Lava Jato influencia ranking das 100 maiores construtoras

27 de julho de 2017

Lava Jato influencia ranking das 100 maiores construtoras

Lava Jato influencia ranking das 100 maiores construtoras 1024 768 Cimento Itambé

Gigantes do setor evitam participar do levantamento e abrem espaço para empresas que atuam no segmento residencial para baixa renda

Por: Altair Santos

No final de junho de 2017, a ITC (Inteligência Empresarial da Construção) divulgou o mais recente levantamento das 100 maiores construtoras do Brasil. As consequências da operação Lava Jato podem ser vistas na lista. De acordo com a própria ITC, gigantes do setor, como Odebrecht, OAS, Andrade Gutierrez, UTC, Camargo Corrêa e Queiroz Galvão, pediram para ser excluídas do levantamento deste ano. Com isso, abriram espaço para que novas empresas se destacassem, tanto na lista nacional quanto nos rankings regionais.

Construtoras que atuam no segmento de baixa renda foram as que mais cresceram no ranking

Construtoras que atuam no segmento de baixa renda foram as que mais cresceram no ranking

O levantamento da ITC está em sua 13ª edição e é concebido com base nos números de 2016, levando-se em conta a quantidade de metros quadrados construídos, o estágio das obras e o volume de lançamentos. A participação é espontânea e quem quer ter seu desempenho avaliado precisa abrir todos os dados de produção da construtora. Além da Lava Jato, a crise econômica também intimidou algumas empresas. “A crise causou uma grande queda no volume de obras, com as construtoras optando por vender estoques em vez de construir”, cita o relatório da ITC sobre o ranking 2017.

O levantamento avalia quatro grupos de obras:
1. Residencial, que inclui edifícios residenciais e condomínios de casas.
2. Comercial, que abrange faculdades, universidades, escolas, museus, teatros, centros de convenções, estádios, shopping centers, supermercados, fóruns, presídios, hospitais, clínicas, aeroportos, hangares, hotéis, flats, resorts, lazer, edifícios comercias, edifícios corporativos e galpões.
3. Industrial, que contabiliza agroindustrial, alimentos e bebidas, consumo, energia e telecomunicação, ferrosos e não-ferrosos, materiais de construção, mecânica e elétrica e petróleo e gás.
4. Residencial popular, que engloba edifícios residenciais e condomínios para baixa renda.

Volume de obras cai desde 2014
Também são analisados aspectos como gestão sustentável e responsabilidade ambiental nos processos de construção. Não são computadas no ranking as seguintes obras: berços, cais, ferrovias, hidrelétricas e barragens, píer, pontes, viadutos, portos, rodovias e saneamento básico. Segundo o relatório da ITC Inteligência, o segmento que mais cresceu foi o de construção residencial para baixa renda, o que explica o fato de a MRV encabeçar a lista, seguida da Direcional Engenharia, que também atua no segmento de habitação popular.

Na região Sul – dentro dos segmentos residencial e comercial -, destacam-se as seguintes construtoras:
SUL
PR 1º Casaalta Construções Ltda
PR 2º Grupo Plaenge
PR 3º Jota Ele Construções Civis S/A
SC 4º FG Brazil Holding Ltda
PR 5º A.Yoshii Engenharia e Construções Ltda
PR 6º Irtha Engenharia S/A
RS 7º CFL Gestão e Adm de Obras em Empreendimentos Imobiliários Ltda
SC 8º Base Construções e Incorporações Eireli
SC 9º Rôgga S.A. Construtora e Incorporadora
SC 10º Embraed Empresa Brasileira de Edificações Ltda
RS 11º Viezzer Engenharia e Negócios Imobiliários Ltda
SC 12º Corbetta Construções e Empreendimentos Imobiliários Ltda
RS 13º Construbel Construções Ltda
SC 14º Speranzini Engenharia Ltda
PR 15º Andrade Marinho LMF
PR 16º Massai Construções Incorporações e Participações Ltda
RS 17º Fisa Incorporadora Ltda
PR 18º Lavitta Engenharia Civil Ltda
RS 19º Atena Incorporações Ltda
SC 20º Incorporadora Nostra Casa Ltda
SC 21º Construtora Oliveira Ltda

O decréscimo no volume de obras tem sido registrado pela ITC Inteligência desde 2014. Antes, a quantidade de empreendimentos construídos vinha em ascensão. Foram 2.191 entregues em 2012; 2.529, em 2013, e 3.882, em 2014. Na divulgação do ranking de 2015, as construções das empresas ranqueadas caíram para 2.285. Desde então, vem em declínio o volume de obras. Na lista de 2017, pouco mais de duas mil construções foram contabilizadas. O que também contribuiu para essa queda foi o fato de nenhuma construtora nova ter se interessado em participar do levantamento. “Não tivemos empresas novas participando, e sim as que já têm tradição de marcar presença no ranking”, diz a ITC Inteligência.

Confira as empresas que compõem o ranking nacional
Ranking-ITC_100

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Confira as empresas que se destacaram regionalmente
Ranking-ITC_regiões

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Entrevistado
ITC (Inteligência Empresarial da Construção) (via assessoria de imprensa).

Contatos
ranking@itc.etc.br
www.itc.etc.br

Crédito Fotos: Divulgação.

Jornalista responsável: Altair Santos MTB 2330
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