Cidades ganham um novo guia: os “mapas de concreto”

27 de dezembro de 2017

Centro Carpenter para Artes Visuais: único edifício projetado por Le Corbusier nos Estados Unidos. Crédito: Pinterest.

Cidades ganham um novo guia: os “mapas de concreto”

Cidades ganham um novo guia: os “mapas de concreto” 1024 768 Cimento Itambé

Algumas das principais metrópoles do mundo contam com livros que descrevem a arquitetura brutalista local e seus principais representantes

Teatro Nacional de Londres: umas das principais referências da arquitetura brutalista na Europa. Crédito: BlueCrowMedia.

Teatro Nacional de Londres: umas das principais referências da arquitetura brutalista na Europa. Crédito: BlueCrowMedia.

O que Tóquio, Londres, Paris, Berlim, Moscou, Sydney, Washington e Nova York têm em comum? Além de serem algumas das principais metrópoles do mundo, todas possuem “mapas de concreto”. Trata-se de guias que apontam onde estão as obras mais relevantes em cada cidade – sob o ponto de vista arquitetônico -, e construídas em concreto aparente. Dependendo do local, os livros têm títulos diferentes. Alguns são editados como Concrete Map, outros como Brutalist Map. O conteúdo, no entanto, é semelhante. Os livros trazem fotos das edificações e dados básicos, como o arquiteto que a projetou, o ano em que foi construída, qual sua importância para a cidade e, obviamente, um mapa sobre como localizar a construção na cidade.

Os “mapas de concreto” são editados pela BlueCrowMedia, que não tem nenhuma publicação sobre cidades na América Latina, apesar de Brasília e São Paulo, por exemplo, serem referências mundiais para a arquitetura brutalista. Cada livro-mapa traz em média 50 obras. O roteiro escolhido permite que o percurso seja feito a pé ou usando o transporte público da cidade (ônibus, metrô ou trem). Algumas cidades têm mais de um “mapa de concreto”, como é o caso de Londres. Em um deles, destacam-se as construções mais emblemáticas, como a Torre Trellick, o Barbican e o Teatro Nacional. No outro, a Londres “underground”, que trata especificamente das estações do metrô mais antigo do mundo.

Capas da coleção “mapas de concreto”: guia mostra o melhor da arquitetura do mundo. Crédito: BlueCrowMedia.

Capas da coleção “mapas de concreto”: guia mostra o melhor da arquitetura do mundo. Crédito: BlueCrowMedia.

Em cada publicação, o texto que descreve as obras é escrito por um arquiteto local – geralmente voltado para a pesquisa da cidade. O de Londres é assinado por Henrietta Billings. Já o de Nova York foi roteirizado por Allison Meier. Na maior metrópole norte-americana, o “mapa de concreto” abrange desde Manhattan até o Bronx, selecionando mais de 50 edificações. Além de NY, outras duas cidades dos Estados Unidos foram contempladas com livros-mapa: Washington e Boston. Em Boston encontra-se o único edifício projetado por Le Corbusier nos EUA. É o Centro Carpenter para Artes Visuais. Suíço, Le Corbusier é considerado, juntamente com Frank Lloyd Wright, Alvar Aalto, Mies van der Rohe e Oscar Niemeyer, um dos mais importantes arquitetos do século 20.

De Tóquio a Belgrado
Em Tóquio, também foram selecionadas construções de renomados arquitetos. Entre eles, os japoneses internacionalmente reconhecidos, como Tadao Ando, ​Toyo Ito, Tengo Kanze e Kunio Maekawa. Na capital do Japão, os projetos que usam a chamada arquitetura brutalista se destacam por causa da versatilidade do concreto para construir em terrenos pequenos. Além disso, o material oferece solidez estrutural em uma das cidades mais propensas a terremotos em todo o mundo. O ”mapa de concreto” de Tóquio, junto com o das estações de metrô em Londres, são as mais recentes publicações da BlueCrowMedia, que já editou 12 livros-mapa, incluindo Belgrado, na Sérvia.

Centro Carpenter para Artes Visuais: único edifício projetado por Le Corbusier nos Estados Unidos. Crédito: Pinterest.

Centro Carpenter para Artes Visuais: único edifício projetado por Le Corbusier nos Estados Unidos. Crédito: Pinterest.

Ginásio Nacional de Tóquio: projetado em 1964, por Kenzo Tange, vai sediar competições das olimpíadas de 2020. Crédito: Pinterest.

Ginásio Nacional de Tóquio: projetado em 1964, por Kenzo Tange, vai sediar competições das olimpíadas de 2020. Crédito: Pinterest.

Entrevistado
Reportagem com base nas resenhas dos livros-mapa já publicados pela BlueCrowMedia

Contato: info@bluecrowmedia.com

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