Na crise, quem tem know-how faz a diferença

6 de agosto de 2015

Na crise, quem tem know-how faz a diferença

Na crise, quem tem know-how faz a diferença 794 456 Cimento Itambé

Empresas da construção civil precisam desenvolver processos que as diferenciem no mercado, eliminando desperdícios e ganhando produtividade

Por: Altair Santos

Ainda que o mercado imobiliário esteja em retração, não significa que deixem de existir oportunidades de negócios. O que muda é que o processo de seleção está mais competitivo. Tendem a prosperar as empresas que tiverem know-how. A tese é do especialista em processos corporativos, Júlio Datílio, que palestrou na 2ª Feira do Construtor, realizada de 29 a 31 de julho de 2015, em Curitiba-PR. “Know-how, neste caso, é conhecimento, experiência de mercado e capacidade de organização”, diz o especialista.

Júlio Datílio: lado bom da crise é que momento ajuda a reestruturar departamentos

Júlio Datílio: lado bom da crise é que momento ajuda a reestruturar departamentos

Datílio avalia que as empresas que tenham usado o bom momento da economia brasileira para implantar processos de gestão saem na frente. “Quem investiu em racionalização da obra, em ganho de produtividade, qualificação da mão de obra e sistemas de combate ao desperdício de materiais tem mais chance de prospectar negócios na crise”, entende.

O especialista, no entanto, descarta a hipótese de que companhias do setor que não tenham adotado tais procedimentos estejam fadadas a fracassar. Pelo contrário. Segundo Júlio Datílio, a baixa atividade econômica abre espaço para que as empresas invistam em reestruturações departamentais. “Neste momento, as corporações tiram o pé do acelerador e isso abre espaço para reestruturações. Diante deste cenário, algumas dicas podem ajudar os gestores a mapear processos que as tornem mais competitivas”, afirma.

Entre elas, Júlio Datílio elenca algumas:

1. Estar atento
Um gestor precavido não deve esperar a ocorrência de algum evento negativo em sua companhia para acender a luz vermelha e correr atrás do prejuízo. É na iminência da crise que surgem as soluções internas para alavancar o crescimento.

2. Ter estratégia
Incluir o mapeamento dos processos empresariais no planejamento estratégico e alinhá-lo com os orçamentos disponíveis. Nada de fazer dívidas. Programar-se é uma palavra de ordem.

3. Saber montar sua equipe
É extremamente importante quebrar paradigmas e contratar profissionais capacitados no mercado, com o objetivo de replicar os conceitos de processos e metodologias assertivas para a obtenção de ganhos operacionais.

4. Apresentar concentração
Manter o foco resulta no aperfeiçoamento dos processos.

5. Demonstrar união
Uma vez internalizado o conceito de processos, é necessário definir os responsáveis por manter a metodologia atualizada e, junto com a equipe, buscar por resultados satisfatórios para a empresa.

Com processos bem desenhados e políticas internas estruturadas, é possível blindar a segurança corporativa em momentos de crise e torna-se mais fácil sobreviver a cenários imprevisíveis com menor impacto nos resultados internos. É o que ensina Datílio, que finaliza com um conselho: “Com uma base bem estruturada, as organizações não apenas sobrevivem diante das crises, como também ganham uma importante vantagem competitiva no mercado. Isso, independentemente do setor em que atuem”.

Entrevistado
Julio Datílio, graduado em comércio exterior, pós-graduado em logística e coordenador da Trinus Consultoria Organizacional, empresa do Grupo Mega Sistemas Corporativos
Contatos
julio.datilio@trinusconsultoria.com.br
www.trinusconsultoria.com.br

Crédito Foto: Divulgação/Cia. Cimento Itambé

Jornalista responsável: Altair Santos MTB 2330
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