Rodovia do Parque no Rio Grande do Sul em fase de terraplenagem

21 de dezembro de 2010

Rodovia do Parque no Rio Grande do Sul em fase de terraplenagem

Rodovia do Parque no Rio Grande do Sul em fase de terraplenagem 150 150 Cimento Itambé

Investimento de R$ 1 bilhão pretende descongestionar tráfego da BR-116 em Porto Alegre

Por: Michel Mello

O traçado da Rodovia do Parque em amarelo

A BR-448/RS, mais conhecida como Rodovia do Parque, está em fase de construção dos seus 22 km. São três lotes de obras que estão com serviços dentro do cronograma e têm previsão de término para o mês de março de 2012. A Rodovia do Parque representa um investimento do Governo Federal da ordem de R$ 1 bilhão, entre obra, serviços e reassentamento de famílias. O projeto é de responsabilidade do consórcio formado por duas empresas: Magna Engenharia e Ecoplan S.A.

Esse empreendimento é o projeto rodoviário mais importante do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC I), que está em andamento no Rio Grande do Sul. Quando estiver concluída, a BR-448 será uma alternativa que pretende descongestionar o tráfego da BR-116/RS entre Porto Alegre e o município de Sapucaia do Sul. Nesse trecho, o volume diário está estimado atualmente em 130 mil veículos/dia.

Projeto

O Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT), órgão do Ministério dos Transportes, elaborou um projeto moderno com vários diferenciais. A construção de duas pistas será dividida em dois segmentos distintos. No primeiro deles, que é localizado entre a BR-116 e a BR-386, serão construídas duas faixas de rolamento em cada sentido. No segmento seguinte, que vai até o entroncamento com a BR-290, estão previstas três faixas em cada sentido. A largura das faixas será de 3,6 m. Além disso, as pistas terão acostamento externo (3m de largura) e interno (1m de largura).

Destaques

Entre as adaptações do projeto, destaca-se a função simultânea de dique de contenção que a estrada também exercerá, para represar as águas do Rio dos Sinos.

Terraplanagem

A cota de terraplenagem foi calculada com base na maior cheia da história do rio, que ocorreu no ano de 1941. E prevê um volume total de terra da ordem de mais de 8 milhões de m³ que serão movimentados.
 
Para Luiz Antônio Didoné, coordenador geral contratado pelo DNIT através de contrato de gerencia do Trecho 3 da Rodovia do Parque, “o projeto de terraplenagem desta obra é bastante complexo e envolve vários tipos de soluções, conforme o segmento e lote da obra. Vai desde a solução mais simples, como a remoção completa do solo inadequado existente (solo mole) e sua substituição por areia, até a utilização de camada drenante com areia e implantação de drenos verticais em fibrosintéticos que têm por objetivo retirar, ao longo de um certo período, a água existente sob a plataforma da rodovia. Nas regiões onde o aterro é mais elevado, como é o caso das cabeceiras de obras de arte (pontes e viadutos), também é utilizada uma esteira chamada geogrelhas, que distribuem as tensões aplicadas ao terreno, por conta do peso do aterro”.

Didoné afirma que “a utilização de concreto está restrita somente para as pontes, viadutos e na parte elevada da rodovia, pois nesta região não existe a possibilidade de aplicação de pavimento rígido devido a existência de uma grande camada de solos compressíveis”.

Ponte estaiada

Execução de infraestrutura, com a armação e montagem de formas para construção do Viaduto V-01 do trecho 1 da obra

A BR-448 vai contar com oito viadutos. Outro exemplo de obra de arte especial é a ponte estaiada sobre o Rio Gravataí, que terá 330 m de extensão. Serão construídos acessos aos municípios gaúchos de Esteio, Canoas e Porto Alegre, além de um acesso exclusivo à zona industrial portuária localizada em Canoas.

Didoné explica “que se trata de uma ponte com 268 m de vão livre, composta por duas torres de sustentação principais com 75 m de altura em cada conjunto. Nessas torres passam os cabos de sustentação da plataforma. Apresenta uma beleza estética muito interessante. Sua principal vantagem, além do grande vão que pode alcançar, é a possibilidade de produção de vigas pré-moldadas concomitantes ao andamento da infra e mesoestrutura”.

“O consórcio construtor mobilizou um canteiro para produção dos elementos principais (vigas) que trabalha em turno contínuo. Os equipamentos para a produção de vigas e estacas é de alta tecnologia. A cura do concreto é acelerada por aquecimento controlado. Assim o prazo de produção é reduzido sem prejudicar a qualidade dos elementos construtivos”, enfatiza Didoné.

O reassentamento de famílias que habitam a faixa de domínio também está previsto na execução da obra, o que inclui um convênio com a Prefeitura Municipal de Canoas para a construção de 599 unidades habitacionais. No total, a construção da Rodovia do Parque vai gerar cerca de 3.300 empregos diretos, e somente para execução dos serviços serão investidos R$ 824 milhões.

>> Entrevistado
Luiz Antônio Didoné
>> Currículo
– Formado em Engenharia Civil pela Universidade Católica de Pelotas (UCPEL).
– Pós-graduado em segurança rodoviária pela Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC).
– Há 12 anos presta serviço para a Enecon S.A.
>> Contato: didone.luiz@ig.com.br

Jornalista responsável: Silvia Elmor – MTB 4417/18/57 – Vogg Branded Content
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