Smartphones e tablets transformam canteiros de obras

19 de dezembro de 2012

Smartphones e tablets transformam canteiros de obras

Smartphones e tablets transformam canteiros de obras 640 427 Cimento Itambé

Aparelhos formam o novo “kit do engenheiro”. Através de aplicativos, é possível gerenciar a obra e até saber o tipo de cimento certo para cada aplicação

Por: Altair Santos

A gestão de obras conta com um novo “kit” para os engenheiros civis. São os smartphones e os tablets, que com o auxílio de aplicativos tornaram o trabalho no canteiro uma ação em tempo real com as sedes das construtoras. “Quando se pode trocar informações on-line com todos os níveis da organização, fica fácil aplicar correções e prever desempenhos futuros, além de reprogramar atividades no canteiro de obras para evitar custos extras e atender o cronograma planejado”, afirma Adriana Bombassaro Alexandre, diretora de produtos da Teclógica, uma das primeiras empresas brasileiras a lançar soluções móveis para o mercado de construção civil.

Adriana Bombassaro Alexandre, da Teclógica: setor habitacional está mais ligado aos avanços tecnológicos.

O Brasil ainda não atingiu o nível já alcançado por Estados Unidos, China, Japão, Coreia do Sul e os principais países europeus, onde as inovações de TI (Tecnologia da Informação) para os canteiros de obras praticamente tornaram-se uma obsessão das construtoras para que elas consigam maior produtividade por menor custo. No entanto, os avanços têm sido significativos, principalmente entre as empresas que atuam no setor habitacional. “Houve um crescimento significativo da TI nos canteiros de obras, sobretudo após a instalação do programa Minha Casa, Minha Vida. Mas percebe-se também que as obras de infraestrutura estão cada vez mais conectadas com essas soluções, uma vez que a mobilidade que elas oferecem facilita, e muito, o trabalho das equipes”, resume Adriana Bombassaro Alexandre.

A especialista, no entanto, faz uma ressalva, lembrando que boa parte das construtoras ainda utiliza smartphones e tablets, mas para uso de aplicativos que não são específicos para a gestão de canteiros de obras. Segundo ela, as empresas têm um conceito equivocado de que esses dispositivos sejam caros e, por isso, se ressentem de usar a tecnologia. “Quando elas levam em conta o ROI (Retorno sobre Investimento) gerado com a utilização dessas novas tecnologias, percebem que a alavancagem dos métodos construtivos torna-se muito mais lucrativo”, explica.

Outro ponto destacado por Adriana Bombassaro Alexandre é que os aplicativos voltados para os canteiros de obras primam pela interatividade. Com isso, segundo ela, smartphones e tablets não se tornam apenas “kits do engenheiro”, mas de outros envolvidos nos canteiros de obras, como mestres de obras, encarregados e operários. “Como todo mundo hoje sabe manusear um celular, não precisa de nenhuma qualificação específica para operá-los. Claro que há dispositivos mais sofisticados, como os que atuam com arquivos CAD, que requerem mais conhecimento. Mas há aplicativos para vários setores das obras, uns mais simples e outros mais sofisticados”, revela.

No Brasil, alguns aplicativos, como o Mobuss Construção Civil, estão entre os mais usados nos canteiros de obras.

No caso do Mobuss Construção Civil, desenvolvido pela Teclógica, é possível fazer análises parciais entre o executado e o planejado durante o dia nas obras, ou mesmo nos escritórios das empresas, garantindo um maior gerenciamento de custos e riscos. O sistema permite controle de produtividade e dos materiais utilizados no empreendimento. Também gerencia equipamentos e perdas (quebras de equipamentos, chuva, ociosidade, etc) faz análise dos processos de recursos humanos (horas trabalhadas, folgas e faltas) e gerencia a área de segurança, sempre fornecendo subsídios para redução de custos e controle da sustentabilidade ambiental. “Para o desenvolvimento da solução, nossa equipe dedicou meses no entendimento do negócio construção civil e visitou obras em todo o país. Também contamos com a parceria de duas construtoras que conduziram os testes-piloto”, diz a diretora de produtos da empresa.

Combate aos custos

A racionalização do uso de materiais, componentes em obras e produtividade dos recursos tem sido motivo de estudos e pesquisas, além de permanente discussão do setor de construção civil. Um dos estudos mais recentes na área foi realizado pela Escola Politécnica da USP e pelo SindusCon-SP (Sindicato da Indústria da Construção Civil do Estado de São Paulo). Ele envolveu 16 universidades brasileiras e 100 canteiros de obras. A conclusão foi que o desperdício chega a índices relevantes de até 28%.

Além do desperdício, a indústria da construção civil ainda tem que encarar os custos das obras, que estão em crescimento contínuo. Segundo cálculos do SindusCon-SP e da FGV (Fundação Getulio Vargas) que juntos analisam o CUB (Custo Unitário Básico) da construção civil do Estado de São Paulo, por mês, em média, o preço dos materiais de construção se elevam 0,14% e a mão de obra aumenta 0,06%. “Esses dados apontam para uma tendência das empresas brasileiras buscarem cada vez mais recursos tecnológicos para um maior controle e gerenciamento dos canteiros de obras“, finaliza Adriana Bombassaro Alexandre. 

Cimento Itambé – Agora em embalagem digital

Hoje, esse tipo de dispositivo ajuda também na escolha do melhor cimento para cada tipo de necessidade. A Cimento Itambé acaba de disponibilizar um novo serviço gratuitamente.

Com o aplicativo para Android e iOS (iPhone e iPad), é possível verificar o desempenho de cada tipo de cimento, com base nos ensaios feitos pela Itambé em comparação com as normas da ABNT. A Itambé produz cinco tipos de cimento:  CP II-F-32, CP II-Z-32, CP IV-32, CP V-ARI e CP V-ARI RS. O dispositivo ainda apresenta as especificações e a melhor aplicabilidade de cada produto.

O aplicativo está disponível na App Store para iPhone e iPad e também no Google Play para os smartphones com sistema Android.

Baixe o aplicativo e saiba como usar em sua obra: App Store ou Google Play.

Entrevistada
Adriana Bombassaro Alexandre, diretora de produtos da Teclógica
Currículo

– Graduada em ciência da computação pela Universidade Regional de Blumenau (FURB)
– Trabalha na Teclógica, empresa localizada em Blumenau-SC, que há 18 anos atua em gestão dos processos de TI (Tecnologia da Informação)
– Liderou a equipe que atuou no desenvolvimento do Mobuss Construção Civil, aplicativo voltado para a gestão de canteiros de obras
Contato:
marketing@teclogica.com.br www.teclogica.com.br
Créditos fotos: Divulgação

Jornalista responsável: Altair Santos – MTB 2330
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