Tire já sua empresa da zona de conforto

24 de novembro de 2009

Tire já sua empresa da zona de conforto

Tire já sua empresa da zona de conforto 150 150 Cimento Itambé

Especialistas alertam: é preciso ficar atento, mesmo quando tudo parece estar indo bem

Sua empresa tem obtido lucro, há sempre dinheiro em caixa, os resultados vão além das expectativas. Para você, falar ou até mesmo pensar em mudanças diante de um cenário desses está fora de cogitação? Então é melhor ficar atento, sua empresa pode estar na chamada zona de conforto e os especialistas garantem: isso não é tão bom quanto parece.

Como diagnosticar a zona de conforto

Mario Persona – “Saber quando se está numa zona de conforto é tão difícil quanto saber quando algo se tornou um vício”

Mario Persona

“Saber quando se está numa zona de conforto é tão difícil quanto saber quando algo se tornou um vício: o viciado sempre acha que está no total controle da situação” compara o consultor de empresas, Mario Persona. Na prática, quando a situação aparente é de tranquilidade, realmente é difícil achar que está se correndo algum risco.

Mario Persona faz um alerta em relação aos perigos da acomodação e da aversão a mudanças. “Se existirem numa empresa áreas, pessoas, produtos, metas ou qualquer coisa que esteja indo muito bem, mas que traga a etiqueta “Intocável”, é bastante provável que tenhamos diante de nós uma área ou toda uma empresa perigosamente confortável”.

Roberto Adami Tranjan

Roberto Adami Tranjan

Para Roberto Adami Tranjan, sócio-fundador da Cempre – Educação nos Negócios, em geral, lucro e dinheiro em caixa são os principais indicadores de sucesso de uma empresa. “É aí que reside o grande perigo de ingressar em uma zona de conforto sem perceber, porque tudo realmente parece estar bem ao redor” avalia. A zona de conforto não combina com o mercado, que está em contínua mudança. Também não combina com as necessidades e expectativas crescentes dos clientes. “O sucesso empresarial advém, portanto, de uma constante adaptação aos movimentos” sugere Tranjan.

Segundo ele, para detectar a zona de conforto em uma organização é preciso estar atento aos seguintes indicadores:
* As pessoas evitam riscos e é justamente disso que resulta o seu sucesso funcional;
* Os resultados vão além das expectativas, em vez das expectativas superarem os resultados;
* Existe dinheiro em caixa e esse é o grande paradoxo: a zona de conforto é um dos sintomas da crise da prosperidade;
* Tudo é proibido, a menos que seja permitido;
* Oportunidades são consideradas problemas;
* Há intenso controle sobre as pessoas;
* Falta brilho nos olhos do pessoal, que em geral adota uma atitude também apagada.

Para evitar a zona de conforto, Tranjan recomenda ter cuidado com a estabilidade, a aristocracia e a burocracia.

Características da estabilidade:
* Irregularidade nas reuniões das lideranças, e, quando são agendadas, as pautas se concentram mais nos fatores internos do que nos externos.
* As queixas dos clientes são consideradas inoportunas.
* Acredita-se que o melhor é não balançar o barco, para evitar marolas, com o intuito claro de deixar as coisas como estão.
* Procrastinação e complacência são as regras.

Características da aristocracia:
* A prosperidade que financia a zona de conforto é traduzida em privilégios pelos quais os clientes jamais pagariam. Por exemplos: a alta liderança faz as refeições em uma área separada; da mesma forma, viaja de primeira classe e quase sempre mais para turismo do que para os negócios; passa ser importante virar capa de revista de economia, acumular prêmios etc. Aparecer é mais importante do que ser.

Características da burocracia:
* O sistema técnico domina o sistema humano.
* Nada deve ser feito sem que esteja devidamente sacramentado em normas, sistemas e contemplado pelo orçamento. * Os meios prevalecem sobre os fins.

O que fazer para sair da zona de conforto
Se após ler as considerações feitas até aqui, você acredita que sua empresa realmente está numa zona de conforto, o importante é estar preparado para mudar e saber administrar essa mudança com agilidade e inteligência. De acordo com Mario Persona, o fato de tudo estar bem pode ou não ser uma indicação de perigo. “Muitas empresas vivem situações assim, mas são capazes de mudar rapidamente o que precisa ser mudado ao mais leve sopro de que aquela acomodação seja o caminho da estagnação, cuja etapa final é a morte por degradação”.

Para Roberto Tranjan a zona de conforto sempre existiu e deve ser vista como uma doença que deve ser combatida. “Isso não é modismo. É doença organizacional. E deve, sim, ser curada”. Ele complementa que a zona de conforto é uma cultura que se avizinha ou que já está instalada. “Isso tudo acontece ou aconteceu porque as pessoas da empresa, principalmente os líderes, acreditaram nessa cultura. Vivem em função dela. Então o que precisa mudar é o modelo mental dessas pessoas, principalmente dos líderes. Só a educação pode fazer isso”.

Procurar ajuda especializada é recomendável para se obter uma análise isenta dos processos. “É importante ressaltar que tudo depende de empresa para empresa, de situação para situação, de mercado para mercado. É impossível criar uma lista de coisas a serem feitas em situações assim sem todo um trabalho de consultoria específica para conhecer as particularidades da empresa, de sua equipe e do mercado onde atua” completa Persona.

Entrevistados:
Mario Persona
– Consultor, Escritor, Palestrante e Estrategista.
E-mail: contato@mariopersona.com.br
www.mariopersona.com.br
Roberto Adami Tranjan – Escritor, educador, consultor e conferencista.
Sócio-fundador da Cempre – Educação nos Negócios.
E-mail: roberto.tranjan@cempre.net
http://www.cempre.net/

Vogg Branded Content – Jornalista responsável Caroline Veiga DRT/PR 04882

24 de novembro de 2009

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