Novas medidas oxigenam crédito imobiliário

Caixa Econômica Federal, que detém 74% do mercado nesta modalidade de financiamento, baixou juros e alongou prazo para pagamento das prestações.

Caixa Econômica Federal, que detém 74% do mercado nesta modalidade de financiamento, baixou juros e alongou prazo para pagamento das prestações

Por: Altair Santos

Estimular o financiamento de imóveis com valor acima de R$ 170 mil (teto do Minha Casa, Minha Vida) e atingir as famílias com renda mensal de R$ 5 mil a R$ 10 mil são os objetivos do novo pacote da Caixa Econômica Federal, voltado ao crédito imobiliário. Além de ampliar o prazo do financiamento habitacional de 30 anos para 35 anos, o banco também reduziu as taxas de juros das linhas vinculadas ao SBPE (Sistema Brasileiro de Poupança e Empréstimo).

Wilmar José Smidarlt, gerente regional da Caixa: medidas não atingem o Minha Casa, Minha Vida.

Para imóveis financiados por esse modelo, as taxas caíram a 8,85% ao ano. Fora do SBPE, foram reduzidas para 9,9%. As medidas têm conseguido oxigenar o mercado, principalmente para os imóveis voltados para a classe média. Segundo o gerente regional da Caixa no Paraná, Wilmar José Smidarlt, depois do pacote os feirões habitacionais registraram crescimento próximo dos 40%. “Só em Curitiba, em junho, foram 8.991 novos contratos. Certamente, já com a ajuda desta redução da taxa de juros”, explica.

As facilidades na obtenção de crédito se estendem também às construtoras e incorporadoras. A taxa efetiva praticada no programa Plano Empresa da Construção Civil, voltado para quem constrói unidades habitacionais,  caiu de 11,5% para 10,3%. No caso das empresas clientes da Caixa, essa taxa pode chegar a 9%. Já para imóveis comerciais, o banco reduziu os juros efetivos de 14% para 13%. Essa taxa poderá chegar a até 11% para os clientes que têm relacionamento com a Caixa.

As medidas, no entanto, não contemplam o Minha Casa, Minha Vida. “O programa já possui linhas específicas e condições muito boas de taxas de juros e financiamentos. O impacto desta redução e alongamento de prazo são para as linhas do SBPE (Sistema Brasileiro de Poupança e Empréstimo) que abrangem clientes acima da renda que é atendida pelo Minha Casa, Minha Vida“, diz Wilmar José Smidarlt. Nesta modalidade de empréstimo, a Caixa detém 74% do mercado de crédito imobiliário.

O banco estima que com as novas medidas fechará 2012 com mais de R$  90 bilhões em linha de crédito para financiamentos imobiliários. Comparado aos dados de 2003, o volume de recursos teve um crescimento gigantesco. Há  nove anos, o banco emprestou R$  5,1 bilhões. Em 2004, foram 5,9 bilhões; em 2005, R$ 9 bilhões; em 2006, R$ 13,2 bilhões; em 2007, R$ 15, 2 bilhões; em 2008, R$ 23,3 bilhões; em 2009, ano em que começou o Minha Casa, Minha Vida, saltou para R$ 47 bilhões; em 2010, R$ 76 bilhões, e no ano passado, R$ 80 bilhões.

Inadimplência

Segundo a Caixa, o pacote de medidas de estímulo ao crédito imobiliário só foram possíveis por que o nível de inadimplência está sob controle. “Nós tivemos nos últimos anos um avanço no sistema de análise de crédito, análise de risco e isso também fez com que a carteira de crédito imobiliário da Caixa reduzisse as taxas de inadimplência. Em junho de 2007, era 3%. Em dezembro de 2011, este índice estava em 1,7%. Em tempos de inflação descontrolada, era de 15%, ou seja, hoje temos uma inadimplência perfeitamente sob controle”, finaliza o gerente regional da Caixa no Paraná, referindo-se a números nacionais.

Entrevistado
Wilmar José Smidarlt, gerente regional da Caixa Econômica Federal no Paraná

Currículo
– Graduado em engenharia civil pela (PUC-PR) e administração de empresas pela FESP-PR
– Tem pós-graduação em administração de empresas pela FGV-ISAE, com curso de especialização em qualidade total pela Fundação Dom Cabral, além de curso de gestão e negociação pela Amana Key

Contato: comunicacaoregional.pr@caixa.gov.br / imprensa.pr@caixa.gov.br

Créditos foto: Divulgação

Jornalista responsável: Altair Santos – MTB 2330


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