Quem subiu e quem desceu no ranking da engenharia

8 de outubro de 2014

Quem subiu e quem desceu no ranking da engenharia

Quem subiu e quem desceu no ranking da engenharia 1024 682 Cimento Itambé

Em sua 43ª edição, levantamento da revista O Empreiteiro mostra que, no segmento construtoras, Thá e Plaenge são as maiores da região sul

Por: Altair Santos

Elaborado anualmente pela revista O Empreiteiro, o Ranking da Engenharia Brasileira chega à sua 43ª edição. Trata-se do mais tradicional levantamento sobre o desempenho da cadeia produtiva da construção civil no país. O ranking analisa empresas de todas as regiões, nos segmentos de construção pesada e imobiliária, montagem mecânica e elétrica, projetos e consultoria e serviços especiais de engenharia. O parâmetro para classificação tem base em dois critérios: questionário respondido pelas empresas e análise dos balanços anuais. No ranking de 2014, com base em dados de 2013, as empresas paranaenses voltaram a se destacar no sul.

Empreendimento da Thá, em Curitiba: 1º lugar no ranking do sul e entre as 30 maiores do país

No segmento construtoras, Thá Engenharia e Plaenge ocupam as duas primeiras colocações no ranking do Sul, seguidas pela gaúcha Toniolo, Busnello e outras quatro empresas radicadas no Paraná: JMalucelli Construtora, A. Yoshi Engenharia, Cesbe e Goetze Lobato Engenharia. Para Joseph Young, que integra o conselho editorial da revista O Empreiteiro e coordena a elaboração do ranking, já virou tradição as empresas paranaenses encabeçarem a lista no sul do país. “Não é uma impressão subjetiva, mas baseada em números apurados pelo ranking ano a ano. Percebe-se que as empresas do Rio Grande do Sul têm encolhido, enquanto as do Paraná se expandem”, analisa.

No entanto, comparativamente com o ranking nacional, as empresas da região sul ligadas à construção civil ocupam posições modestas. Segundo Joseph Young, isso se deve a programas pouco ambiciosos de infraestrutura nos três estados (Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul) mas que devem mudar a partir de 2015. “Este fato pode mudar, pois existe um fluxo de empreendimentos industriais que começa a se instalar no sul. Entre eles, estaleiros no Rio Grande do Sul, indústrias automotivas em Santa Catarina e indústrias alimentícias e de bebidas no Paraná”, comenta.

Joseph Young: Copa do Mundo frustrou investimentos e atrapalhou crescimento da construção civil

Copa do Mundo
Em relação à edição de 2013, o ranking recentemente divulgado variou pouco. A avaliação é que a Copa do Mundo não desencadeou um volume de obras proporcional à expectativa criada. “A parte de mobilidade urbana, que foi muito falada, se transformou em uma frustração. Os governos federal e estaduais simplesmente não conseguiram tocar estas obras. Com isso, o crescimento do mercado, que chegou a ser projetado em 50%, não aconteceu. Isso é resultado da estagnação no investimento público. Os governos precisam colocar um teto no crescimento das despesas de custeio das máquinas administrativas para ver se sobra dinheiro para investimento. No governo federal, principalmente, as curvas de custeio da máquina administrativa sobem numa velocidade espantosa e a economia não comporta isso”, ressalta Young.

Apesar das dificuldades, a construção civil tem, desde 2006, conseguido um PIB maior do que o PIB nacional. “Os quatros setores avaliados no ranking andaram juntos com os números do PIB nacional entre 1996 e 2006. De 2006 em diante, eles descolaram e passaram a crescer em proporções duas ou três vezes maior do que do próprio PIB. Isto mostra a capacidade do setor em crescer”, finaliza Joseph Young.

Veja o ranking na íntegra:
Ranking 500 Grandes da Construção 2014

Clique aqui para conferir o ranking dos anos anteriores.

Entrevistado
Joseph Young, integrante do conselho editorial da revista O Empreiteiro e coordenador do Ranking da Engenharia Brasileira
Contatos
josephyoung@terra.com.br
redacao2@revistaoe.com.br

Crédito Foto: Divulgação/Thá/O Empreiteiro

Jornalista responsável: Altair Santos MTB 2330
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