Novas ferrovias tendem a aquecer construção civil

14 de maio de 2014

Novas ferrovias tendem a aquecer construção civil

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Indústria de pré-fabricados de concreto espera lucrar até R$ 10 bilhões com o Programa de Investimentos em Logística, que começa a sair do papel

Por: Altair Santos

O Programa de Investimentos em Logística, que promete revitalizar a malha ferroviária do país, começa a sair do papel. O modelo vai funcionar em formato de concessão e foi aprovado pelo Tribunal de Contas da União (TCU) que liberou a publicação do primeiro edital de licitação para o trecho entre Lucas do Rio Verde (MT) e Campinorte (GO). A linha de 883 quilômetros está orçada em R$ 4,6 bilhões e será concedida no sistema construção e operação.

Indústria de pré-fabricados de concreto espera lucrar até R$ 10 bilhões com o Programa de Investimentos em Logística, que começa a sair do papel

A empresa vencedora do leilão vai apenas construir, manter e operar as linhas. Toda a capacidade de transporte de carga será comprada pela estatal Valec Engenharia, Construções e Ferrovias S.A, que revenderá às empresas interessadas. O objetivo do modelo é garantir livre acesso de transportadores aos trilhos e, com isso, garantir concorrência e queda de preço no transporte ferroviário de cargas no país. “O programa viabiliza uma base ferroviária voltada ao transporte de carga, mas será aberto a qualquer tipo de trem que queira comprar o direito de circular nela, inclusive para o transporte de passageiros”, explica o ministério dos Transportes, via assessoria de imprensa.

As empresas que ganharem a licitação para construir ferrovias dentro do Programa de Investimentos em Logística terão que seguir um padrão internacional, que inclui as seguintes exigências:

•         Rampa máxima: 1%
•         Raio mínimo de curva: 500 m
•         Peso mínimo do trilho: 68 kg/m
•         Bitola: larga
•         Carga por eixo: 37,5 t
•         Passagens em nível: não são permitidas
•         Dormentes: pré-fabricados de concreto protendido

O ministério dos Transportes não veta a importação de tecnologias construtivas, mas avalia que as obras de infraestrutura e superestrutura tendem a empregar os sistemas já usados no Brasil. “Quanto aos sistemas de licenciamento e comunicação, a necessidade de importação de tecnologia depende de regulamentação que está sendo elaborada pela ANTT (Agência Nacional de Transportes Terrestres)”, avisa a assessoria do ministério.

O objetivo do Programa de Investimentos em Logística é acrescentar dez mil quilômetros à malha ferroviária brasileira. A expectativa é de que gere impacto econômico imediato, proporcionando contratação de obras, com a encomenda de vagões, locomotivas e outros produtos do setor. Em um período de cinco anos, o programa espera investimento de R$ 56 bilhões – só na fase de construção das ferrovias.

Mercado de pré-fabricados
No setor da construção civil, a indústria de artefatos e pré-moldados de concreto voltada para a produção de viadutos, dormentes e postes tende a ser uma das mais beneficiadas com o Programa de Investimentos em Logística. A previsão é que o segmento pode lucrar até R$ 10 bilhões com a construção de novas ferrovias.”

Entrevistado
Ministério dos Transportes (via assessoria de imprensa)
Contato: ascom@transportes.gov.br

Créditos Fotos: Divulgação/Ministério dos Transportes

Jornalista responsável: Altair Santos MTB 2330
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