Conceito de security build-in pode até dispensar a presença física de seguranças e porteiros, tanto em prédios residenciais quanto corporativos
Por: Altair Santos
Novos prédios residenciais e corporativos nas principais capitais do país têm sido construídos com projetos de segurança já contemplados junto com as demais plantas da edificação. Chamados de security build-in, esses projetos definem as localizações das guaritas, portarias virtuais, acesso biométrico, central de monitoramento, controle de acessos de funcionários, câmeras, alarmes e cercas elétricas. “O conceito é desenvolvido absorvendo inputs de todas as disciplinas. Dessa forma, o projeto nasce e se desenvolve de maneira coesa e sem remendos. Com isso, ampliamos a gama de soluções, que podem ser resolvidas junto com o projeto arquitetônico”, explica a arquiteta Gabriela Coelho, da INK.
Na cidade de São Paulo, a incorporadora está com dois prédios em construção que adotaram o security build-in durante a fase de projeto. Uma das vantagens deste conceito é que ele conserva as estruturas originais do edifício, evitando perfurações de lajes e paredes para a passagem de cabos e fios. “Uma vez que o empreendimento já é construído com toda a infraestrutura necessária, reformas, ajustes e adaptações não acontecem. Isso preserva a integridade original do prédio”, destaca Gabriela Coelho. Neste caso, o projeto de security build-in é absorvido pelos projetos elétrico-hidráulico da edificação. Foi o que aconteceu com os prédios Tetrys e GEO2288, da INK.
Segurança no smartphone
Tanto nos edifícios residenciais quanto corporativos, as possibilidades de segurança geradas através do security build-in dispensam a presença física de seguranças e porteiros. A portaria virtual 24 horas possibilita o acesso biométrico para entrada de moradores e funcionários, enquanto a entrada de visitantes é controlada por uma central de monitoramento. Assim, as entradas de colaboradores – como empregados domésticos, diaristas e outros prestadores de serviço – serão de acordo com o dia e os horários programados pelo proprietário do imóvel ou do gestor do escritório. O sistema também permite interação com a internet das coisas, como ligar e desligar as luzes do apartamento por aplicativo ou acessar imagens do prédio ou do imóvel via smartphone.
Com o security build-in feito junto com o projeto arquitetônico, o sistema de segurança de um edifício tende a ser 30% mais barato do que o convencional. Gabriela Coelho alerta que é importante contar com uma equipe de engenheiros e arquitetos que já estejam familiarizados com a tecnologia, haja vista que não existe uma norma técnica da ABNT que trate especificamente de monitoramento de segurança em edificações. Assim, é preciso levar em conta outras normas técnicas – entre elas, a Norma de Desempenho (ABNT NBR 15575). Por isso, não é possível implantar o security build-in em prédios já construídos. “Tudo o que for pensado depois do edifício pronto vai exigir grandes reformas e mudanças que não se aplicam mais ao conceito de security build-in”, diz a arquiteta
Entrevistada
Arquiteta Gabriela Coelho, especialista em concepção e gestão de projetos metropolitanos e sócia da INK
Contatos
www.inkorporadora.com.br/contato.html
www.facebook.com/inkorporadora
Crédito Fotos: Divulgação/INK