Cartilha traz orientações sobre ESG para construção civil
Criada pela CBIC e pelo Sinduscon-MG, publicação traz benefícios e desafios da implantação de estratégias no setor
Entre 2019 e 2020, US$ 347 bilhões (R$ 1,8 trilhão) foram injetados em fundos de investimento focados em ESG (Environment, Social & Governance), segundo dados da Bloomberg. Além disso, nesse período, mais de 700 novos fundos foram lançados globalmente para capturar o fluxo de capital no segmento ESG. De olho neste movimento, a Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC) junto com o Sindicato da Indústria da Construção Civil no Estado de Minas Gerais (Sinduscon-MG) lançaram a cartilha “ESG no Segmento de Obras Industriais e Corporativas”.
O documento aborda aspectos como importância do ESG para empresas de forma geral e para a indústria da construção civil. Da mesma forma, a cartilha também apresenta estratégias de mitigação de riscos; planejamento para curto, médio e longo prazos; os desafios e as oportunidades, além de estudos e pesquisas no Brasil sobre o setor.
“É o primeiro lançamento de uma cartilha com esse conteúdo. Entendemos que será uma ferramenta extremamente útil para as empresas que queiram conhecer um pouco mais e implantar o ESG nos negócios”, destaca Ilso de Oliveira, presidente da Comissão de Obras Industriais e Corporativas (COIC) da CBIC.
ESG na construção civil
De acordo com a cartilha, as empresas do setor de construção civil estão passando por um momento de transição, já começaram ou deverão começar a implantar o modelo ESG nos seus negócios.
Na opinião de Thiago Gomes de Melo, coordenador da Subcomissão de Contratos do Sinduscon-MG e um dos autores da cartilha, as empresas que tratam a agenda ESG com profundidade percebem os benefícios. “Se uma obra é executada pensando na economia de combustíveis fósseis, de recursos hídricos ou de reaproveitamento de materiais, a contribuição para o meio ambiente e para a sustentabilidade será muito mais impactante e, por outro lado, ainda tem o benefício econômico dentro do seu próprio negócio”, pontua Melo.
Oportunidades geradas pelo ESG
Outro dado revelado pela cartilha é que 94% dos executivos enxergam oportunidades nas ações de ESG / sustentabilidade. No entanto, 72% admitem que estão pouco ou nada familiarizados com a sigla ESG. Ao mesmo tempo, 71% acreditam que o Estado deve controlar e estimular as empresas para que elas sigam regras ambientalmente sustentáveis. Por fim, 73% ampliarão os investimentos em ESG / sustentabilidade nos próximos dois anos. Estes números foram levantados pela CNI/FSB.
Segundo Melo, o desempenho competente de ESG pode ser atrelado a uma boa performance praticamente em todas as questões empresariais, seja de operações, gestão de pessoas, tecnologia, estratégia.
“A correlação é fortemente em todos os pilares, mas é mais forte ainda na questão econômica. As empresas que têm melhoria na gestão ESG vão apresentar resultados econômicos melhores, mais consistentes.”, afirmou Thiago, ao analisar o resultado da pesquisa. “Quanto mais madura a empresa é nos aspectos de gestão ESG, normalmente ela cresce mais na parte econômica”, disse. Segundo ele, os dados mostram que para cada 1 ponto de melhoria em ESG, espera-se 1,72 de melhoria nos aspectos econômicos.
O download da cartilha pode ser feito clicando aqui.
Fontes
lso de Oliveira, presidente da Comissão de Obras Industriais e Corporativas (COIC) da Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC)
Thiago Gomes de Melo é coordenador da Subcomissão de Contratos do Sinduscon-MG
Contatos
Assessoria de imprensa CBIC – ascom@cbic.org.br
Sinduscon – MG: sinduscon@sinduscon-mg.org.br
Jornalista responsável
Marina Pastore
DRT 48378/SP
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