Home resort em Florianópolis adota estrutura off-site na construção

Método é utilizado para gerar mais eficiência e reduzir impacto ao meio ambiente

No bairro Novo Campeche, em Florianópolis (SC), está sendo erguido o primeiro empreendimento da região a adotar estrutura off-site. O home resort Makai Beachfront, da OAD Incorporações, está sendo construído em um sistema híbrido, com a estrutura industrializada desenvolvida em pré-fabricados de concreto.

O Makai Beachfront está sendo desenvolvido como um home resort com 63 mil metros quadrados, distribuído em cinco blocos e um total de 406 unidades. O projeto une o conforto residencial às conveniências de um resort, oferecendo 49 coberturas no ático e 357 apartamentos, entre estúdios e duplex.

O projeto também incluirá 32 unidades comerciais no térreo, integradas a uma praça boulevard e a um street mall abertos a moradores, turistas e à comunidade local. A área de convivência reunirá opções de gastronomia, comércio e serviços, enquanto a praça oferecerá acesso direto à praia do Novo Campeche.

No caso do Makai Beachfront, a superestrutura do empreendimento é em off-site e começou a ser montada em dezembro de 2024, enquanto o restante das obras ocorre no modelo convencional. Em outubro de 2025, está sendo realizada a etapa da concretagem, segundo o grupo OAD. 

Como é o uso de pré-fabricados?

De acordo com a OAD, a obra do Makai adota um sistema construtivo híbrido — uma abordagem inovadora que integra diversos materiais para oferecer uma solução única e eficiente às edificações. A estrutura off-site é desenvolvida pela Cassol Pré-Fabricados.

Segundo a Cassol Pré-Fabricados, na construção off-site, elementos estruturais como vigas, pilares e painéis são produzidos em ambiente fabril e posteriormente levados ao canteiro de obras para a montagem. Assim, os profissionais em campo passam a atuar principalmente na etapa de montagem, seguindo as especificações do projeto.

Felipe Cassol, então diretor superintendente e CEO da Cassol Pré-Fabricados, destaca que o concreto pré-moldado já oferece ganhos claros, como a redução de resíduos, maior durabilidade e possibilidade de reuso dos elementos.

Desafios da industrialização

Para Felipe Cassol, hoje um dos desafios da industrialização no Brasil é a questão tributária. “Temos uma barreira importante que é o ICMS, hoje se você compra um elemento industrializado, há a incidência deste imposto. Não há uma isonomia tributária. O Brasil tem uma cultura de geração de emprego, então a partir das décadas de 70/80, era uma iniciativa do governo federal estimular a construção in loco. A partir de 2020, há uma escassez de mão de obra, que está pressionando o governo para que junto da reforma tributária possa incentivar este sistema”, comentou durante o Rio Construção Summit 2025.

A obra do Makai Beachfront adota um sistema construtivo híbrido, integrando diversos materiais para oferecer uma solução eficiente às edificações.
Crédito: OAD Incorporações

Outro desafio importante é de criar um ambiente de mão de obra favorável. “Hoje vivemos um momento decisivo. A industrialização avança, mas ainda enfrentamos um grande desafio: a falta de profissionais qualificados. Precisamos de engenheiros civis preparados para projetar, planejar e gerenciar. Atualmente, há soluções industrializadas em toda a cadeia da construção. O papel do engenheiro civil é essencial — somos responsáveis por transformar ideias em obras viáveis, seguras e sustentáveis. Na industrialização, isso significa pensar desde o início em cada etapa: no projeto, na produção em fábrica, no transporte, na montagem e também na operação dos equipamentos. A inteligência artificial pode nos apoiar no detalhamento e na análise, mas jamais substituirá a criatividade humana”, ressalta Felipe Cassol.

Ainda de acordo com Felipe Cassol, a solução está no aprendizado contínuo, para acompanhar a velocidade da revolução digital, e integração multidisciplinar, unindo engenharia, arquitetura, indústria e gestão em torno de objetivos comuns.

“Mais do que calculistas ou projetistas, precisamos assumir o papel de protagonistas da inovação. É hora de dar nome a esse novo perfil de profissional que o setor demanda: o engenheiro industrializado — e o conceito também se estende ao arquiteto industrializado. Esse é o profissional que compreende toda a cadeia produtiva, projeta com visão de fábrica e de obra, e, ao mesmo tempo, equilibra tecnologia, sustentabilidade e produtividade”, destaca Felipe Cassol.

Obra sustentável

O canteiro de obras do Makai Beachfront conquistou a Certificação Compromisso “Lixo Zero”. Localizado em uma área privilegiada, entre a vegetação litorânea e a areia da praia do Campeche, em Florianópolis (SC), o empreendimento adota uma sólida política de ESG. De acordo com a OAD, a adoção da construção offsite também ajuda na minimização de geração de resíduos.

Além de cumprir rigorosamente todas as normas ambientais voltadas à preservação da natureza, o projeto alia essas práticas à inovação tecnológica — promovendo, entre outras ações, a reciclagem integral dos resíduos gerados na obra. A OAD disponibiliza uma calculadora ecológica em seu site, que apresenta números da preservação. Segundo a ferramenta, 99% dos resíduos foram destinados para reciclagem, 194,07 kg de resíduos orgânicos foram destinados para compostagem e mais de 12 mil bitucas de cigarro foram destinadas para reciclagem. 

Fontes
OAD Incorporações
Felipe Cassol atualmente é diretor de vendas e marketing da Cassol Centerlar, mas atuou como diretor superintendente e CEO da Cassol Pré-Fabricados. 

Contatos
contato@grupooad.com.br
contato@cassol.ind.br 

Jornalista responsável: 
Marina Pastore – DRT 48378/SP 
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