RH 4.0: da gestão de pessoas à gestão de máquinas

26 de abril de 2017

RH 4.0: da gestão de pessoas à gestão de máquinas

RH 4.0: da gestão de pessoas à gestão de máquinas 600 225 Cimento Itambé

Novas tendências em curso vão redesenhar os modelos de gestão de pessoas dentro das empresas. Entre elas, a tecnologia robótica

Por: Altair Santos

Em seminário realizado em Curitiba, no começo de março de 2017, a Associação Brasileira de Recursos Humanos (ABRH) debateu os fundamentos do RH 4.0. Segundo a presidente da ABRH Brasil, Elaine Saad, há novas tendências em curso, e que vão redesenhar os modelos de gestão de pessoas dentro das empresas. Entre elas, elementos como diversidade, inclusão de novas crenças e quebra de preconceitos, os quais, de acordo com Saad, tendem a se tornar fatores de engajamento.

Futuro da gestão de pessoas inclui elementos como diversidade e o uso de robôs

Futuro da gestão de pessoas inclui elementos como diversidade e o uso de robôs

A dirigente destacou ainda que a interação do ser humano com a máquina no mesmo ambiente de trabalho também vai modificar as relações dentro das empresas. “Temos que pensar como vamos preparar uma pessoa que tem sentimento e emoção para interagir com robôs. Como será feita essa organização?”, indaga Saad, destacando que os profissionais da área precisam estar preparados para a velocidade das mudanças. “Os gestores devem construir respostas para enfrentar esse novo cenário que se forma no mercado de trabalho”, completa.

O RH 4.0 está interligado com o que se convencionou chamar de a Quarta Revolução Industrial. O criador do conceito, Klaus Schwab, em seu livro “The Fourth Industrial Revolution”, mostra que os gestores de empresas devem ter velocidade, amplitude e profundidade para entender o “impacto sistêmico” destas mudanças. “A velocidade é importante, porque as novas tecnologias geram outras cada vez mais qualificadas. Amplitude, pois essas tecnologias geram mudanças sem precedentes e quebras de paradigmas na economia, nos negócios, na sociedade e nos indivíduos. Já a profundidade é fundamental, pois a revolução mexe com o quem somos”, escreve Schwab.

Tendências
Conectada as essas mudanças, Elaine Saad relacionou tendências com as quais a gestão de pessoas já convive. As projeções apresentadas pela presidente da ABRH Brasil sinalizam que os gestores de recursos humanos precisam estar focados em construir novos modelos de liderança, focados em cultura de colaboração, capacitação e inovação. Os principais pontos analisados pela especialista são:

1. Redesenhar as formas de avaliar as pessoas.
2. Interação do homem com a máquina.
3. Aprimorar o julgamento humano.
4. Incorporar competitividade às operações de RH.
5. Administrar conflitos de gerações e usá-los a favor das empresas.
6. O engajamento pelo dinheiro.
7. RH construindo respostas, em vez de ficar à espera delas.
8. Preparar colaboradores para interagir com a diversidade e as novas crenças.

Esses fenômenos também impactam na forma de contratação dos colaboradores, com o currículo e a indicação perdendo poder nos processos de recrutamento. Segundo pesquisa da Robert Half – empresa global de consultoria em RH – as redes sociais tornam-se cada vez mais influentes nas decisões sobre contratação. O motivo, segundo o estudo, é que ferramentas como LinkedIn e Facebook permitem uma visão mais ampla de como o candidato lida com questões subjetivas. “Com as redes sociais, as indicações tomam um caráter mais neutro pela espontaneidade”, define a análise da Robert Half, em tempos de RH 4.0.

Entrevistada
Elaine Saad, presidente da Associação Brasileira de Recursos Humanos (ABRH Brasil), com base em palestra concedida dia 7 de março em Curitiba

Contato
abrh_portal@abrhbrasil.org.br

Crédito Foto: Divulgação

Jornalista responsável: Altair Santos MTB 2330
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