Importadas da Alemanha, usinas misturadoras são totalmente automatizadas para produzir concreto e argamassa
Desde o início de junho de 2018 está em operação a nova central da Concresul na cidade de Porto Alegre-RS. A unidade recebeu equipamentos inovadores para a indústria de concretagem do Brasil. O objetivo é qualificar os produtos entregues pela empresa, reforçando também seus pilares, que são exatamente qualidade, pontualidade, disponibilidade e pós-venda. “A nova unidade atende as necessidades que se impõem às obras, as quais exigem cada vez mais tecnologia”, diz Pedro Reginato, sócio-gerente da Concresul.
A unidade instalada em Porto Alegre-RS busca atender a região mais industrializada do Rio Grande Sul, o que fez com que a Concresul planejasse cada passo para colocar a nova unidade em operação. Pedro Reginato visitou feiras e fabricantes na Europa até chegar ao melhor equipamento.
Para o concreto, foi instalada uma usina com misturador duplo eixo e capacidade de 120 m³/h. Para a argamassa, uma usina com misturador planetário e capacidade de 60 m3/h. Ambas são totalmente automatizadas e fornecidas pela alemã Liebherr. “Fomos à Alemanha e à Espanha e vimos o equipamento sendo fabricado. Também visitamos várias centrais em operação para definirmos a compra”, afirma Pedro Reginato.
A oferta de pós-venda no Brasil também pesou na aquisição, completa Pedro Reginato, que explica as principais inovações das usinas. “Elas não são dosadoras, e sim misturadoras, ou seja, produzem conforme a receita programada no sistema. Isso significa que o produto embarcado no caminhão-betoneira não precisa ser misturado, mas apenas transportado”, revela.
A usina permite otimizar o processo de homogeneização, resultando em uma melhor hidratação do cimento. “Isso, na Europa, é exigido por norma. Lá não é mais aceito o concreto misturado na betoneira. Há pelo menos uma década a indústria de concreto europeia já utiliza esses equipamentos. Aqui no Brasil, o nosso é o primeiro no país e no continente sul-americano. Ele minimiza praticamente a zero qualquer possibilidade de erro”, comenta Pedro Reginato.
Centro de treinamento para uso correto do material no canteiro de obras
Cada usina dispõe de tecnologia que permite, por exemplo, medir a umidade da areia e controlar a dosagem com mais ou menos água. No caso da que produz concreto, ela permite fornecer material para obras que usam CCR (Concreto Compactado a Rolo), como barragens e rodovias. “É só embarcar no caminhão-caçamba e levar ao local da obra”, revela o sócio-gerente da Concresul.
A unidade de Porto Alegre-RS também possui laboratório e centro de treinamento com capacidade para 50 pessoas, a fim de que o concreto e a argamassa produzidos nas usinas possam ser usados corretamente ao chegar no canteiro de obras.
A montagem das usinas na central de Porto Alegre-RS levou mais de um ano. Além das questões burocráticas, ocorreu a etapa de importação do equipamento e o transporte de outras peças que
vieram da sede da Liebherr no Brasil, localizada no estado de São Paulo. “Houve uma sintonia muito boa na montagem do equipamento e ao final, com ele em operação, tem sido bastante compensador”, conclui Pedro Reginato.
Entrevistado
Economista Pedro Antônio Reginato, sócio-gerente da Concresul
Contato: www.concresul.com.br