São Paulo terá torre de 135 metros em “ilha urbana”

30 de março de 2016

São Paulo terá torre de 135 metros em “ilha urbana”

São Paulo terá torre de 135 metros em “ilha urbana” 934 611 Cimento Itambé

Empreendimento conta com a assinatura do arquiteto Daniel Libeskind, conhecido por atuar na reconstrução do novo World Trade Center, em Nova York

Por: Altair Santos

A construtora e incorporadora JHSF pretende construir um shopping center em uma ilha artificial no rio Pinheiros, na cidade de São Paulo. O projeto já ganhou aval da prefeitura paulistana e será erguido na zona sul da cidade. O empreendimento terá um centro comercial de quatro andares acoplado a um edifício de escritórios com 135 metros de altura. Envidraçada, a torre será construída sobre uma ilha de 15,3 mil m², que foi arrematada por R$ 16,1 milhões pela construtora.

JHSF Tower: projeto do arquiteto Daniel Libeskind quer ser ponto de referência em São Paulo

JHSF Tower: projeto do arquiteto Daniel Libeskind quer ser ponto de referência em São Paulo

Desde 2012, a JHSF tenta viabilizar o empreendimento, que irá se chamar JHSF Tower. A expectativa é de que o projeto executivo comece ainda em 2016. Para a instalação do canteiro de obras, a construtora precisa oferecer contrapartida ambiental e apresentar um plano de mobilidade urbana para construir uma pista auxiliar na Marginal Pinheiros, que permita o acesso ao edifício. Essa extensão da avenida tem a aprovação da Câmara Técnica de Legislação Urbanística (CTLU), ligada à prefeitura de São Paulo.

O empreendimento, no entanto, enfrenta resistência de associações ambientais, que recorreram ao ministério público de São Paulo para inviabilizar a obra. A alegação é que o edifício deverá causar a derrubada de 62% das árvores localizadas na ilha. Entre elas, 29 exemplares nativos, 91 exóticos e 18 eucaliptos e pinheiros. Os críticos também se apegam ao Código Florestal. Para eles, a área é de proteção permanente e não deveriam ser permitidas construções no local.

Concreto, aço e vidro
A JHSF assegura, através de nota à imprensa, que “firmou um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) com o ministério público estadual, inclusive para agregar ao empreendimento um estacionamento com 3,8 mil vagas”. Sobre o projeto, a construtora, no entanto, procura manter sigilo. Até agora, o que se sabe é que será assinado pelo arquiteto polonês Daniel Libeskind, conhecido internacionalmente pelas formas irregulares e por investir em construções mistas que unem concreto, aço e vidro.

No final de 2015 foi exposta uma maquete, mas a JHSF não assegura que ela seja a definitiva. O que se sabe é que o estilo de Daniel Libeskind tende a se impor na obra. Radicado nos Estados Unidos desde o fim da Segunda Guerra Mundial, o arquiteto de raízes judaicas não abre não do concreto aparente nas partes internas das edificações, principalmente no hall de entrada dos prédios que projeta. O pé-direito alto, com mais de 3 metros de altura também são características do arquiteto.

Daniel Libeskind está entre os arquitetos que atuaram na concepção do novo complexo de prédios do World Trade Center, em Nova York. Uma de suas marcas registradas – as fachadas envidraçadas – está presente no empreendimento. O JHSF Tower terá concepção parecida. Libeskind costuma dizer definir seus trabalhos com a seguinte frase: “Minha obra fala de vida a partir da catástrofe”. Ele também gosta que seus empreendimentos sirvam de referência para as cidades. É o conceito que pretende aplicar no JHSF Tower.

Entrevistado
Construtora e incorporadora JHSF (via assessoria de imprensa)
Contato: jhsf@A4COM.com.br

Créditos Fotos: Divulgação/JHSF

Jornalista responsável: Altair Santos MTB 2330
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