Reformas reanimam vendas de materiais para construção

14 de janeiro de 2016

Reformas reanimam vendas de materiais para construção

Reformas reanimam vendas de materiais para construção 492 346 Cimento Itambé

Indicadores da Anamaco revelam que pequenas obras devem impulsionar o comércio do setor em 2016, revertendo retração do ano passado

Por: Altair Santos

Em 2015, as 150 mil lojas associadas à Anamaco (Associação Nacional dos Comerciantes de Material de Construção) fecharam o ano com queda de 5,8% nas vendas. Foi o pior índice em 20 anos, e a primeira retração em 12 anos. “Nós já esperávamos encerrar o ano com queda nas vendas, mas vínhamos batendo recordes consecutivos de faturamento desde a última retração do setor, registrada em 2003. E, mesmo em 2003, vínhamos de um recorde histórico desde 1994. Já passamos por isso antes e sabemos como o nosso mercado se comporta”, explica Cláudio Conz, presidente da Anamaco.

Cláudio Elias Conz, presidente da Anamaco: expectativa de que as reformas reaqueçam as vendas

Cláudio Elias Conz, presidente da Anamaco: expectativa de que as reformas reaqueçam as vendas

O dirigente avalia que após o primeiro trimestre o setor tende a voltar a crescer. “Teremos um primeiro trimestre difícil, o que é uma característica do nosso mercado. Com o recesso de fim de ano e as férias escolares, as pessoas deixam para iniciar as reformas depois do carnaval. A partir de abril e maio, a nossa previsão é que o setor volte a crescer. Se tudo sair como esperamos, fecharemos 2016 com um crescimento de 4,5% a 6% sobre 2015”, avalia. A expectativa de Cláudio Conz é de que o consumidor adie as obras em função da crise econômica, mas não consiga prorrogá-la por muito tempo. Para isso, ele aposta nas reformas.

O presidente da Anamaco afirma que o mercado de comerciantes de materiais de construção deve se concentrar nos 65 milhões de casas e apartamentos que já estão prontos no país. Segundo o dirigente, as reformas proteladas em 2015 serão retomadas em 2016. “O tempo joga a nosso favor”, afirma Cláudio Conz, ancorando seu prognóstico no mais recente estudo realizado pelo Instituto de Pesquisas da Anamaco, divulgado em dezembro de 2015. O levantamento mostrou que no último mês do ano passado 33% das lojas das regiões norte e nordeste do Brasil começaram a reagir com o aumento das vendas. No sul, foram 28%; no sudeste 22% e 18% no centro-oeste.

Venda e consultoria
Entre as categorias que a pesquisa da Anamaco abrange, a de tintas foi a que teve melhor desempenho em dezembro, com alta de 9%. Na sequência, vieram telhas de fibrocimento (2%). No entanto, metais sanitários, revestimentos cerâmicos, cimentos, louças sanitárias e fechaduras retraíram respectivamente 2%, 3%, 5%, 6% e 7%, segundo o levantamento. “As pessoas estão adiando as obras maiores, mas não conseguirão fazer isso por muito tempo porque a infiltração na parede não espera e o cano quebrado não espera. Então, uma hora esses consertos terão de ser feitos”, diz Conz.

Para o presidente da Anamaco, o que as lojas estão sendo orientadas a adotar é fornecer, junto com a venda de materiais, a consultoria para o consumidor. “Reformas e construções se tornam caras pela falta de planejamento e por não ter uma orientação de um engenheiro ou de um arquiteto. Então, se a loja que vende o material der essa orientação e indicar profissionais especializados, ela estará dando um passo para fidelizar o cliente e garantir uma venda com qualidade”, entende Claudio Conz.

Entrevistado
Cláudio Elias Conz, presidente da Anamaco (Associação Nacional dos Comerciantes de Material de Construção)
Contato: presidencia@anamaco.com.br

Crédito foto: Divulgação/Cia. Cimento Itambé

Jornalista responsável: Altair Santos MTB 2330
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