Concreto Compactado a Rolo

19 de fevereiro de 2009

Concreto Compactado a Rolo

Concreto Compactado a Rolo 150 150 Cimento Itambé

Concreto muito utilizado em pavimento rígido, barragens e aeroportos, também é uma boa opção para uso como sub-base de pisos e pátios de estocagem

Créditos: Engº. Jorge Aoki – Gerente de Assessoria Técnica Itambé

Concreto Compactado a Rolo

Concreto Compactado a Rolo

O concreto compactado a rolo, também conhecido como concreto rolado ou CCR, é um concreto seco, com consistência e trabalhabilidade tal que permite sua compactação através de rolos compressores. É utilizado como base ou sub-base para placas de concreto simples ou armado e como material para a formação do corpo de barragens.

O inicio desta tecnologia ocorreu nos Estados Unidos, em 1893, no que é considerado o pavimento de concreto mais antigo que se conhece. A camada inferior foi feita com um concreto de baixo consumo de cimento e compactada por compressão. Em 1944, na Inglaterra, seu uso passou a ser quase uma rotina nestes tipos de obra.

Os materiais componentes são os mesmos utilizados no concreto convencional e, em geral, se consegue uma boa dosagem sem a necessidade de se trazer de locais afastados, o que oneraria o custo final.

O cimento a ser empregado pode ser de qualquer tipo, desde que atenda as especificações das normas brasileiras – inclusive os de alta resistência inicial -, mas recomenda-se usar os de alto-forno, pozolânicos ou somente com fíler. O consumo normalmente varia entre 80 a 120 kg/m3. Porém, outros teores podem ser usados para aplicações específicas.

As britas e a areia também devem se adequar às prescrições das normas brasileiras, com o cuidado de não exagerar no tamanho máximo – 38 mm ou menor -, e atender a boa distribuição de finos para o correto preenchimento dos vazios. Uma boa distribuição granulométrica facilita também o trabalho dos equipamentos de compactação, com a devida economia no custo.

A água é um elemento que deve ser dosado com bastante cuidado. Para uma perfeita compactação, a umidade ideal é aquela que não deixa o concreto aderir aos rolos compressores (isso ocorre quando está com trabalhabilidade alta, ou seja, muito mole) e nem ocasione a passagem do rolo por muitas vezes, quando está muito seco. Esta umidade, geralmente, situa-se no intervalo de 5 a 10%, porém a experiência tem demonstrado que a umidade de 6% é a que mais se aproxima do ideal quando se compacta com rolos.

O CCR também é uma ótima opção para uso como sub-base de pisos. Além de propiciar um excelente suporte ao piso propriamente dito, tem outra grande vantagem que é não permitir a percolação da água no seu interior. O carreamento dos finos descalça a placa de concreto e provoca o aparecimento do fenômeno do bombeamento – saída de finos por expulsão através de juntas ou fissuras -, que leva à ruptura da placa. É o que pode acontecer quando utilizamos, por exemplo, apenas a brita graduada ou outro material granular como sub-base.

O conjunto CCR, mais placa de concreto simples ou armado, tem mostrado grande durabilidade, mesmo em pátios abertos (expostos ao tempo) como no pavimento rígido, aeroportos e barragens.

A execução do concreto rolado deve ser cuidadosa. O espalhamento pode ser manual, com motoniveladora, distribuidora de agregados ou vibro acabadora. A camada de espalhamento tem altura entre 20 a 30% maior que a camada final compactada de projeto. Qualquer tipo de equipamento compactador pode ser usado em função das condições locais da obra e materiais. Para áreas menores, os compactadores manuais, tipo placa ou de percussão, chamados popularmente de “sapos”, são os mais adequados.

Um último cuidado é com relação à cura do CCR. Em princípio, é feita da mesma maneira que no concreto convencional e podem ser usadas diversas técnicas: aspersão de água, sacos de estopa ou aniagem umedecidos e cura química. Porém, no caso em que o concreto rolado vai receber uma placa de concreto, o mais usual é a execução de uma pintura com emulsão betuminosa. Além de permitir uma boa cura, ela dispensa o uso de lona plástica.

Jornalista responsável: Altair Santos MTB 2330 – Tempestade Comunicação.

19 de fevereiro de 2009

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