Gestão de equipes e conflitos

12 de setembro de 2007

Gestão de equipes e conflitos

Gestão de equipes e conflitos 150 150 Cimento Itambé

Divergências bem administradas contribuem para um resultado melhor

O comportamento das pessoas no ambiente de trabalho vem sendo motivo de estudos e análises dentro e fora das empresas. São elas que criam, modificam e melhoram os processos e atividades dentro de uma organização. Manter um ambiente sereno e produtivo é um desafio diário enfrentado por todos que trabalham na empresa, sobretudo pelas diferenças e particularidades de cada profissional.

Desentendimentos, dificuldades e conflitos são inevitáveis e existem em qualquer organização. O que vai fazer disto um problema ou uma oportunidade de crescimento é a maneira com que estes desentendimentos, dificuldades e conflitos serão administrados. Portanto, é preciso saber conviver com as diferenças e aproveitar o potencial de cada indivíduo.

Conflitos que vem para o bem

Transformar os conflitos em experiência e aprendizagem.
Para o consultor de empresas Dante Ricardo Quadros, esta situação é bastante comum. “Antigamente as divergências eram suprimidas. As empresas falavam que “todos formavam uma grande família” e que não poderia haver conflitos entre as pessoas. As diferenças eram vistas como uma coisa ruim. Atualmente, o conflito é bem visto porque faz com que as divergências aprofundem as questões que envolvem o dia-a-dia da empresa e faz com que as pessoas percebam também que cada um é diferente. Hoje, os conflitos devem ser administrados, gerenciados e não ignorados”.

A tendência é que, quanto mais polivalente for a equipe, melhor para a organização. Divergências podem contribuir para que se chegue a um resultado muito melhor. A unanimidade, ao contrário, pode impedir que os processos, produtos e atividades evoluam. Mas para que o resultado seja a inovação e as soluções as mais enriquecedoras possíveis, é preciso considerar que o tempo e a dedicação necessários ao bom funcionamento da equipe também deverão ser maiores.

Jogando no mesmo time

Na sua empresa você faz parte de uma equipe ou de um time? Para Quadros ter equipes dentro das organizações está se tornando ultrapassado. De acordo com ele, em uma equipe há um líder, um planejamento, uma organização. Na equipe geralmente o líder determina o que deve ser feito e como deve ser feito; já “em um time todos são líderes, as decisões são tomadas em conjunto, e essa é a melhor e mais inteligente forma de organização empresarial” diz. Ele completa: “A estrutura hierárquica que vem desde 1911, com Taylor, está evoluindo, o que é normal, e os líderes têm que estar cientes disso”.

Como conquistar a confiança da equipe/time

Quadros explica que a confiança se divide em três atos: competência, coerência e diálogo. “Atualmente os chefes têm que estar cientes que esses três comportamentos são essenciais para o sucesso da equipe e da empresa”. Como exemplo o consultor diz que se um empregado não tiver abertura para o diálogo ele não terá coragem para falar aquilo que lhe aflige. Portanto, a empresa jamais saberá o que a pessoa está sentindo, não poderá ajudar e conseqüentemente isso afetará a produtividade e o desempenho da empresa como um todo. “Se não existir coerência dentro de uma empresa não existe confiança. Como uma pessoa poderá cobrar algo de seus colaboradores se ele não é coeso? O velho lema “faça o que eu digo e não faça o que eu faço” já virou passado”.

Segundo o consultor, o diálogo é a comunicação mais efetiva dentro ou fora da empresa. “Porém, as pessoas não foram ensinadas e nem educadas para conversar, elas têm medo. E isso tem que mudar. Falar é um processo de desenvolvimento das pessoas. Cooperação é pouco; o que precisamos é compartilhar nossos conhecimentos e nossas idéias” argumenta.

Por outro lado, Quadros ressalta que também é importante que os líderes saibam escutar. Ele cita três bons motivos para isso:

Primeiro: para aprender; a maioria dos chefes não sabe como é feito todo o procedimento de uma empresa.
Segundo: para se darem conta que existe “algo” além deles.
Terceiro: conhecer a realidade dos outros, as experiências e atividades de cada um. “Aprender e conhecer cada um da sua equipe é fundamental. Poderíamos resumir esse terceiro item simplesmente como ouvir” finaliza.

* Dante Ricardo Quadros é Psicólgo, Mestre em Administração (UFSC) e Doutor em Engenharia da Produção. Possui sólidos conhecimentos acadêmicos e uma rica experiência obtida em anos de consultoria a médias e grandes empresas no Brasil. Consultor em comportamento organizacional, gestão estratégica e desenvolvimento de equipes. Professor de pós-graduação e programas de MBA no CDE da FAE.
Referência:
Créditos: Dante Ricardo Quadros*

12 de setembro de 2007

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