Preço na construção civil se faz com engenharia de custos

15 de março de 2018

Preço na construção civil se faz com engenharia de custos

Preço na construção civil se faz com engenharia de custos 1024 401 Cimento Itambé

Especialista calcula impacto da mão de obra, dos materiais, dos equipamentos e dos impostos sobre o valor de uma obra

Engenharia de custos segue procedimentos normativos e de planejamento. Crédito: Divulgação

Engenharia de custos segue procedimentos normativos e de planejamento. Crédito: Divulgação

A estratégia de preços envolve ampla gama de fatores. Até chegar ao consumidor, o valor de um produto é calculado pelo fabricante, que o repassa ao atacadista, que o repassa ao varejista, que vai repassá-lo para o comprador final. Nesta cadeia, não pode haver exorbitância, mas também não podem deixar de ser calculados gastos com a produção, com a distribuição e outros serviços que envolvam as despesas relacionadas com o bem a ser vendido. Na construção civil, não é diferente. Mas quando se trata de uma obra, é recomendável que a orientação dos preços seja feita por um especialista em engenharia de custos.

O profissional dessa área não é importante apenas para buscar preços de materiais e de mão de obra, mas também para viabilizar projetos sem que eles estourem o orçamento e não comprometam o cronograma. É ele quem aponta o “norte” para que a obra seja executada conforme o planejado. Cabe aos especialistas em engenharia de custos a responsabilidade de prever os seguintes custos para executar o projeto:
– Pessoal: salários, encargos sociais, benefícios e vale-transporte
– Materiais: fornecimento e impostos (IPI e ICMS)
– Equipamentos: fornecimento e impostos (IPI, ICMS, Importação)
– Taxas e seguros: Crea, licenças e seguros
– Transportes

Para definir esses custos, e depois chegar ao preço de mercado do empreendimento, o memorial descritivo da obra é de suma importância. Ele servirá de base para os cálculos matemáticos que vão apontar a sustentabilidade do projeto e a sua execução do início ao fim. “A engenharia de custos dedica-se ao desenvolvimento de normas, padrões e critérios aplicados ao planejamento, execução e acompanhamento de obras, sempre com base em uma série de informações e fórmulas. Nada é empírico ou subjetivo nestes cálculos”, revela o engenheiro civil especializado em custos, Rodrigo Bhering de Mattos, do IBEC (Instituto Brasileiro de Engenharia de Custos).

CUB e INCC, os índices mais importantes para a construção civil

Quando em construção, um imóvel tem dois índices que balizam seu preço: CUB (Custo Unitário Básico da Construção Civil) e INCC (Índice Nacional de Custos da Construção). Principal indicador do setor da construção, o CUB é calculado mensalmente pelos Sindicatos da Indústria da Construção Civil de todo o país, levando em consideração os valores de materiais e de mão de obra, despesas administrativas e equipamentos, como dispõe a ABNT NBR 12.721 – Avaliação de custos unitários de construção para incorporação imobiliária e outras disposições para condomínios de edifícios.

Já o INCC é um dos componentes do Índice Geral de Preços – Mercado (IGP-M). É calculado mensalmente pela Fundação Getúlio Vargas, abrangendo desde o primeiro até o último dia do mês, sendo divulgado até o dia 15 do mês seguinte. O INCC é utilizado como base para o reajuste do valor dos imóveis habitacionais em construção, justamente para que acompanhe o aumento do preço dos materiais e da mão de obra – quesitos que mais sofrem alterações ao longo do processo construtivo. O índice também é aplicado nos casos onde há financiamento do imóvel em construção, também conhecido como compra do imóvel na planta. Neste caso, o INCC incide sobre todo o saldo devedor, até a quitação.

Entrevistado
Instituto Brasileiro de Engenharia de Custos (IBEC) (
via assessoria de imprensa)

Contato: ibec@ibec.org.br

Jornalista responsável: Altair Santos MTB 2330
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