segurança, cada casa não sai por menos de US$ 1,6 milhão (quase R$ 3,9 milhões). Um exemplo dos materiais reforçados que são empregados na construção das casas está na largura dos blocos de concreto celular autoclavado. Nos Estados Unidos, normalmente eles têm 20 centímetros. Para se construir no condomínio de Miami, a espessura exigida é de 30 centímetros. Até os vidros usados nas residências devem atender requisitos como suportar o arremesso de objetos a uma velocidade mínima de 65 km/h.
As plantas das casas também foram readaptadas para, na hipótese de tsunamis, furacões e tornados, garantirem, além da sobrevivência, maior conforto aos moradores. Em algumas residências de dois andares, aonde cada um dos 60 pilares chega a medir 75 centímetros de diâmetro e ter profundidade de 9 metros, a cozinha, a área para guardar mantimentos e a sala de estar, que normalmente ficam no pavimento inferior, foram remanejadas para o andar de cima, junto com os quartos, a fim de serem poupadas de inundações.
Os projetistas também passaram a usar o conceito de “quarto do pânico” para blindar áreas estratégicas das casas. Através de sistemas eletrônicos abastecidos por baterias, portas de aço envolvem os habitáculos e isolam os moradores. Outro cuidado das supercasas é com a sustentabilidade. Requisitos como reaproveitamento da água da chuva, baixo consumo de energia e “certificações verdes” são exigências dentro dos condomínios que constroem esse modelo de residência.
Entrevistado
Instituto de Segurança Residencial (IBHS, sigla em inglês de Insurance Institute for Business & Home Safety’s ) (por email)
Contatos
info@ibhs.org
www.disastersafety.org
Crédito Foto: Divulgação
Jornalista responsável: Altair Santos MTB 2330
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