Verticalização das cidades aumenta busca por apês com “cara” de casas

Nova geração busca imóveis com mais espaço e contato com a natureza, além de serviços próximos
1 de novembro de 2022

Verticalização das cidades aumenta busca por apês com “cara” de casas

Verticalização das cidades aumenta busca por apês com “cara” de casas 1024 667 Cimento Itambé
Áreas comuns e senso de pertencimento são importantes para nova geração de consumidores.
Crédito: Envato

Em 2022, São Paulo passou a contar com mais apartamentos do que casas, totalizando 1,38 milhões de unidades, de acordo com dados do Centro de Estudos da Metrópole (CEM). Esse número representa um crescimento de 80% desde a virada do século. Pela primeira vez, desde sua fundação, em 1554, a cidade de São Paulo possui mais apartamentos do que casas. Em Curitiba, por sua vez, as vendas de apartamentos tiveram um crescimento de 58% em 2021, totalizando 2.527 imóveis vendidos no município, com uma média de 505 apartamentos por mês, segundo dados da Associação dos Dirigentes de Empresas do Mercado Imobiliário do Paraná (Ademi).

A verticalização das grandes cidades tem sido muito motivada pela busca de segurança e conforto. “A segurança é o principal motivo que leva as pessoas a procurarem por apartamentos. Além disso, com o amadurecimento do mercado, o público busca prédios residenciais que atuem como uma espécie de ‘casa suspensa’, ou seja, que ofereçam todos os benefícios relacionados a conforto, privacidade e sem abrir mão da liberdade de uma casa tradicional”, explica Alfredo Neto, CEO da incorporadora AG7.

Efeitos da verticalização

A concentração destes imóveis em alguns bairros traz algumas consequências positivas, como a otimização da manutenção, já que ocorre a centralização da distribuição de energia, coleta de lixo e a minimização da impermeabilização do solo. 

“Com isso, menos áreas irão sofrer com o asfaltamento e calçamento. Mas este movimento exige uma aproximação por parte das construtoras e do poder público com o objetivo de realizar planejamento urbano efetivo e adequado aos limites econômicos, ambientais e sociais dessas cidades. A verticalização urbana tem ganhado cada vez mais espaço nas grandes cidades, buscando uma otimização em relação à densidade populacional crescente. A infraestrutura do entorno dos empreendimentos tem conseguido suprir a rotina das microrregiões, trazendo lazer, trabalho, segurança, arborização, comércio, conectividade e fluxo de transportes, ou seja, a verticalização só tende a trazer benefícios no longo prazo, possibilitando toda a comodidade de se morar numa casa, mesmo estando em um apartamento”, pontua Giovanna Romano, arquiteta na AG7.

Expectativas do consumidor

Na opinião de Andressa Gulin, vice-Presidente da AG7, tem ocorrido também uma mudança na mentalidade dos consumidores com relação à escolha do apartamento. “As pessoas têm cada vez mais buscado viver em suas casas e apartamentos. Para isso, é preciso mais espaço, áreas mais bem destinadas, por exemplo, escritórios, mais contato com o meio ambiente, mais verde, uma vista legal, sacada, luz, saúde e bem-estar. Hoje em dia o compacto não supre e não atende essas necessidades e precisa se adaptar”, aponta Andressa Gulin, vice-Presidente da AG7.

Além disso, a geração atual também não busca mais aquele imóvel para toda vida, como acontecia antigamente. “A antiga geração buscava muitas vagas de garagem e plantas maiores, onde o objetivo era morar para sempre e as pessoas entendiam aquela como a única compra de toda a vida. No entanto, a geração atual já não se importa tanto com carros e garagens. É mais que número de quartos, é sobre a qualidades dos cômodos, como eles recebem pessoas em suas casas, o que tem próximo a residência que abraça a rotina, se as áreas comuns atendem às necessidades de hábitos. Não é simplesmente uma entrega que não leva em consideração um estilo de vida ou serviço. Conforto para essa geração é uma mistura de facilidade e senso de pertencimento naquele local escolhido. Tem os que gostam de viver no centro porque buscam por diversidade, outros querem viver em um lugar mais antigo pois buscam aquela nostalgia de ir à padaria ou à feira do bairro. Com certeza o senso de pertencimento é o fator mais importante para esse público”, comenta Andressa.

Fontes
Alfredo Neto é CEO da incorporadora AG7.
Andressa Gulin é vice-Presidente da AG7.
Giovanna Romano é arquiteta na AG7.

Contato
Assessoria de imprensa – henrique.vasconcellos@motim.cc

Jornalista responsável
Marina Pastore
DRT 48378/SP

1 de novembro de 2022

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