Construção supera pandemia e se destaca em emprego formal

Em 2020, setor tem saldo positivo de 58.464 vagas. Melhor mês foi agosto, com 50.489 contratações
13 de outubro de 2020

Construção supera pandemia e se destaca em emprego formal

Construção supera pandemia e se destaca em emprego formal 1024 682 Cimento Itambé

Agronegócio e construção civil são os únicos setores da economia brasileira que, após 8 meses de pandemia de COVID-19, mantêm o nível de emprego formal em viés de alta. Segundo dados do Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados) publicados dia 30 de setembro, em 2020 a construção já gerou um saldo positivo de 58.464 vagas. Ou seja, mais contratou do que demitiu trabalhadores com carteira assinada. Já o agronegócio tem um saldo de 98.320 postos de trabalho.

Por enquanto, agosto é o mês com melhor desempenho da construção civil. O setor gerou 50.489 novas vagas e as projeções indicam que os números do Caged para os últimos meses de 2020 devem se manter positivos. Com os resultados até o momento, o total de trabalhadores com carteira assinada na construção civil chega a 2 milhões e 225 mil e atinge o maior patamar do ano. Segundo as estatísticas, o volume de geração de empregos para o mês de agosto foi a melhor desde 2010.

Os dados específicos sobre a abertura de vagas na construção civil, trazidos no Cadastro Geral de Empregados e Desempregados, mostram que as obras de infraestrutura voltam a impulsionar a geração de empregos. Pela primeira vez em 2 anos, o segmento criou mais oportunidades que os empreendimentos imobiliários: 20.546 contra 17.044, em agosto. Já os serviços especializados empregaram 12.899 trabalhadores. Isso teve reflexo também na geração de empregos da indústria da construção. A abertura de vagas avançou 1,9%, em média.

No Paraná, construção civil lidera volume de novos empregos em 2020

Desempenho da construção civil em 2020 faz com que setor empregue um total de 2 milhões e 225 mil trabalhadores com carteira assinada Crédito: Agência Fiep

Desempenho da construção civil em 2020 faz com que setor empregue um total de 2 milhões e 225 mil trabalhadores com carteira assinada
Crédito: Agência Fiep

De acordo com os dados de agosto do Caged, todas as regiões do país apresentaram números positivos na construção civil. Destaque para a região sudeste, onde o volume de vagas criadas no setor chega a 21.714. Em seguida, vem a região nordeste, com 13.464 vagas; a região norte, com 5.590 novos postos; a região sul, com 5.174 vagas, e a região centro-oeste, 4.541. Em alguns estados, a construção civil está com desempenho melhor que o agronegócio em 2020. Como é o caso do Paraná, onde o setor tem saldo positivo de 12.536 vagas no ano, seguido pela indústria (6.041) e o agronegócio (3.798).

Para o economista da Fiep (Federação das Indústrias do Estado do Paraná) Evânio Felippe, os resultados da construção civil no estado são animadores. “O mercado de trabalho é um grande sinalizador de que a atividade produtiva está voltando a se movimentar com maior vigor. Essa retomada do emprego é gradual e está atrelada ao retorno da normalidade. A boa notícia é que mesmo setores fortemente impactados pela pandemia estão conseguindo abrir vagas, ou seja, há sinais de que aos poucos a economia retoma o ritmo e se movimenta com maior dinamismo a cada mês”, avalia.

Segundo dados nacionais do ministério da Economia, as atividades que mais abriram vagas na construção civil neste ano são as seguintes:
– Ajudantes de obras civis: 37.565.
– Trabalhador em estruturas de alvenaria: 10.215.
– Montador de estruturas de madeira, metal e compósitos em obras civis: 6.534.
– Operador de máquinas de terraplenagem e fundações: 4.150.

Entrevistado
Ministério da Economia (via assessoria de imprensa)
Fiep (Federação das Indústrias do Estado do Paraná) (via assessoria de imprensa)

Contato
imprensa@economia.gov.br
imprensa@sistemafiep.org.br

Jornalista responsável: Altair Santos MTB 2330

VEJA TAMBÉM NO MASSA CINZENTA

MANTENHA-SE ATUALIZADO COM O MERCADO

Cadastre-se no Massa Cinzenta e receba o informativo semanal sobre o mercado da construção civil