Programa nacional combate dengue no canteiro de obras

22 de julho de 2015

Programa nacional combate dengue no canteiro de obras

Programa nacional combate dengue no canteiro de obras 819 617 Cimento Itambé

Seconci lidera campanhas em vários estados, seguindo exemplo de São Paulo, que tem trazido bons resultados à construção civil

Por: Altair Santos

Para evitar que a construção civil seja foco de proliferação do mosquito da dengue, os Seconci (Serviço Social da Construção) de todo o país iniciaram uma série de programas dentro dos canteiros de obras para ensinar procedimentos que evitem o acúmulo de água parada – principal criadouro para as larvas do Aedes aegypti, transmissor da doença. A orientação inclui a inspeção de carrinhos de mão, betoneiras, lajes, tonéis e fossos de elevadores. As palestras ensinam também a cuidar do entorno das construções. A campanha nacional envolve ainda a distribuição de cartazes e folhetos com dicas para prevenção.

Ângela Nogueira Braga da Silva: Seconci-SP investe em palestras nos canteiros de obras

Ângela Nogueira Braga da Silva: Seconci-SP investe em palestras nos canteiros de obras

O procedimento já abrange boa parte dos Seconci das regiões sudeste e sul e este ano tem conseguido adesão maior dos organismos localizados no centro-oeste, no nordeste e no norte do país. As ações inspiraram-se na campanha do Seconci-SP, que foi pioneiro neste tipo de iniciativa. “Há mais de dez anos realizamos esse trabalho nos canteiros de obras e estamos sempre dispostos a compartilhar o programa com outros estados”, diz Ângela Nogueira Braga da Silva, coordenadora do setor de serviço social do Seconci-SP, que é o maior do país e atende 820 mil trabalhadores da construção civil.

Uma das medidas de combate à dengue nos canteiros de obras é a análise da água parada em pontos suspeitos. Em média, 25% dos exames são positivos para focos da doença, ou seja, contêm larvas do Aedes aegypti. No estado de São Paulo, até o final de junho deste ano, foram realizados 366 exames de diagnóstico de dengue em canteiros de obras, entre os quais foram confirmados 93 casos. Essa incidência aumenta a preocupação das construtoras, que passaram a incentivar campanhas pelo país afora.

Conscientização através de palestras

São detectados focos de dengue em 25% dos canteiros de obras onde são realizadas análises

São detectados focos de dengue em 25% dos canteiros de obras onde são realizadas análises

O passo mais importante é conscientizar os trabalhadores. “Orientá-los sobre a importância de eliminar possíveis focos, tanto no local de trabalho quanto em seus domicílios, é a meta do Seconci”, diz Ângela Nogueira Braga da Silva, afirmando que o melhor caminho para se atingir o objetivo é através de palestras. De que forma: profissionais do Seconci vão aos canteiros de obras e repassam informações sobre como prevenir a dengue. Mais recentemente, as palestras passaram a informar também sobre a forma de precaver a febre Chikungunya (doença com sintomas semelhantes a dengue, porém mais letal, e também transmitida pelo Aedes aegypti).

No Brasil, os domicílios são os que mais concentram focos de dengue. Estima-se que existe a ameaça de as larvas do Aedes aegypti proliferarem em 70% dos lares no país. Os canteiros de obras contribuem com 20% deste risco, segundo dados do ministério da Saúde. “O canteiro de obras é um local propício para o surgimento do mosquito transmissor da doença. Carrinhos de mão, betoneiras, lajes, tonéis e fossos de elevador são espaços que podem armazenar água parada e se tornar criadouros”, alerta a especialista do Seconci-SP.

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Entrevistado
Ângela Nogueira Braga da Silva, coordenadora do setor de serviço social do Seconci-SP
Contato: relacoesempresariais@seconci-sp.org.br

Créditos Fotos: Divulgação

Jornalista responsável: Altair Santos MTB 2330
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