Gestão de obras já não vive mais sem ferramentas de TI

Uso da Tecnologia da Informação na construção civil é caminho sem volta, principalmente para quem segue a ISO 9001:2015 e o PBQP-H
25 de abril de 2018

Gestão de obras já não vive mais sem ferramentas de TI

Gestão de obras já não vive mais sem ferramentas de TI 150 150 Cimento Itambé

As ferramentas de Tecnologia da Informação (TI) se tornaram imprescindíveis para a boa gestão do canteiro de obras. São elas que dão salvaguarda ao conhecimento adquirido ao longo da execução do projeto, para que a construtora possa aplicá-lo em um futuro empreendimento. Ao permitir a documentação de todas as informações que cercam uma construção, a TI impede que a empresa se torne refém da alta rotatividade de mão de obra, e que, com isso, haja evasão de conhecimento.

O engenheiro civil Rodrigo Silva Santos, especialista em aumento da qualidade, produtividade e redução de custos, elenca o que as ferramentas de TI permitem fazer ao longo da gestão de obras:

Documentar a informação e disponibilizar para toda a organização;
Aumentar a interação e a comunicação;
Prever e planejar mudanças;
Dedicação de mais tempo à análise de dados e correção de não-conformidades;
Melhorar a competitividade e a escolha do fornecedor;
Aprimorar o atendimento a requisitos legais cada vez mais exigentes;
Cumprir normas técnicas;
Criar uma modelagem de gerenciamento do processo e do negócio;
Facilitar inspeção dos serviços.

Em palestra no web seminário “Sistema de gestão da qualidade com referência no PBQP-H e na ISO 9001 apoiado por ferramentas de TI”, o engenheiro civil lembra que, no Brasil, os produtos e serviços ligados à TI cumprem requisitos do Programa Brasileiro da Qualidade e Produtividade do Habitat (PBQP-H) e da norma ISO 9001:2015. “São ferramentas aptas para estruturar todas as etapas de uma construção. O desafio, agora, não é mais usar ou não usar, mas como saber utilizar essas ferramentas para obter um sistema de gestão qualificado”, define.

Futuro da gestão de obras é digital, e é um caminho sem volta

As boas ferramentas são aquelas que estão adequadas à versão mais atualizada da ISO 9001, que é de 2015. “Ela prioriza foco no cliente, na liderança, no engajamento de pessoas, na abordagem do processo, na tomada de decisão baseada em evidência e na gestão de relacionamento”, resume Rodrigo Silva Santos, ressaltando também que as ferramentas se inspiram no Ciclo PDCA (Plan, Do, Check, Act), ou seja, planejar, realizar, verificar e melhorar. “Obviamente, essa nova perspectiva de gestão exige mais de quem cuida das tarefas e dos gestores. Ela impõe mais responsabilidade à liderança”, completa.

O especialista destacou em sua palestra que o futuro é digital, e é um caminho sem volta. Uma das virtudes deste novo cenário, reafirma, é a transparência. “São ferramentas que permitem acompanhar todos os processos envolvidos no projeto e que ajudam a fazer a gestão de qualidade com análise crítica”, diz. Segundo Rodrigo Silva Santos, todas as empresas da construção civil certificadas pelo PBQP-H e pela ISO 9001 já operam integral ou parcialmente com esses modelos de gestão via ferramentas de TI. Quanto às outras que ainda não atuam nesse sistema, o engenheiro civil observa que o processo deve ser por convencimento de seus profissionais, e não por imposição. “O certo é que essa transformação não ocorre sozinha. É necessário liderança”, finaliza.

Assista o web seminário

Entrevistado
Reportagem com base no web seminário “Sistema de gestão da qualidade com referência no PBQP-H e na ISO 9001 apoiado por ferramentas de TI”, do engenheiro civil Rodrigo Silva Santos

Contato
rodrigo.santos@marqconsultoria.com.br

Jornalista responsável: Altair Santos MTB 2330
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