Número de empregos da construção civil cresceu na pandemia

Setor de infraestrutura foi o que mais cresceu na geração de empregos com alta de 10,9%
6 de julho de 2022

Número de empregos da construção civil cresceu na pandemia

Número de empregos da construção civil cresceu na pandemia 1022 681 Cimento Itambé
Número de empregos da construção civil cresceu na pandemia: 70,2% do valor gerado pelas obras e serviços é proveniente de contratos por pessoas físicas e/ou entidades privadas.
Crédito: Envato

Mesmo com a pandemia, o setor da construção civil empregou 2 milhões de pessoas em 2020. Este valor representa um aumento de 3,8% com relação a 2019, quando havia 71,8 mil trabalhadores ocupados no setor. O valor gerado pelo setor de Construção chegou a R$ 325,1 bilhões em 2020, sendo R$ 304,4 bilhões em obras e/ou serviços (93,6%) e R$ 20,7 bilhões em incorporações (6,4%).  Os dados são da Pesquisa Anual da Indústria da Construção (PAIC), divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) em junho de 2022. 

Além disso, a pesquisa também revelou que, em 2020, o país contava com 131.809 empresas de Construção, número que cresceu 5,4% frente a 2019 (125,1 mil). Se este número for comparado a 2011, o crescimento foi de 41,2%. Ainda, o total de salários, retiradas e outras remunerações pagos pelo setor foi de R$ 58,7 bilhões, com destaque para o setor de infraestrutura, que representou 37,1% desse valor.

Na opinião do analista da pesquisa, Marcelo Miranda, mesmo com a pandemia, o setor de construção conseguiu evoluir. “Decretos federais, estaduais e municipais colocaram a construção dentre as atividades essenciais, possibilitando a continuidade das obras durante a pandemia. Políticas públicas de estímulo à economia e de subsídios para a manutenção de empregos podem ter minimizado os efeitos da crise”, resume. 

Setores com maior crescimento

Entre os segmentos da Construção, o setor de infraestrutura foi o que mais cresceu na geração de empregos, com alta de 10,9% em número de pessoas ocupadas. Já a ocupação no setor de serviços especializados caiu 3,3%.

Foi possível observar uma estabilidade na participação de obras de infraestrutura no valor gerado pelo setor: de 32% para 32,7%. Já a construção de edifícios avançou de 44,7% para 45,3% e serviços especializados para construção foi o único a ter redução: de 23,3% para 22%. 

De acordo com Miranda, o segmento de obras de infraestrutura era o principal do setor, mas caiu para a segunda colocação, com perda de nove pontos percentuais entre 2011 e 2020, sendo ultrapassado por construção de edifícios que ganhou 5,4 pontos percentuais.

Setor privado x setor público 

Outra diferença trazida pela pesquisa de 2020 é referente à participação dos setores privado e público. No valor gerado pelas obras e serviços, 70,2% é proveniente de contratos por pessoas físicas e/ou entidades privadas (R$ 213,7 bilhões), enquanto 29,8% vem de entidades públicas em 2020, isto significa uma queda de 0,3% com relação a 2019.

Segundo Miranda, historicamente, a Construção de Edifícios e Serviços são mais focados no setor privado, enquanto o setor público é mais presente em obras de infraestrutura. “Entretanto, mesmo neste segmento, o setor privado tem crescido em participação”, destaca. 

Fonte
Marcelo Miranda é analista da Pesquisa Anual da Indústria da Construção (PAIC)

Contato
Assessoria de imprensa: comunica@ibge.gov.br

Jornalista responsável
Marina Pastore
DRT 48378/SP

6 de julho de 2022

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