Vender estoque é a maior prioridade das construtoras

Pesquisa mostra que atrair investidores e posicionar a marca da empresa no mercado também são metas a partir de 2018
30 de agosto de 2018

Vender estoque é a maior prioridade das construtoras

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Tiago Campestrini: prioridades levam construtoras a reverem a forma de construir. Crédito: Eduarda Camargo

Tiago Campestrini: prioridades levam construtoras a reverem a forma de construir. Crédito: Eduarda Camargo

Pesquisa realizada pela consultoria Campestrini aponta que a principal prioridade das construtoras, a partir do segundo semestre de 2018, é conseguir realizar a venda de seus estoques. A segunda meta é atrair investidores para seus projetos futuros, seguida do desejo de se posicionar no mercado como empresa que entrega obras de qualidade e no prazo.

Para o engenheiro civil Tiago Campestrini, CEO da Campestrini, as prioridades estão levando as construtoras a reverem a forma de construir. “Questões internas do projeto, compatibilização dos projetos da obra, coordenação dos projetos e redução de custos da obra, que, por exemplo, não eram prioridades, agora são”, diz.

Ainda de acordo com o engenheiro, a mudança de comportamento afeta também a visão dos fornecedores sobre o que vender às incorporadoras e construtoras. “A pesquisa fez com que alguns fornecedores percebessem que precisam se reinventar em suas soluções para que, de fato, possam ajudar seus clientes nas suas necessidades”, avalia.

Essa mudança, segundo Tiago Campestrini, começa na forma de prestar os serviços. “Os fornecedores precisam agora se adaptar à visão do cliente, à prioridade dele, ajustando seus serviços. Por exemplo, um escritório de arquitetura não deve apenas entregar um projeto, mas estabelecer metas em contrato, que visem apresentar o projeto aos investidores e aumentar as vendas do empreendimento”, afirma.

A pesquisa abrangeu empresas que atuam no mercado de real state e realizam incorporações imobiliárias residenciais, corporativas e hoteleiras, essencialmente. O estudo também perguntou quais não são as prioridades das empresas no cenário atual. Entre as mais citadas, está o desejo de não incorporar aditivos durante a execução da obra. Pelo contrário, prever o custo do empreendimento é citado como uma “alta prioridade”, de acordo com o levantamento.

Pesquisa ouviu construtoras e incorporadoras do Paraná, de São Paulo e de Santa Catarina

Foram ouvidas construtoras e incorporadoras do Paraná, de São Paulo e de Santa Catarina. “O objetivo da pesquisa foi identificar a importância de cada problema no seu dia a dia, visto que isto deve ser matéria-prima para o desenvolvimento de soluções”, completa Tiago Campestrini.

A pesquisa abrangeu os seguintes tópicos:

  1. Realizar a personalização das unidades: mais da metade dos entrevistados ainda não vê como prioridade.
  2. Conquistar investidores para os empreendimentos: cerca de 70% citam como altíssima ou alta prioridade.
  3. Coordenar o desenvolvimento dos projetos: praticamente 90% avaliam como altíssima e alta prioridade.
  4. Levantar quantidades de materiais: quase 70% veem como baixa ou nenhuma prioridade.
  5. Posicionar a marca da incorporadora: alta ou altíssima prioridade para cerca de 90% dos entrevistados.
  6. Reduzir as incertezas dos estudos de viabilidade: de média a altíssima prioridade para todos os entrevistados.
  7. Prever o custo das obras: alta prioridade para 90%.
  8. Vender as unidades dos empreendimentos: altíssima prioridade para 90% dos entrevistados.
  9. Aumentar VGV (Valor Geral de Vendas): de média a altíssima prioridade para todos os entrevistados.
  10. Realizar aditivos durante a execução das obras: nenhuma prioridade ou baixa prioridade para 90% dos entrevistados.
  11. Reduzir custo das obras: metade se posiciona com alta prioridade e a outra metade com baixa ou média prioridade.

Entrevistado 
Engenheiro civil Tiago Campestrini, CEO da Campestrini Inovação na Construção

Contatos
comercial@campestriniprojetos.com.br
www.campestrini.com.br

Jornalista responsável: Altair Santos MTB 2330
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