Doze sugestões para mudar o ensino de engenharia 

Pontos abordam desenvolvimento tecnológico, competitividade e habilidades convergentes com o setor produtivo
15 de agosto de 2018

Doze sugestões para mudar o ensino de engenharia 

Doze sugestões para mudar o ensino de engenharia  150 150 Cimento Itambé

O documento mostra números que revelam que o Brasil vem formando menos engenheiros que outros países do continente latino-americano. De cada 1.000 que prestam vestibular para entrar nos cursos de engenharia, 175 ingressam e apenas 95 se formam, revela o estudo intitulado “Ensino de Engenharia: Fortalecimento e Modernização”. Os números se baseiam em dados do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep).

Outro dado trazido para o debate se relaciona às fragilidades do ensino em engenharia. O Brasil possui 1.538 cursos de engenharia, dos quais 60% atingiram apenas a nota mínima satisfatória e 15% ficaram abaixo desse índice. “Mesmo nas escolas de excelência, há espaço para melhorias. É importante dar aos alunos a oportunidade de uma formação com visão mais multidisciplinar, sistêmica, empreendedora e em sintonia com as necessidades da economia e da sociedade”, conclui o estudo.

As sugestões elencadas no documento “Ensino de Engenharia: Fortalecimento e Modernização” vão ao encontro da recente parceria entre a Cia. de Cimento Itambé e a FAE para melhorar o processo de formação dos alunos de engenharia civil da faculdade. Os principais pontos do acordo são:

  • Formar alunos com capacidade de gerar inovações sustentáveis e transformá-las em empreendimentos a serviço da sociedade.
  • Capacitá-los para que sejam grandes gestores, a fim de que saibam respeitar e liderar pessoas, além de toda a capacidade técnica que a área exige.
  • Permitir que os alunos tenham acesso às principais tendências da área.
  • Possibilitar o domínio das tecnologias inovadoras.
  • Dar condições para que tenham experiências reais ao longo do seu processo de formação.

Confira as 12 sugestões para mudar o ensino de engenharia

1. Reforçar a base técnica e estimular a formação mais inovadora em engenharia, mediante a adoção de currículos com foco em formulação e resolução de problemas, planejamento, gestão, empreendedorismo, trabalho em equipe, capacidade de tomar decisão em ambientes de incerteza, pensamento crítico e sistêmico.

2. Ampliar a integração entre os cursos de engenharia e o setor produtivo.

3. Apoiar a criação e a utilização de laboratórios de ensino de melhores práticas, de projetos-pilotos para a renovação do ensino de engenharia e de conhecimento de experiências internacionais exitosas.

4. Estimular a adoção do modelo de ensino híbrido, combinando o uso da tecnologia digital a interações presenciais.

5. Apoiar a realização de competições, como olimpíadas, em que os alunos sejam levados a trabalhar em equipe, de forma interdisciplinar, na solução de desafios da engenharia.

6. Aprimorar a avaliação dos programas de ensino de engenharia: contratação, capacitação, avaliação e promoção de docentes.

7. Definir mecanismos de avaliação da atuação dos engenheiros egressos.

8. Apoiar a disseminação do mestrado profissional nas engenharias e direcionar os mestrados acadêmicos aos engenheiros que pretendem fazer carreira nessa área.

9. Capacitar docentes, com especial atenção ao treinamento em metodologias de ensino de engenharia, que envolvam a participação ativa dos estudantes (projetos, desafios, competições e outras).

10. Aprimorar o processo de progressão na carreira, de modo a incluir experiências práticas em engenharia como critério de avaliação e promoção de professores.

11. Estruturar programas de premiação docente que estimulem uma atuação condizente com os atuais requisitos da formação de engenheiros, conferindo especial atenção ao reconhecimento de esforços de cooperação e parceria entre a academia e o setor produtivo.

12. Estimular os professores das universidades a atuar nas empresas.

Entrevistado
Reportagem com base no documento “Ensino de Engenharia: Fortalecimento e Modernização”, divulgado pela Confederação Nacional da Indústria (CNI) e que integra o Mapa Estratégico da Indústria 2018-2022

Contato: imprensa@cni.org.br

Jornalista responsável: Altair Santos MTB 2330
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