“Corredor do agronegócio” deve ficar pronto em 2018

8 de fevereiro de 2018

“Corredor do agronegócio” deve ficar pronto em 2018

“Corredor do agronegócio” deve ficar pronto em 2018 1024 704 Cimento Itambé

Duplicação do trecho entre as BRs 163 e 364 liga sul do Pará, Mato Grosso e Mato Grosso do Sul com portos de Santos e Paranaguá

Trecho duplicado na BR-364, no Mato Grosso: ligação com portos de Santos e Paranaguá ficou facilitada
. Crédito: Dnit

Trecho duplicado na BR-364, no Mato Grosso: ligação com portos de Santos e Paranaguá ficou facilitada
. Crédito: Dnit

O projeto foi aprovado em 2010, as obras começaram em 2012, mas somente no final de 2018 é que o trecho de duplicação entre as BRs 163 e 364 – conhecido como “corredor do agronegócio” – deverá ser concluído. O traçado de quase 170 quilômetros permite que o escoamento da safra que vem do sul do Pará, passando pelo Mato Grosso e por Mato Grosso do Sul, alcance as rodovias de São Paulo e Paraná, rumo aos portos de Santos e Paranaguá.

Cerca de 70 quilômetros, entre Jaciara e Serra de São Vicente, no Mato Grosso, já estão concluídos. Segundo o superintendente do Dnit (Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes) no estado, Orlando Fanaia Machado, os trabalhos se concentram agora no trecho de 60 quilômetros entre Jaciara e Rondonópolis-MT, cujas obras estão com um ritmo mais lento. Bem mais acelerado está o canteiro que opera no traçado entre a Serra de São Vicente e Cuiabá, que engloba 42 quilômetros de duplicação.

A obra nas BRs 163 e 364 corta muitos trechos de serra. Em umas delas, a serra dos Nobres, em Mato Grosso, ocorreu um atraso de dois anos. Nesta região, boa parte do traçado recebeu pavimento em concreto. Porém, erros de projeto e de estudos geológicos causaram fissuras e trincas no pavimento rígido, obrigando praticamente a reconstrução de 9 quilômetros. A atuação do Exército e da ABCP (Associação Brasileira de Cimento Portland) foi decisiva para a revisão do projeto e conserto da área danificada.

Falta de estudo geológico na serra dos Nobres, no Mato Grosso, causou rachaduras no pavimento de concreto
. Crédito: Aprosoja-MT

Falta de estudo geológico na serra dos Nobres, no Mato Grosso, causou rachaduras no pavimento de concreto
. Crédito: Aprosoja-MT

Os problemas ocorreram em 2014 e o trecho ainda está em reconstrução. Foram projetados muros de arrimo, cortinas atirantadas e serviços complementares de estabilização de taludes. A previsão é de que a duplicação na serra dos Nobres seja reaberta até junho de 2018. De acordo com o Dnit, estudos geológicos mais aprofundados detectaram que a região da serra da Caixa Furada – localizada dentro da serra dos Nobres – é uma localidade de transição de calcário e rochas, e ainda há presença de água. “É um ambiente de geologia instável. As obras de reforço foram necessárias para evitar novos desmoronamentos”, disse o superintendente do Dnit no Mato Grosso.

Arco Norte

Além da duplicação em seu trecho com maior tráfego de veículos, a BR-163 também está recebendo asfalto em todo a sua extensão de 955 quilômetros – boa parte dela no Pará. A pavimentação é executada pelo exército brasileiro. Em época de escoamento da safra agrícola, o trecho que interliga as BRs 163 e 364 recebe 1.500 caminhões por dia.

As duas rodovias também fazem parte do Arco Norte, ou seja, permitem que o escoamento da safra se dê pelos portos de Santos e Paranaguá, mas também pelos terminais portuários de Santarém e Barcarena, no Pará; Itacoatiara, no Amazonas, e São Luís, no Maranhão. Neste caso, a safra do Centro-Oeste vai por caminhão pela BR-163 até Miritituba-PA, onde é embarcada em hidrovias para um dos quatro portos, em uma viagem de quatro dias. De lá, a carga é transferida para grandes navios – a maioria da China.

Entrevistado
Superintendência regional do Dnit no estado do Mato Grosso (
via assessoria de imprensa)

Contato: imprensa@dnit.gov.br

Jornalista responsável: Altair Santos MTB 2330
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