Entre as prioridades: cuidar da burocracia para não ter transtornos com a obra e ter um projeto que combine com as características do terreno
Por: Altair Santos
A aquisição de terrenos e lotes tem se revelado uma opção segura de investimento. Esse mercado também tem atraído compradores interessados em construir. Quando esse é o propósito, é necessário estar atento às questões burocráticas que envolvem a obra, assim como os sistemas mais adequados para cada tipo de área. Um passo importante é fazer a leitura do terreno ou do lote, para que o projeto da casa possa explorar ao máximo seu potencial.
Dez em cada dez consultores imobiliários sugerem que a localização é o primeiro item a ser levado em consideração no momento da compra do terreno ou lote. Nesta análise, vale mais o potencial de crescimento da região que o atual estágio do bairro. Porém, é imprescindível que o terreno ou o lote já tenham acesso a infraestruturas básicas, como água, esgoto e energia elétrica, além de pavimentação.
Se não é hora de construir, não abandone a área. Legalize toda a documentação, mantenha os impostos em dia e, principalmente, proteja-a. O ideal é construir um muro, mas se não houver recursos para essa obra pelo menos cerque o lote ou o terreno. Uma vez por mês é recomendável que ele seja visitado para ver as condições em que se encontra e se precisa de um roçado. Lembre-se que as prefeituras costumam aplicar multas a terrenos abandonados, que se tornam depósitos de lixo e focos de doença.
Não construa sem alvará
Caso tenha chegado a hora de construir, analise a viabilidade da obra desejada. Verifique a zona residencial em que se encontra o lote ou o terreno. Existem prefeituras que restringem número de andares e não deixam construir empreendimentos comerciais em determinadas áreas. Portanto, antes de iniciar qualquer projeto vá à prefeitura local e solicite uma consulta de viabilidade para construção. Este documento serve para informar todos os limites e parâmetros exigidos e permitidos para o terreno.
Outros aspectos a serem respeitados ao construir são a taxa de ocupação do terreno, o índice construtivo e os afastamentos. Para isso, o recomendável é ter a assessoria de especialistas. Para evitar transtornos futuros, o mais indicado é desenvolver o projeto com responsável técnico habilitado (arquiteto) e obter aprovação na prefeitura. Mão de obra especializada em construção civil para a execução e desenvolvimento do projeto, além de um responsável técnico (engenheiro), também neutraliza o risco de a obra vir a ter problemas.
Lembre-se, quando se consegue autorização para construir no terreno, a prefeitura emite um alvará de construção. No documento, é preciso observar que logo que ocorre a sua liberação há um prazo para o início e o término da obra. Normalmente, é de um a dois anos. A construção deverá iniciar e finalizar dentro deste prazo, caso contrário o alvará precisará ser renovado. Cumpridos esses parâmetros, mãos à obra.
Entrevistados
– Gabrielle Laffitte, especialista em incorporação e empreendimentos imobiliários
– Arquiteta Carolina Castro Schiefler
– Secovi-PR (via assessoria de imprensa)
Contato: contato@glaffitte.com.br
Crédito Foto: Divulgação