Mercado aquecido gera disputa por engenheiros experientes

14 de abril de 2009

Mercado aquecido gera disputa por engenheiros experientes

Mercado aquecido gera disputa por engenheiros experientes 150 150 Cimento Itambé

Escassez de profissionais causa grande concorrência entre empresas, que ficam com dificuldade de reter seus talentos

A escassez de engenheiros experientes e capazes de dar conta do crescimento do número de obras da construção civil tem resultado no aumento da rotatividade de profissionais no mercado, que partem em busca de melhores salários. “As empresas estão com dificuldade em reter seus talentos e os engenheiros e arquitetos estão trocando de companhia de duas a três vezes no ano”, diz Giorgio Vanossi, diretor de obras da Setin Construtora.

Paulo Pereira, diretor da área de engineering & manufacturing da Michael Page, especializada no recrutamento de profissionais de níveis de gerência e de diretoria, confirma esse pula-pula. Segundo ele, o primeiro indicador dessa rotatividade é a inflação salarial. “Em média, os salários dos engenheiros tiveram um incremento de 30% a 40%, e até mesmo os estagiários estão ganhando acima do piso”. Para Pereira, a disputa maior está entre os profissionais experientes na condução de obras. “No ano passado houve uma procura imensa por profissionais de incorporação, que agora se consolidou. Neste ano, o foco está na construção e, para 2009, a expectativa é de que cresça a demanda por especialistas em vendas”.

No entanto, o que seria um bom momento para os engenheiros galgarem melhores oportunidades de carreira, tem virado armadilha. “Os profissionais, em geral, estão muito deslumbrados e acabam até se ‘queimando’ no mercado porque, na pressa de pegar uma nova oportunidade, acabam saindo às pressas, deixando clientes na mão, e não administrando sua reputação e imagem no longo prazo”, diz Pereira.
O engenheiro Yorki Stefan, diretor da Tecnum Construtora e da Cytec Empreendimentos Imobiliários, concorda. Para ele, essa alta rotatividade, além de prejudicar a qualidade dos projetos, é contraproducente na medida em que os engenheiros estão sendo contratados não pelos seus currículos, mas pela passagem, ainda que breve, em algum outro grupo. “Essa situação chegou num momento muito excessivo em que os profissionais não se fixam e perdem a oportunidade de criar vínculos”.

Fonte: www.construcaomercado.com.br

Jornalista responsável – Altair Santos MTB 2330 – Tempestade Comunicação

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