Robô aspirador, fechadura eletrônica, luzes com controle de voz, assistente virtual… Hoje existem diversas tecnologias que auxiliam no dia a dia em casas. O mercado global de automação doméstica deve atingir US$ 10,9 bilhões (R$ 58,8 bilhões) até 2028, com uma taxa de crescimento anual de 10,2% no período analisado, segundo dados da empresa de pesquisas internacional ReportLinker. Atualmente, o Brasil ocupa a 11ª posição no mercado de casas inteligentes, com US$ 1,116 bilhões. Nos Estados Unidos, primeiro colocado, o mercado é de US$ 25,246 bilhões. A previsão é que este mercado continue crescendo a uma taxa de 30% ao ano no Brasil e 11,9% ao ano no mundo todo, segundo o International Data Corporation (IDC).
“Nos últimos anos, o custo de instalar sistema de automação residencial caiu de forma significativa. O apelo do uso de smartphones e assistentes de voz tornou mais intuitiva e viável a introdução e o uso pelos moradores. Questões ligadas à segurança e ao monitoramento de nossas casas também têm impacto positivo. Além disso, sistemas que possibilitam economia de energia e de manutenção passam a ser mais utilizados. Por fim, empresas de tecnologia mais conhecidas (como Amazon, Apple, Google, Samsung e outras) favorecem a divulgação das novidades”, aponta o engenheiro José Roberto Muratori, gestor do Projeto Conectar e do Instituto da Automação.
Em 2021, entrou em vigor a Lei 14.108, que dá incentivos à chamada internet das coisas. Para Muratori, os benefícios não são imediatos nem mensuráveis, mas acontecem quando desenvolvedores locais buscam soluções mais inovadoras para seus produtos e podem contar com estes incentivos. “De certa forma toda a cadeia que atua com Internet das Coisas se beneficia e a automação residencial aos poucos tem incorporado estas tendencias também”, destaca o engenheiro.
Tecnologias mais buscadas
As tecnologias mais solicitadas estão ligadas a aspectos de segurança, conforto e lazer, segundo Muratori. “Nos últimos anos, em função da massiva adoção de home office, a busca por redes de dados mais confiáveis e robustas tornou possível o uso de produtos de casa inteligente que antes precisavam de uma infraestrutura mais complexa. Alguns exemplos são as fechaduras digitais, câmeras e controles de iluminação e similares”, explica o engenheiro.
Desafios do setor de automação
Na opinião de Muratori, existem dois principais desafios: “O primeiro é esclarecer ainda mais os potenciais clientes (moradores) sobre a grande gama de benefícios que é possível usufruir com a instalação destes sistemas. Em segundo lugar, capacitar e certificar mais profissionais para que as novas empresas que surgirem no mercado possam atender a demanda com qualidade e presteza”.
Fonte
José Roberto Muratori é engenheiro e gestor do Projeto Conectar e do Instituto da Automação.
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Jornalista responsável
Marina Pastore
DRT 48378/SP